sábado, 31 de dezembro de 2011

O que se esperaria das oposições no aumento do preço da água

Olhe para a sua factura da água, dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha. Vai encontrar a indicação do custo da água que consumiu e depois mais uma colecção de parcelas que aumentam o valor final da factura.
Essas parcelas servem, oficialmente, para a manutenção e reparação das infra-estruturas.

No entanto, apesar de a rede de abastecimento público de água estar, um pouco por todo o concelho, consideravelmente apodrecida e destruída por rupturas sucessivas que são apenas remendadas, não se vê qualquer tipo de investimento organizado para refazer, ou reparar com solidez, a rede pública.
O aumento idiota do custo da água consumida em 10 por cento agrava duplamente a factura da água. No próprio custo da água e nas restantes parcelas porque elas são definidas percentualmente. Quem consome menos paga menos nessas taxas e quem consome mais paga mais em taxas.
Se os argumentos da Câmara para aumentar o preço da água até podem ser aceitáveis, já é de lamentar a esperteza saloia que está subjacente à coisa: todas as outras taxas aumentam, cumulativamente, os tais 10 por cento e não apenas o preço da água

E sabemos bem que são receitas que ficam inteiramente para os Serviços Municipalizados e, portanto, para a Câmara e que não saem do concelho.
Tanto quanto se sabe, o PS, o PCP e o BE votaram contra o aumento na Assembleia Municipal. Para eles já chegou.
Com isso, limitaram-se a cumprir a sua função de corpo presente. Depois ficaram quietos, mais uma vez a fingirem-se de mortos, porque não sabem ou porque têm dinheiro à vontade para suportar esses (e outros) aumentos ou porque não percebem o que deviam fazer ou ainda porque se estão nas tintas para os interesses da população. Ou porque só são oposição em "part time".
Se as oposições fossem gente responsável deviam desde logo ter proposto uma alteração na factura da água que, pelo menos, evitasse o aumento das taxas associadas ao consumo da água. Uma iniciativa dessas até podia ser inviabilizada pela maioria PSD/CDS que aprovou o aumento de 10 por cento mas, pelo menos, marcaria bem uma posição baseada no interesse público.Não foi o que aconteceu.
O imobilismo destes "opositores" perante uma vereação errática e que parece estar em desespero a substituir o interesse público pelo interesse privado mostra bem o que fazem aos votos que receberam dos seus eleitores: estão, simbolicamente pois claro, a limpar (e mal) o sítio onde as costas mudam de nome com os boletins de voto.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um aumento estúpido

O aumento de 10% no preço do custo da água, forçado pela maioria PSD/CDS, é estúpido e estupidamente penalizador.
Pode haver milhentas razões para encarecer o preço da água mas este aumento cego faz por sua vez aumentar o preço final da factura porque cada factura de água tem uma parcela de percentagem de diversas taxas e serviços que pode chegar aos 50% do valor da factura.
A maioria podia ter feito um exercício de racionalidade e de respeito pelos consumidores se, aumentando o preço da água, baixasse o valor dos restantes elementos da factura. Não o fez e fez mal.
É uma opção que contradiz a decisão de não penalizar os caldenses pela via dos impostos e que só reflecte a desorientação dos gestores das autarquias e da oposição de faz de conta que acaba por lhes aparar o jogo.
Chegámos mesmo ao fim do regime e da pior maneira.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A propósito da "tolerância de ponto" dos CTT no dia 26 de Dezembro

"è preciso não se saber do que se fala. O dia 26 de Dezembro não foi gozado como tolerancia de ponto. Os CTT nunca tiveram uma tolerancia de ponto, pois só são empresa publica para ajudar a pagar a crise, para descontar nos ordenados dos trabalhadores. O dia 26 é um dia de descanso considerado no Acordo de empresa há mais de 15 anos. Porque é que nunca falam dos ctt quando todos gozam pontes e nós continuamos a trabalhar. È verdade a função publica necessita de saber o que é trabalhar e não estar a espera de mamas de pontes oferecidas e tolerancias de ponto. Os Ctt nunca tiveram nada disto. Sabemos trabalhar e a privatização só vem destruir a unica empresa do estado que dá lucro....."

Este comentário foi recebido (e publicado, tal como foi escrito) em reacção ao meu post Nos CTT trabalham tanto no Natal que até precisam de um feriado extra no dia 26... . Apesar de anónimo, devo supor que é da autoria de pessoa com interesse na matéria, ou seja, de um(a) funcionário(a) dos CTT e quero, por isso, dar-lhe réplica, o que faço nos seguintes termos:

1 - Os CTT prestam um serviço insuficiente à população. Têm poucos postos de atendimento e as condições em que os seus clientes (todos nós) são atendidos são más, degradantes e penalizadoras para todas as pessoas que têm dificuldades em movimentar-se.
Os funcionários podem dizer que a culpa é da administração mas nunca vi nem ouvi uma palavra da parte deles, directamente ou por meio dos seus sindicalistas, de consideração ou respeito pelos seus clientes.

2 - É possível que a folga do dia 26 de Dezembro esteja no Acordo de Empresa. Mas, em função do que acima escrevemos e da situação do país, só ficaria bem aos funcionários dos CTT darem um bom exemplo e mostrarem a sua solidariedade para com a restante população que aceitou várias outras perdas de "direitos adquiridos".

3 - Este tipo de situação, tal como as greves dos privilegiados funcionários das empresas de transportes públicos e dos não menos privilegiados maquinistas da CP (para combater processos disciplinares pela força e não pelo Direito!...), ultrapassa em muito os limites "morais" dos vários "direitos" e dos poucos "deveres" de trabalhadores que de há muito perderam qualquer perspectiva histórica, política e sindical e, mais tarde ou mais cedo, abrirá caminho - com apoio da restante população - a medidas mais limitativas.

4 - As empresas do sector público parecem subordinar a necessária procura de receitas aos privilégios dos seus administradores e dos seus funcionários (e nunca vi estes ou os seus representantes sindicais a voltarem-se contra os privilégios dos administradores...) porque o Estado, proprietário e patrão, parece aceitar esse catastrófico estado de coisas e pagar tudo aquilo que é necessário.
Uma empresa privada não depende do dinheiro do Estado mas das receitas asseguradas pela venda dos seus produtos e serviços. Privatizados, os CTT terão de vender mais e melhor os seus produtos e serviços e, de preferência, enfrentar a concorrência de outras empresas que possam operar em algumas áreas paralelas.
Por isso terão de prestar um melhor serviço aos seus clientes.
E isso implica uma coisa muito simples: funcionar. Ou seja: ter as portas abertas no dia 26 de Dezembro que é, cada vez mais, um dia de trabalho normal para a maioria da população.


5 - E convém não esquecer uma coisa: os funcionários dos CTT beneficiam de uma remuneração extra designada por "subsídio de incómodos" para compensar o incómodo de terem de trabalhar. E somos nós que acabamos por pagar essa e outras mordomias. Não teremos direito a sermos melhor tratados?

6 - Estranhamente, ontem não houve distribuição de correio onde moro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Variações sobre a Popota a propósito do Continente

Popota, poputa, papoto, xoxota, patoto, potapo, pateta, pupota, compota, catota, topopa, tapopo, potato, putata, badalhota, badalhaco, badalhoca, topapo, papalvo, papo os papalvos, hipopótamo, hipopótama, hipotálamo, hipófise, hipótese, hipotiroidismo, histérica, bichota, pixote, potota, pixota. Um verdadeiro continente...

Uma vantagem do fecho da Linha do Oeste...

... é o facto de a região deixar de sofrer directamente com as greves sacanas dos maquinistas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Taxas moderadoras - um princípio básico

Todas as pessoas que se acham numa urgência de hospital com uma aflicção grande, pequena ou assim-assim (e todas parecem enormes nessas circunstâncias) estarão de acordo em pagar mais, se o podem fazer, para serem mais rapidamente atendidas.
Mau é perceber-se que os preços baixos das taxas moderadoras (um nome transparente mas aberrante) desculpam e justificam maus serviços.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"As pessoas são maltratadas" nos CTT...

... escreve Carlos Cipriano na "Gazeta das Caldas" (sem link) na notícia "Filas de espera aumentam na estação dos correios das Caldas", onde é feita uma crítica certeira ao péssimo serviço prestado pela empresa que se vale, diz o jornalista, da "evidente falta de manifestação de impaciência e de desagrado por parte dos cidadãos e dos seus representantes públicos".
É verdade. Os "incomodados", convém que nos lembremos, são os coitados que são obrigados ao sacrifício e ao incómodo de terem de trabalhar nos CTT.

A surpresa dos idiotas

A EDP está surpreendida com os roubos de fio de cobre? Só se surpreende quem não repara no modo como os fios são deixados enrolados nos postes, num convite claro a que lá os vão buscar...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fim de regime


Reparem bem no que está a acontecer a talvez menos de ano e meio das eleições autárquicas de 2013.

Fernando Costa, o presidente da câmara, não pode candidatar-se a outro mandato. Era, até agora, e como é habitual, o seguro de vida do PSD nas Caldas.
Tem dois sucessores, que são tanto candidatos a herdeiros como a usurpadores de trono, que são Tinta Ferreira e Hugo Oliveira.
Os dois vereadores entraram em competição pela nomeação como candidatos à presidência da câmara das Caldas pelo PSD. Mas nenhum deles garante os mínimos: Tinta Ferreira é arrogante, dá-se pouco por ele, é o "intelectual" de serviço, desconhecedor do "país real" que existe fora da cidade; Hugo Oliveira conhece a Foz do Arelho, promove-se melhor, segue as pisadas de Fernando Costa e percebe que os "shows" mediáticos são essenciais.
Nenhum deles, no entanto, será um bom presidente de câmara.
O PSD nas Caldas não tem oposição a sério.
O PS arrebitou, há uns três anos, quando começou a gizar-se a hipótese de uma candidatura de António José Seguro à presidência da câmara. Depois afundou-se na sua própria depressão.
O CDS não é oposição nem é "situação". Tenta, agora, beneficiar do encosto do poder central mas, como tantas vezes acontece, os seus dinamizadores perderam o rumo. Ressuscita quando há touradas e festas sociais mas, fora isso, também não se dá por ele.
O PCP e o BE, eternamente condenados a serem a "esquerda" das causas perdidas, excitam-se com os trabalhadores que se "incomodam" por terem de trabalhar e com a defunta Linha do Oeste. Berram (ou ladram?...) por algum tempo e depois remetem-se à apagada e vil tristeza que é um traço comum da oposição caldense.

Ninguém, que se note, conhece o concelho.
Todos estes políticos locais - que alimentam o sonho húmido de terem um lugar na câmara sem fazerem muito por isso ou de apanharem uma vaga ocasional na Assembleia da República - vivem da cidade e para a cidade.
A Assembleia Municipal é o seu mundo e transforma-se numa câmara fechada de prazer solitário: falam, falam, falam... rejubilam orgasmaticamente com as páginas que a "Gazeta" lhes dá e lamentam que o "Jornal" lhes ligue tão pouco.

O que se passa na cidade passa-se nas freguesias.
Os presidentes das juntas, pela sua generalizada falta de qualidade e de fundos, não chegam aos calcanhares de Fernando Costa. Um presidente de câmara activo, mesmo que ineficaz, é o modelo do que querem ser. Mas também não conseguem.
E, aí, o eclipse das oposições ainda é mais visível: aparecem nas eleições autárquicas com programas eleitorais típicos de associações de estudantes do secundário, onde cabem promessas, milagres, tudo e o seu contrário e mais um par de botas.
A falta de qualidade humana dos presidentes das juntas devia ser motivo mais do que suficiente para reduzir ainda mais drasticamente o número de freguesias.

O abandono das oposições, a ausência de dinheiro e de imaginação, a falta de qualidade humana dos políticos locais e o egocentrismo da elite citadina conduziram, nesta época de fim de regime, a que o concelho ficasse mais pobre, mais sujo, mais desinteressante, mais votado ao abandono e menos... turístico.
E certos monstros como o CCC ou a Comunidade Intermunicipal mostram, pela suas características de "elefantes brancos", que vivemos a duas velocidades: de um lado, o que é o pior; no outro, aparências de luxo (e seu usufruto por alguns...). No meio há um deserto. Político, social e cultural. E inevitavelmente económico.

O quadro será ainda pior se em 2013 não houver candidaturas fortes, eventualmente mais abrangentes, numa perspectiva "de salvação nacional" aplicada ao concelho, com programas inteligentes, exequíveis, esclarecidos e esclarecedores.
Acredito que os movimentos independentes podem desempenhar um papel fundamental no poder local. Não é só das comissões partidárias, das segundas ou terceiras linhas dos órgãos políticos ou das "jotas" que saem os políticos competentes.
Há, na nossa sociedade, pessoas competentes, dinâmicas, com ideias, com espírito de iniciativa, com conhecimento das limitações oficiais e da burocracia, honestas e conhecedoras do concelho em que vivem. Há entre nós uma meia-dúzia de bons presidentes de câmara e de juntas de freguesia. E não é difícil encontrá-los.

As épocas de crise encerram, por vezes, oportunidades únicas. O fim pode ser sempre o princípio de outra coisa.
Pensem nisso...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Afinal a avaliação dos professores até é boa... pelo menos para o contestatário Mário Nogueira

Mário é professor há 31 anos.
Há mais de 20 anos que deixou de dar aulas para se tornar sindicalista a tempo inteiro. Caracterizando-se sempre pelos muitos vitupérios que tem lançado contra o patrão (o Estado) e vários dos seus encarregados (ministros e ministras) e pela agitação contestatária dos seus colegas professores.
Um dos alvos principais da fúria contestatária da irritante criatura de bigode zapatista nos últimos anos tem sido - se bem percebo - um processo de avaliação do desempenho dos professores que não se fique só pelas opiniões internas dos colegas.
Compreende-se porquê: o sistema que está em vigor e que este Mário defende com unhas e dentes favorece-o e garante-lhe óbvias vantagens patrimoniais.
Este Mário é o agitador-mor Mário Nogueira, figura de proa do sindicalismo português e destacado dirigente do PCP, que com os seus dez anos de aulas e vinte anos de actividade sindical obteve uma classificação de "bom" por parte dos seus colegas na escola onde não "põe os cotos" há vinte anos.
Os pormenores do caso estão contados aqui.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nos CTT trabalham tanto no Natal que até precisam de um feriado extra no dia 26...

Não há tolerância de ponto, reduzem-se feriados, "pontes" até parecem assunto tabu mas nos CTT - onde se trabalha tanto, coitados - descansam no dia 26, segunda-feira. É o aviso que está na estação dos CTT aqui de Caldas da Rainha.
Devem passar o Natal a distribuir correspondência, deve ser uma enchente de cartas, cartões, encomendas, registos, citações, publicidade, contas...! Um desvario de trabalho para gente que sofre tanto com o incómodo de ter de trabalhar que até tem "subsídio de incómodos".
Privatizem-nos e com urgência para perceberem o que é trabalhar!

domingo, 18 de dezembro de 2011

"Caldas não teve estratégia e Óbidos teve"

"Caldas da Rainha perdeu muito nos últimos anos, fruto de uma ausência de estratégia. Caldas não teve estratégia e Óbidos teve. A diferença é essa. Óbidos não é mais do que Caldas e Caldas não é mais do que Óbidos. As pessoas são as mesmas, vivem todas no mesmo território, não há uma fronteira que separe as pessoas. São pessoas com a mesma capacidade e a mesma energia."
Estas sábias palavras são de José Parreira, administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium, em entrevista ao jornal "Mais Oeste" (link aqui com a edição do jornal em PDF).
É uma apreciação que corresponde à realidade: Caldas não teve uma estratégia de marketing turístico, desprezou tudo o que podia oferecer de qualidade e não criou elementos de atracção, "naturais" (como o Mercado Medieval de Óbidos) ou artificiais (o caso do chocolate).

sábado, 17 de dezembro de 2011

Parabéns a eu!...

Este blog nasceu há 2 anos e 6 dias em 11 de Dezembro de 2009. No primeiro dia, elogiei dois valores clássicos do património gastronómico caldense (o restaurante Cortiço e a pastelaria Machado) e queixei-me de uma porcaria que ainda não tem fim à vista (o mau serviço dos CTT).
Desde esse dia coloquei 936 posts (incluindo este).
Tive até agora um total de 20 480 visitas.
E já tenho 14 seguidores.

Por vários motivos: Parabéns... a eu!

Quem ganha? O "Jornal" ou a "Gazeta"?

Será verdade que a "Gazeta das Caldas" está a descer nas vendas e que o "Jornal das Caldas" está a aumentar?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais uma porcaria a fazer de conta que promove a Região Oeste

Isto é mais um mau exemplo do que não serve para verdadeiramente promover a Região Oeste: não vale a pena insistir nos lugares-comuns das grandes ondas, em meia-dúzia de coisas que se pescam na internet, no vinho da Lourinhã, nas cavacas das Caldas ou, ainda por cá, no Centro Cultural e de Congressos (que parece cada vez mais alheado da realidade).
A Região Oeste não é só o que aqui aparece, a trouxe-mouxe.
Pode ser que a versão em papel - se existe - seja um poucochinho melhor mas aposto que não passa de mais um suplemento de publicidade, em que algumas empresas ainda metem dinheiro, as entidades oficiais vão ao engano (ou o promovem) e o jornal em questão compõe as suas receitas com pouco trabalho.
E nem admira que por aqui apareçam as dispendiosas inutilidades do costume como o Turismo (?!) do Oeste ou a Comunidade Intermunicipal.
Mais lugares-comuns idiotas, mais uma oportunidade perdida, mais dinheiro deitado à rua (ou aos bolsos alheios), mais fogo de vista sem nada de substância!...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Com que então o futuro tinha começado?! A Nissan é que sabe...

Em Abril escrevemos isto:

A "Gazeta das Caldas" embandeira em arco com a promoção que a Auto-Júlio/Nissan fez do modelo Leaf e garante que "o futuro já começou nas Caldas", onde foram vendidas oito unidades. Mas, na realidade, não começou. E talvez houvesse vantagem em a "Gazeta" ter aprofundado o que publicou sobre as desvantagens dos automóveis eléctricos. Aliás, até se encontram on line diversas análises sobre estas desvantagens.
Convém não esquecer que estes veículos custam mais de 30 mil euros (descontando os tais incentivos de 5000 euros e do abate) e que não têm uma autonomia superior a 150 quilómetros, não existindo qualquer tipo de rede de abastecimento. Aparentemente, não chega ligar o carro à tomada.
Nestas circunstâncias, não há futuro nenhum que se veja...


A Nissan decidiu não construir a sua fábrica de baterias para automóveis eléctricos em Portugal, mais precisamente em Aveiro (pormenores aqui), e parece que toda a gente foi apanhada com as calças na mão.
Não era difícil perceber que carros a 30 mil euros não são para a maioria das pessoas.
E se os "surpreendidos" só revelam agora que eram bem parvos, quanto aos que promoveram a coisa (tipo Sócrates e companhia limitada), é ver que eles é que a sabiam toda, pirando-se enquanto tinham tempo de o fazer com todos os benefícios inerentes à marosca...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Incongruências fiscais

É difícil de perceber a incongruência: enquanto na ribalta da Assembleia da República o PCP e o Bloco de Esquerda protestam contra o aumento de impostos, no recato da Assembleia Municipal aqui do concelho os mesmos partidos protestam contra a redução dos efeitos do IRS e do IMI na vida dos caldenses.

Não conhecem a terra em que vivem, estes tristes!...

A Assembleia Municipal mostrou-se muito escandalizada porque as obras da EDP transformam a cidade num "estaleiro". Fazem muito bem os seus ilustres membros em indignar-se mas talvez pudessem sair um bocadinho e ver como o resto do concelho também está em mau estado sem que se ralem um pouco que seja com quem não vive na cidade.
Que tristes!...

Uma crítica da "Gazeta" que bem pode aplicar-se aos adeptos da caca

"Zé Povinho detesta, seja a coberto da noite seja à luz do dia, quem decide destruir recursos naturais e ainda para mais matando milhares de pequenos seres indefesos que viviam num habitat que lhes tinha sido criado. Estes actos demonstram uma grande insensibilidade humana e ambiental e uma irresponsabilidade que deveria merecer um castigo exemplar, para que não voltassem a repetir-se."
Estas palavras da popular secção "A Semana do Zé Povinho" (sem link) da "Gazeta das Caldas" podem aplicar-se aos cacadores. Mas são só dirigidas a outros idiotas da mesma raça que descarregaram a barragem de Alvorninha.

Petição em defesa da Lagoa de Óbidos

Eis o texto da petição dirigida à Assembleia da República para defender a Lagoa de Óbidos, que me deixou a visitante São Rosas:

Considerando que a Lagoa de Óbidos:
• Tem em ecossistema frágil com natural tendência para o desaparecimento;
• É um habitat do qual depende a renovação de varias espécies da fauna e da flora que importa conservar e valorizar;
• Proporciona diversas actividades económicas das quais dependem diferentes sectores.
E ainda considerando que:
• As obras de dragagem adjudicadas em Novembro de 2011 são insuficientes e destituídas de uma resposta ao contínuo assoreamento e poluição da Lagoa de Óbidos em toda a sua extensão, nomeadamente, a montante.
Exigimos que:
• A atual intervenção se alongue às restantes áreas assoreadas;
• O atual Governo e, em particular, o Ministério da Agricultura do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território – MAMAOT assuma a responsabilidade de assegurar a dragagem permanente e garanta a execução de um plano de recuperação de dragados, em conjunto com os municípios de Caldas da Rainha e Óbidos.


A petição pode ser assinada aqui.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Dão-se alvíssaras...

... a quem me indicar onde é que se encontra a petição pela defesa da Lagoa de Óbidos que o "Jornal das Caldas" noticiou aqui e que eu gostava de divulgar e de assinar.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma proposta útil e fácil de executar para promover as Caldas da Rainha

Uma proposta inteligente e adequada de um leitor da "Gazeta das Caldas":

" (...) o que falta, verdadeiramente, é um projecto de comunicação.
Hoje só a diferença é que é notícia.
Como os especialistas de comunicação nos ensinam, as notícias preparam-se, elaboram-se e divulgam-se.
O Parque D. Carlos I, o Museu da Cerâmica, o Museu José Malhoa, o Centro de Artes, o CCC, o Bordalo, o Falo, o Teatro da Rainha, a ESAD, o Museu do Hospital, os Pimpões, os movimentos alternativos, os Silos, o Museu Bernardo, Caldas Late Night….a Cerâmica, o Mercado da Fruta, a Foz do Arelho, as múltiplas associações que surgem a toda a hora, etc.
Mas quem nos conhece?
Crie-se uma rede de interesses sob um 'guarda-chuva' comum (Câmara Municipal, Escola de Turismo, Associação de Comerciantes, etc) e divulgue-se o que se vai fazendo por aqui.
Tenha-se imaginação e crie-se a notícia.
E porque não um voucher Caldas da Rainha?
Comer, dormir, espectáculos, museus, etc
É uma oferta diferente para se divulgar a cidade das Caldas da Rainha como cidade das artes e do lazer."

Jacinto Gameiro é o autor desta proposta - razoavelmente fácil de executar se entidades como a Câmara das Caldas e essa coisa inútil que é o "Turismo do Oeste" perceberem a sua importância - que, por exemplo, a "Gazeta" bem podia desenvolver, ouvindo a opinião das várias partes.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Senhores comerciantes, recusem-se...

... a pagar pela ocupação da via pública enquanto isto assim continuar!
Não é justo que se mantenha a situação (ilegal, até) de quem não paga impostos e taxas e faz negócio sem problemas quando aos outros são exigidos impostos e taxas para poderem trabalhar.

É fatal como o destino

Faço aqui uma brincadeira sobre os presidentes das juntas de freguesia e logo saltam como gafanhotos os insultos e os palavrões do idiota do costume - o que investe tipo boi manso sempre que eu me refiro apenas a um magnífico presidente que gosta mais do dinheiro do que da ética.

Será que se reconheceu neste simpático animal?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

As freguesias não são propriedades privadas dessa gente

Foi um puro e simples acto de má-criação a atitude dos presidentes de juntas de freguesia que ontem vaiaram um ministro em jeito de protesto contra a prevista redução do número de freguesias.
As freguesias existentes não são propriedades privadas dessa gente que, ao invés de debater, optou pela gritaria e pelo gesto igualmente ordinário de voltar costas ao ministro que falava. Só lhes faltou, como aconteceu há vários anos com estudantes, baixar as calças (ou levantar as saias) e mostrar o rabo.
A redução do número de freguesias pode ser matéria polémica e a sua concretização ter de ser adaptada às circunstâncias específicas de cada caso. Mas isso passa pelo estudo, pelo debate e pelo diálogo. E não pela arruaça. E nunca pela aceitação de que criaturas eleitas se possam apropriar de órgãos do Estado como o são as juntas de freguesia.
Com esta atitude, os presidentes das juntas de freguesia perderem toda a razão que poderiam ter.
Agora demitam-se, vão-se embora, vão ser malcriados para as suas próprias casas, mostrem que não precisam de "tachos" e que não estão a fazer das freguesias coisa sua.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fim de regime

Apesar de as eleições autárquicas serem só em 2013, o facto de os principais dirigentes da Câmara Municipal e das juntas de freguesia não se poderem recandidatar (a não ser que haja algum efeito perverso da futura lei eleitoral autárquica) dá origem a um vazio político onde convergem os que já se desinteressaram com os que nunca se interessaram e com os que não querem tentar outras oportunidades, numn quadro de irresponsabilidade quase total.
É o que se chama o período de fim de regime. Que, no actual quadro, pode proporcionar oportunidades mais proveitosas para o concelho e os seus residentes.
Voltaremos ao assunto.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sabe onde estão os seus filhos?

Uma das coisas que mais confusão me faz quando circulo nesta cidade é ver as manadas de carros que se acotovelam diante das escolas à hora da saída para recolher os seus alunos que, na maior parte dos casos, já não crianças nenhumas.
Pais, mães, avôs, avós e sei lá que mais param em tudo quanto é sítio, em segunda fila e em passagens de peões, nos passeios e seja lá onde for, e aí ficam à espera. E não são apenas os jovens que vivem em locais mais afastados do centro da cidade onde os transportes públicos não chegam. São jovens que, às vezes, até moram a cinco ou dez minutos a pé da escola e que, apesar disso, lá têm motorista à espera no fim das aulas.
É um movimento que, perante o completo desinteresse da PSP, o aborrecimento de quem quer passar ou estacionar e dos motoristas do Toma que ficam com os autocarros imobilizados, demonstra a impressionante anti-sociabilidade dos familiares das "crianças" que, possivelmente, lhes é transmitida como valor.
Mas não é só isso que se torna irritante. É que - e possivelmente na maior parte dos casos - os adolescentes recolhidos à porta da escola com tanto desvelo, como se fossem crianças a saírem do pré-escolar, não vão para as suas festas e para as discotecas que frequentam e consumir o que consomem com esses bem-intencionados familiares.
E se podem ficar muito tranquilos por os verem sair da escola sãos e salvos não se percebe por que motivo não têm a mesma preocupação quando "os miúdos" vão para "a noite".
Será por hipocrisia ou por estupidez?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Será que a PSP está em greve nas Caldas? E a GNR? E se não estão porque é que não actuam no trânsito?

Estacionamento em segunda fila, não utilização das luzes indicadoras de mudança de direcção, estacionamento em cima do passeio, estacionamento em cima das passadeiras de peões e muitas vezes antes delas (impedindo os condutores dos veículos dos movimentos de verem quem está na passadeira), travagens repentinas, bloqueio completo das ruas à volta dos estabelecimentos de ensino à hora de saída dos alunos (coitados, não podem ir sozinhos da escola para casa mas já podem ir sozinhos para a discoteca), condução negligente de pessoas de avançada idade cuja carta nunca devia ter sido renovada, excessos de velocidade...
Isto acontece todos os dias e muito possivelmente a todas as horas na cidade de Caldas da Rainha e nas estradas secundárias que ligam a cidade ao interior do concelho.
A ausência de civismo e o mais absoluto desrespeito pelas normas do Código da Estrada ocorrem mesmo diante dos olhos dos agentes da PSP e dos militares da GNR encarregues de zelarem pelo cumprimento das leis da República e de sancionarem as pessoas que as desrespeitam com uma arrepiante sensação de impunidade.
Não há quem perceba a ausência e o desinteresse da PSP e da GNR perante o acumular de situações deste tipo. Que, além do mais, são obviamente benéficas para o erário público porque não é um exagero dizer que as forças de segurança (?!) poderiam passar algumas boas dezenas de multas todas as semanas. Que seriam muito mais correctas, adequadas e justas do que aquelas que tentam aplicar de emboscada numa das mais condenáveis práticas das ironicamente designadas "autoridades de trânsito".
Quando a enigmática Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária faz campanhas contra o excesso de velocidade - como se fosse essa a origem de todos os males! -, é grotesco assistir à passividade da PSP e da GNR neste domínio.
É que, além do mais, nem seria muito complicado para as distintas mas desinteressadas autoridades - bastar-lhes-ia circularem um pouco...

domingo, 27 de novembro de 2011

Já só faltam os ciganos a vender DVDs piratas e blusões contrafeitos...

Primeiro foi uma rulote a fixar-se no miradouro da Estrada Atlântica, com esplanada e tudo. Depois, um autocarro, a servir de bar.
O que era um local aprazível - e, ao que consta, motivo de orgulho da Junta de Freguesia da Serra do Bouro - está a transformar-se num pardieiro, onde as leis não se aplicam (estes ocupantes da via pública não pagam as taxas municipais que os comerciantes normais são obrigados a pagar).
Já só falta que lá instalem tendas de ciganos a venderem DVDs de música e de filmes pirateados e blusões e outras peças de roupa "de marca".
É natural que depois disto eles já não tardem.
Deve haver quem ache isto muito turístico. Ou então estes "okupas" de novo tipo têm bons amigos na Câmara e na Junta de Freguesia da Serra do Bouro.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Um roteiro de restaurantes que se saúda

Mais do que o tonto concurso "gastronómico" que por aí parece continuar a rodar e de uma experiência menos feliz que é melhor não recordar, é uma boa ideia o "Roteiro Gastronómico do Oeste" que a "Gazeta das Caldas" já publicou na sua edição de hoje (só em papel). A lista tem informações úteis e sairá trimestralmente e pode ser melhorada, na apresentação e no acesso (ficando on line) para satisfação de todos os interessados.
Nesta primeira fase, tem alguns restaurantes de Alcobaça, muitos das Caldas da Rainha (faltando, no entanto, o "Dona Alentejana", de aqui já falámos em tempos) e alguns de Óbidos. É pena que a grande maioria não tenha presença na internet (nem em formato blog, louvado seja Deus!...), ou que não a indiquem se a têm, mas, com sorte, lá chegaremos.
Para já, foi uma boa ideia!

Independentes vão debater freguesias

Os movimentos de cidadãos independentes Movimento Viver o Conselho (MVC) e MPN - Movimento pelo Nadadouro organizam no dia 14 de Janeiro de 2012, sábado, uma sessão sobre o futuro das freguesias sob a designação de "Qual será a minha freguesia?"
A iniciativa é importante mas não deve ficar-se pela simples contestação à fusão e extinção de freguesias numa visão populista que serve a alguns partidos para tsntarem segurar as suas posições no poder local. Ao contrário, a reorganização racional das freguesias pode ser uma boa oportunidade para "limpar" as juntas de freguesia actualmente existentes dos muitos idiotas e incompetentes que nelas pululam e que têm de ser afastados nas próximas eleições, em 2013.
Estes movimentos podem ter um papel fundamental a desempenhar nas autarquias mas não podem abstrair-se do seu rumo seguro e reproduzir uma lógica partidária..

A PSP e a GNR de cá servem para quê?

Este protesto de um leitor do "Jornal das Caldas" apanhado em mais uma armadilha de caça à multa merece um comentário mais pormenorizado.
Fá-lo-emos, até em função dos muitos desmandos e ilegalidades com que qualquer pessoa se depara no concelho... perante o mais escandaloso desinteresse da PSP e da GNR. Que, pelo menos neste domínio, não servem para nada.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sobre a greve geral (com uma abébia para os idiotas que não gostam de ler as verdades que escrevo)

Não concordo com esta greve geral. O País - através dos seus órgãos de soberania e dos partidos parlamentares que não voltaram costas à "troika" (como aconteceu com o PCP e o BE) - assumiu um empréstimo, negociou o que pôde negociar com os seus credores, evitou a falência e agora tem de cumprir o que ficou estabelecido no contrato relativo ao empréstimo.
Se pode haver outras medidas que não passem, todas ou em parte, por este pesado regime de austeridade, não as conheço, não as vejo em lado nenhum e, por maioria de razões, não reconheço autoridade à esquerda (que estupidamente se alheou do processo) para se meter no assunto.
Agora é aguentar e cumprir e as contas internas que haverá que ajustar ficam para depois.
A única vantagem desta greve é a poupança do Estado, na remuneração que não terá de pagar agora aos seus grevistas e nos bens e serviços que um dia normal de trabalho consumiria.

Agora, a abébia para quem insiste que eu sou outra(s) pessoa(s) e para ficarem a saber qualquer coisa sobre mim: sou reformado da administração pública (onde trabalhei como auditor jurídico) em condições muito favoráveis e, como trabalhador independente, presto serviços esporádicos de consultoria jurídica.
Se ainda estivesse ao serviço, não faria greve (e fiz algumas greves em momentos da minha vida profissional, ao serviço do Estado e do País). E, nesta situação, mesmo que a quisesse fazer, de nada me serviria.
Agora, caros leitores, vou trabalhar um bocadinho num parecer que tenho em curso para depois ir dar uma volta que o dia, felizmente, parece ser de sol.
Bom dia!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

01-88-RX - perigo na estrada

Hoje, por volta das 16 horas, apanhei uma criatura a guiar um Renault Clio cinzento de matrícula 01-88-RX que, entre o Continente e o Campo (e não fui atrás desse carro, embora estivesse curioso para ver quando seria o desastre), foi o tempo todo pelo meio da estrada a cerca de 50 km/hora e com toda a descontracção, chegando a ocupar a faixa da esquerda... em especial quando havia curvas à esquerda.

domingo, 20 de novembro de 2011

Tinta Ferreira, a Expoeste e o lixo

O senhor vereador Tinta Ferreira disse, na Assembleia Municipal (segundo relatou a "Gazeta das Caldas") que as empresas e outras entidades privadas não põem pendões plásticos nas árvores.
O senhor vereador, que deve fazer parte da elite caldense que desconhece o que se passa fora dos "muros" da cidacde, engana-se e este plástico - e encontram-se dezenas de outros iguais na estrada Caldas - Foz do Arelho e na estrada da Tornada - demonstra-o bem.



Com que então, são só as associações populares que emporcalham a Natureza, senhor vereador?

Das associações populares aos estabelecimentos de diversão nocturna, passando pelo Bowling e agora, até, pela respeitável Expoeste, não há quem não "enfeite" a Natureza com publicidade que emporcalha o ambiente, não é retirada e não paga as taxas que, supomos, devem pagar as empresas que ocupam a via pública com publicidade.
Custa a perceber a complacência dos responsáveis (?) municipais.
Custa a perceber o desinteresse da maioria das juntas de freguesia.
Custa a perceber a desatenção de ecologistas e outros espíritos do mesmo jaez.
O que não custa a perceber, como já aqui escrevemos, é que se agrave a situação de emporcalhamento do concelho, num clima geral de podridão que nem sequer é compensado pelas altissonantes mas tontas iniciativas que há quem pense serem capazes de para cá trazer manadas de turistas eventualmente iguais aos que fazem de conta que ainda são responsáveis e que vão brincando com os dinheiros públicos.
Ninguém se rala e os actuais ocupantes da Câmara, em fim de mandato, já só devem pensar o que poderão salvar em 2013. Se houvesse consciência cívica por estas bandas, quem se salvaria era o concelho e os seus habitantes, mudando radicalmente de dirigentes municipais!...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E pão-de-ló e água de rosas? Não quer?

O admirável presidente dessa coisa que não se percebe para que serve que dá pelo nome de "Turismo do Oeste" lembrou-se do projecto da Ota, talvez para fazer prova de vida (o que parece precisar de fazer, de vez em quando), conforme relata aqui o "Jornal das Caldas".
Não quererá também pão-de-ló (de Alfeizerão) e água de rosas?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Acabadinho de chegar...

... e anónimo como sempre: «tu é que hásde morrer num acidente de caça, cabrão quando te espetarmos com um tiro nos cornos!!»
Será de algum cacador?...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Não sei o que hei-de pensar desta coincidência...

... mas o certo é que sempre que me refiro ao maravilhoso presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro/representante dos investidores no empreendimento turístico previsto no Plano de Pormenor da Estrada Atlântica me aparece o mesmo tipo de insultos, com o mesmo tipo de palavreado e sempre anónimos (mas oriundos do mesmo endereço de IP).
Quem será o seu autor?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Caracol escondido com o rabo de fora...

Cinco dias de ter saído na sua edição em papel, o "Jornal das Caldas" publicou finalmente on line a sua reportagem sobre a "corrida" de caracóis organizada na Serra do Bouro, que pode ser lida aqui, com todos os seus pormenores sobre o modo como os concorrentes falam com os seus caracóis de estimação e os borrifam (com água?) para os convencerem a trepar mais depressa algumas canas.
A versão on line esconde, infelizmente, um dos grandes momentos da jornada: o ar embevecido com que o ilustre causídico Álvaro Baltazar Jerónimo, o magnífico presidente da junta de freguesia local, contempla um caracol.
Mas, para que nada se perca, o momento histórico está registado neste nosso post: «Para a freguesia vai tudo em passo de caracol mas, para os outros fregueses, é um verdadeiro Fórmula 1...!»

Gente perigosa, muito perigosa...

Mais outro. E este até era "experiente"!...

sábado, 12 de novembro de 2011

A esperteza-saloia da Câmara de Óbidos

Se querem taxar as pessoas pelo lixo que produzem (como é o caso da esperteza-saloia da Câmara de Óbidos), também deviam começar aplicar taxas à quantidade de fezes (ao quilo) e de urina (ao litro) que os obidenses produzissem.
Tudo em defesa do ambiente e do admirável "princípio do poluidor-pagador": quem mais defecasse e urinasse mais pagaria!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Os caracóis também correm


Para a freguesia vai tudo em passo de caracol
mas, para os outros fregueses, é um verdadeiro Fórmula 1...!



Já que o "Jornal das Caldas" não põe on line a sua reportagem do emocionante evento cultural que foi a corrida de caracóis na Serra do Bouro, o que não se compreende, tivemos nós de ir buscar uma reprodução da notícia e do grande destaque que, muito coerentemente, nela assumiu o extraordinário presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro/representante dos investidores do empreendimento turístico do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.


E mergulhamos de novo no reino das trevas da EDP

Às 8h30 a electricidade desapareceu. A casa fica às escuras num dia escuro. Não se pode fazer nada. A EDP não consegue, efectivamente, garantir o abastecimento de electricidade em termos adequados ao século XXI. Chove mais um pouco... e regressamos ao reino das trevas desta gente incompetente que vota ao maos abjecto desprezo o interior do País, desinteressando-se do investimento nas infraestruturas e da sua manutenção.
Há quem se queixe de que a privatização da EDP vai ser a baixo preço. Os idiotas que o dizem devem viver refastelados nas grandes cidades, que são sempre a menina dos olhos destes "gigantes" de pés de barro.
Quanto vale uma empresa de electricidade quese "apaga" com uma chuvada mais forte? Pouco, com certeza...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

As misérias da Estrada Atlântica

O Talefe era, essencialmente, um café. Fechou há mais de um ano. Diz-se que foi comprado pelos promotores do empreendimento turístico previsto no Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.


O Jotemar parece um campo de batalha: a carcaça de um carro, destroços diversos, janelas entaipadas. O locatário não se aguentou num negócio para que não tinha vocação e o proprietário, que aqui quis ganhar muito e investir pouco, parece ter-se desinteressado. Foi, há coisa de vinte anos, um restaurante familiar simpático. 


No miradouro da Estrada Atlântica foi plantada uma "roulotte" em estilo manhoso de "habitação própria e permanente", com cartaz de "comes e bebes" à beira da estrada. Não paga a licença de ocupação da via pública a que quiseram obrigar um músico no centro da cidade.


O Secretus já foi café e casa de comes e bebes. Agora é um bar nocturno que funciona duas ou três vezes por semana e onde às vezes, durante o dia, aparece uma tabuleta manuscrita a dizer que se vende café. Pode ser o Greenhill gay mas o aspecto exterior não é nada convidativo.

A Estrada Atlântica liga a Foz do Arelho a Salir do Porto e depois a São Martinho do Porto. Ao longo de quase toda a sua extensão podem ver-se o Oceano Atlântico e, dependendo das condições meteorológicas, as Berlengas e Peniche. Em certos locais, a vista é deslumbrante.
É um percurso que, só por si, chegaria para valorizar turisticamente o concelho de Caldas da Rainha. Mas o que nele se encontra é lixo. E não é o empreendimento turístico previsto para a zona de floresta no interior que vai ajudar a melhorar este quadro miserável. Até porque, muito possivelmente, nunca será construído.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dragagens na Lagoa de Óbidos: a sério?!

Segundo o "Jornal das Caldas" (notícia de última hora, ainda sem link), a ministra Assunção Cristas esteve ontem, terça-feira, na Foz do Arelho para fazer um "número" sobre o início das dragagens na Lagoa de Óbidos.
É melhor esperar para ver...

Recorde-se, a propósito, o nosso post: O CDS enganou Duarte Nuno, que enganou a Assembleia Municipal, que enganou a "Gazeta das Caldas", que nos enganou a todos...

 


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O retrato vergonhoso do cobarde

Há um visitante regular deste blog que prima pela sua imbecilidade e pela sua cobardia e que gosta, sintomaticamente, quando me refiro a alguns temas em especial, de bolsar nos comentários a mistura de ódio e de amor que tem por uma pessoa, que não sou eu e que ele insiste em que sou eu.
Porque atira alarvidades e obscenidades contra essa pessoa (que eu nem conheço pessoalmente) e contra mim, os seus comentários - normalmente com palavrões que mostram bem o seu nível - não são publicados.
Mas o que eu penso, e constato, é publicado. E, por enquanto, sem lhe estampar a identificação completa no blog.
Faço-lhe agora uma referência apenas para que fique bem claro como o bicho é cobarde: tendo tido a oportunidade de confrontar directamente a tal pessoa que odeia e ama em simultâneo, o energúmeno não o fez. Evitou a situação, contornou-a, fugiu, voltou-lhe as costas, pirou-se, deu às-de-vila-Diogo, desertou, meteu o rabinho entre as pernas, bateu em retirada, fez marcha-atrás, fez de conta que não existia, abandonou o campo...
Em suma: é o próprio retrato da cobardia em figura de gente. Uma vergonha!...           

sábado, 5 de novembro de 2011

Um caso de polícia na João de Deus Valongo: um crime previsto e punido pelo Decreto-Lei 276/2001, de 17 de Outubro

A propósito disto, convém ter presente o Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de Outubro, que pode ser lido na íntegra nesta página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (Ministério Público) e que obriga, no seu artigo 66.º, à fiscalização das autoridades para o cumprimento das respectivas normas.
Ou seja, a verificação de uma situação como esta cabe, num plano imediato, à GNR de Caldas da Rainha, mediante denúncia que lhe seja apresentada ou, no âmbito do Código do Processo Penal, desde que tenha conhecimento da respectiva notícia do crime ou, ainda, por denúncia ao Ministério Público, que encaminhará o respectivo auto de notícia para a GNR.

15.º Concurso de Gastronomia: um banquete de disparates

Quatro criaturas contentinhas da Silva, que se representam mais a elas do que à realidade dos concelhos de Caldas da Rainha e Óbidos, anunciaram com pompa e circunstância uma coisa que as devia fazer reflectir: a décima-quinta edição do enigmático Concurso de Gastronomia de Caldas da Rainha e Óbidos... tem menos restaurantes. E, talvez porque pensar é um esforço demasiado grande, apressam-se a explicar que a culpa é do IVA.
Não lhes ocorre, no entanto, perceber que deve haver outros motivos para a ausência de restaurantes que não precisam de ir a concursos estranhos para mostrarem as suas qualidades gastronómicas, mais requintadas ou mais modestas, que são positivamente referendadas todos os dias pelos seus clientes.
Não lhes ocorre que é bizarro haver um "concurso" cuja modalidade de constituição de um júri fechado afasta os melhores.
Não lhes ocorre que uma iniciativa destas, pouco mais do que clandestina, nada diz ao público.
Não lhes ocorre, por fim, que este "concurso de gastronomia" é totalmente irrelevante.
Ou seja, é mais um banquete de disparates a que gulosamente se lançam. Bom proveito lhes faça!

Linha do Oeste: eles a darem-lhe e a burra a fugir-lhes

A "Gazeta", o "Jornal das Caldas" e o "Mais Oeste" derramam páginas contestatárias ao decretar do óbito da Linha do Oeste. Mas nem uma palavra sobre as dagragens que o CDS e Duarte Nuno prometeram para o mês passado na Lagoa de Óbidos. Esta gente devia sair mais vezes...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O CDS enganou Duarte Nuno, que enganou a Assembleia Municipal, que enganou a "Gazeta das Caldas", que nos enganou a todos...

... porque o certo é que as dragagens, afinal, não começaram. "Acho que já chega de gozar connosco e com a Foz do Arelho", disse na altura o presidente da respectiva junta de freguesia, Fernando Horta. Mas agora parece estar calado.

Prisioneiro. Na João de Deus Valongo


Que tipo de pessoa é quem trata assim um cão?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mais um caso de caca

Mais um caso lamentável de caca, com os cacadores a fazerem os desmandos do costume. Sem mortos nem feridos... porque a GNR interveio.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Um caso de polícia na João de Deus Valongo


(© O das Caldas)

No estaleiro e/ou sede da empresa João de Deus Valongo, na Serra do Bouro, há um cão grande que vive permanentemente enfiado num cubículo sujeito a todas as variações de temperatura e meteorológicas, numa jaula de dimensões exíguas, da qual nunca é solto nem de dia nem de noite, como se pode ver nestas imagens. Não se sabe, claro, se é sequer alimentado ou se põem água à sua disposição.
Vale a pena chamar a atenção para o que aqui se escreve e que se refere aos procedimentos contra as pessoas singulares e colectivas que tratam os animais com crueldade.
As autoridades serão chamadas a intervir se isto assim continuar.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A notícia que falta dar sobre a OesteCIM: extingui-la, por inutilidade, é que seria uma grande poupança!

A "Gazeta das Caldas" relata que a coisa conhecida por OesteCIM (Comunidade Intermunicipal do Oeste) vai substituir 80 lâmpadas, para dar o exemplo de "boas práticas energéticas", o que se traduzirá numa poupança de... 600 euros!
A grande notícia seria saber para que servem a coisa e o seu luxuoso edifício e se nâo seria possível poupar muito mais do que 600 euros na eliminação do desperdício que é a sua simples e inútil existência!

domingo, 30 de outubro de 2011

Linha do Oeste: enterre-se o cadáver e canalizem-se as energias para coisas agora mais importantes

A Linha do Oeste começou a morrer há vários anos quando Cavaco Silva, como primeiro-ministro, preferiu a expansão das auto-estradas à consolidação e desenvolvimento das vias férreas. Outros também o fizeram.
Nessa altura como agora, só há uma explicação para isso: Cavaco Silva, como Guterres e Sócrates, percebeu que compensava politicamente beneficiar as grandes empresas de obras públicas com empreendimentos faraónicos, garantindo o apoio dos grandes interesses económicos. Até poderia ter sido acertado, tendo em atenção a criação de empregos que isso também possibilita.
E talvez não viesse daí mal ao mundo se, ao mesmo tempo, se investisse com racionalidade no transporte ferroviário. O que aconteceu, no entanto, foi o desinvestimento e o desinteresse. Num desequilíbrio idiota: o Estado multiplicou empresas, estudos e projectos... e prejuízos. Mas foi deixando morrer as linhas.
A abertura da A8 foi o golpe de misericórdia. Se para a ligação, em pequenos percursos, entre as localidades secundárias e Caldas da Rainha, a Linha do Oeste é útil, a ligação de "longo curso" com Lisboa e com o resto do País através da A8 tornou-a inútil.
Ninguém - a não ser que tenha muito tempo e predilecções especiais por comboios - preferirá, por exemplo, uma ligação lenta e desconfortável de duas horas entre Caldas da Rainha e uma estação secundaríssima (que não foi concebida como tal) nos arredores de Lisboa quando pode, em viatura própria ou nos autocarros expressos, fazer uma viagem de sessenta minutos para o centro de Lisboa através da A8.
Nas circunstâncias actuais, pode ser muito politicamente correcto e simbolicamente gratificante defender a Linha do Oeste e o transporte ferroviário - como, em certa medida, fez a "Gazeta das Caldas" num "dossier" bem feito - mas conviria que se percebesse que dificilmente o Governo e essas estruturas dirigidas por gestores milionários perdulários vão salvar o transporte ferroviário onde ele já passou a cadáver.
É mais proveitoso e mais vantajoso defender outras coisas - a limpeza público do concelho, na cidade e no interior, o bom funcionamento dos serviços públicos ou o investimento racional no que pode desenvolver turisticamente a região - do que perder tempo com quimeras. E, já agora, defender a responsabilização dos gestores que deitaram tudo a perder e que andaram estes anos todos a esbanjar o dinheiro que não era deles e que agora temos de pagar. E com juros.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um concelho emporcalhado

O concelho de Caldas da Rainha está emporcalhado.
E não me refiro à cidade, zona que merece sempre as atenções dos responsáveis públicos porque pouco mais conhecem do que o empedrado urbano e a via rápida para a Foz do Arelho para o "passeio dos tristes" da bica pós-almoço ao fim-de-semana.
Refiro-me ao interior, aos campos, às estradas (e ruas) onde se acumulam colchões, restos de casas demolidas, garrafas de plástico, maços de cigarros amachucados, papéis rasgados, lixo de obras domésticas (não há criatura, do rural mais inculto à mais destacada figura de órgão de soberania, passando pelas várias espécies da elite local, que não deixe ficar na berma da estrada o lixo das obras que faz em casa), cartuchos de balas e latas de conserva dos cacadores e, quando não são crateras atafulhadas com areia e pedras, remendos de alcatrão dos Serviços Municipalizados para tapar as rupturas de uma rede de abastecimento de água completamente podre, além das fitas de plástico que os preguiçosos das BTT vão deixando ficar na vegetação a ver se ninguém repara, das bandeiras nacionais rasgadas e esfiapadas que são um verdadeiro atentado de lesa-Pátria e da draga que está há meses plantada na área pública que é a Lagoa de Óbidos sem um ganido de protesto por parte de quem devia afirmar um mínimo de dignidade pública.
Não se vê, nem ouve, um sobressalto cívico, um escrito nos jornais, uma declaração de político, uma intervenção da Câmara ou das juntas de freguesia para resolver isto.
Aliás, nem admira que não haja quando o vice-presidente da Câmara se manifesta completamente ignorante e desinteressado da praga dos pendões plásticos, indo ao ponto de dizer que nem vale a pena multar os prevaricadores porque depois vão pedir subsídios à Câmara.
Nem ninguém se importa que um miradouro pensado para contemplar uma das coisas boas do concelho (o Oceano Atlântico em toda a sua extensão, com Peniche e as Berlengas ao fundo) seja conquistado por uma rulote de "comes e bebes" que - ao contrário do que ia acontecendo a um músico e a um cão no centro da cidade - não paga um cêntimo pela ocupação (absolutamente selvagem) do espaço público.
Isto tudo é porco, é feio, dá dos caldenses uma imagem suja (gostarão, será?) e é, em tudo, o contrário das eructações pseudo-turísticas dos vários idiotas de serviço que lucram com o Estado, com o sector privado e com a confusão entre as duas partes e as noções mais absurdamente imbecis de promoção de Portugal no estrangeiro.

Câmara das Caldas amiga do contribuinte...mas só até certo ponto

O "Jornal das Caldas" dá-nos uma boa nótícia (por enquanto sem link): a Câmara Municipal das Caldas quer reduzir as taxas de IMI e a de IRS e a derrama (que afecta das empresas) em 2012. O objectivo, segundo o seu presidente, é o de "reduzir a carga fiscal dos contribuintes", traduzindo-se a redução destes impostos numa diminuição de 1,6 milhões de euros nas receitas camarárias.
A Câmara das Caldas não está, felizmente, entre as mais vorazes do País nem, tão pouco, entre as autarquias que carregam há muito tempo com prejuízos bem pesados e pode fazê-lo, como tem acontecido de há alguns anos para cá.
O propósito é louvável mas há que acrescentar-lhe um comentário: só é pena que, nessa mesma perpectiva, não reduza a carga de taxas diversas que cai sobre a conta final da água nas facturas dos Serviços Municipalizados e que não parecem, realmente, servir para obras de manutenção da degradada infraestrutura de abastecimento de água do concelho.

Estatística

889 posts (contando com este), 17 864 visualizações de páginas desde Dezembro de 2009, das quais 1435 no último mês, e 12 seguidores - são os números deste blog, à data de hoje.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A palavra dos outros: sobre o futebolista Cristiano Ronaldo

Um comentário acertado de José Paulo Fafe sobre o futebolista Cristiano Ronaldo, de que se transcreve um excerto e que pode ler lido na íntegra aqui:
"Por muito que ele se passeie ao volante de “topos de gama” (será que sabe guiar?); se sente à mesa dos melhores e mais caros restaurantes pelo mundo fora (ainda levará a faca à boca?); se “farde” com as marcas da moda que lhe impingem nas lojas mais caras das capitais europeias (será que já largou a peúga branca?); se hospede nos mais luxuosos hóteis que existam ao cimo da terra (alguém lhe poderá ensinar que não se anda de boné dentro de casa?); ou se pavoneie com apelativas e dispendiosas loiraças (atenção que a flutede champanhe às vezes é de sumol...), que quem possui da vida a experiência que os anos transmitem percebe que, não tendo ele de facto passado ao lado de uma grande carreira como futebolista, decididamente já passou ao lado de uma vida que infelizmente não será um exemplo (bem antes pelo contrário...) para ninguém."

domingo, 23 de outubro de 2011

Cavalgaduras sobre rodas

Os ciclistas podem ser muito ecológicos, muito "politicamente correctos", muito desportistas, muito atléticos... mas quando andam pela estrada fora formando manadas, lado a lado, em rectas como a da Tornada (uma praga, ao domingo de manhã), bloqueando o trânsito e pondo os outros em perigo, são o quê? Cavalgaduras sobre rodas, muito simplesmente!...

O lixo e a caca

 
De um lado da estrada há um "campo de treino" destinado aos amantes da caca. Do outro lado há uma lixeira em progresso.
É uma coincidência muito interessante.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Uma perguntinha aos Serviços Municipalizados

Porque é que os Serviços Municipalizados deixam buracos cheios de terra e pedras, quando arranjam as muitas rupturas que aparecem praticamente todos os dias no degradado sistema de abastecimento de água do concelho, sem repararem o piso que acabaram de destruir?
Nem sei o que é pior: se o estado de degradação das infra-estruturas se a profusão de manchas de alcatrão pelas ruas e estradas das zonas rurais!
É para isto que os consumidores pagam um balúrdio a mais além da água que consomem?

Empresas públicas de transportes: os "trabalhadores" fazem greve e nós pagamos as dívidas...

O Metro do Porto deve 3,2 mil milhões de euros.
A CP deve 3,5 milhões de euros.
A Refer deve 2,6 mil milhões de euros.
A Carris deeve mais de 900 milhões de euros.
A SCTP (Porto) deve 346 milhões de euros.
Os prejuízos do sector público dos transportes chegou, em 2010, a quase 500 milhões de euros.
Não é preciso procurar muito para encontrar estes números e, com mais um pequeno esforço, ainda se encontram os resultados lastimáveis de algumas outras empresas de transportes do sector público.
Somos todos nós - por via dos impostos e dos cortes dos dois salários extra anuais - que vamos pagar isto tudo.
Mas os trabalhadores dessas empresas, onde beneficiam, e muito, de belos "direitos acumulados" e de regalias que às vezes incluem prémios só por irem trabalhar (numa lógica qué comum ao subsídio de incómodos dos CTT), vão fazer greve no dia 8 de Novembro... para que esta situação de mantenha. Com o apoio dos sindicatos e do PCP.
Mas, à sua maneira, eles são também responsáveis pelos prejuízos, pelas perdas e pelas dívidas alegremente acumuladas pelas luxuosas administrações a cujas mordomias nunca se opuseram, talvez para também receberem algumas migalhas.

As informações sobre os valores das dívidas e das perdas foram retirados daqui e daqui.
Sobre o extraordinário "subsídio de incómodos" dos CTT ver Carteiros: "subsídio de incómodos"?! Ao que isto chegou...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A PSP deixa as escolas inseguras... para os outros

A PSP bem podia passar nas escolas e no colégio Rainha D. Leonor à hora de recolha dos "meninos" e pôr um pouco de ordem no trânsito, impedindo o estacionamento desordenado e perigoso dos papás e das mamãs de criaturas que, em muitos casos, até andam sozinhos na rua fora dos períodos escolares.
Pelo meio até talvez conseguisse passar umas multazinhas, que dão sempre jeito para o combate ao défice...

domingo, 16 de outubro de 2011

À atenção da PSP, da GNR, da ASAE, do Fisco, da Segurança Social, dos tribunais, das câmaras municipais todas...

... e de outras entidades que tenham o direito passar multas:
Segundo a "Gazeta das Caldas" e a propósito disto, o vice-presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, defendeu que as entidades que penduram lixo publicitário na via pública sejam "sensibilizadas" e não multadas porque, senão, "amanhã estão-nos a pedir subsídios para ter dinheiro para pagar a multa".
Será mesmo verdade que um vice-presidente de câmara e pré-candidato à presidência da Câmara das Caldas teve um eflúvio oratório deste teor?!

sábado, 15 de outubro de 2011

Muito bem, senhor presidente da junta de Alvorninha! Muito mal, senhor vice-presidente da Câmara!...


Lixo pendurado
 Aplausos para o presidente da Junta de Freguesia de Alvorninha, Virgílio Leal, que levou à Assembleia Municipal (segundo noticia a "Gazeta das Caldas") a queixa contra a crescente publicitação de festas e eventos em pendões de plástico pendurados em postes e em árvores.
E deu um número: em onze quilómetros, encontrou 117 pendões.
aqui nos tínhamos referido a esta praga que exige, pelo menos, uma coisa muito simples: fiscalização.
E se bem andou o presidente da Junta de Freguesia de Alvorninha, já andou mal o vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, que disse que as empresas não punham pendões. Oh, pois não... Conhece mal as estradas do concelho, o senhor pré-candidato à presidência da Câmara!

É desta que começam as dragagens na Lagoa de Óbidos? O CDS garante que sim...

Há seis meses... a enfeitar a Lagoa de Óbidos
Talvez seja desta que a draga dos Irmãos Cavaco faça aquilo para que foi concebida e deixe de fazer figura de ornamento turístico na degradada Lagoa de Óbidos: dragar.
Segundo anunciou o deputado municipal Duarte Nuno, do CDS, na Assembleia Municipal, as dragagens vão começar este mês (ou seja, Outubro). A notícia é dada pela "Gazeta das Caldas" (sem link) que não poupa, e bem, a ministra Assunção Cristas na sua "Semana do Zé Povinho" a uma crítica justificadíssima.
O facto de a informação vir pela estrutura partidária do CDS foi também criticada pelo presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Horta, que está há dois meses à espera da informação que fugiu, lamentavelmente, aos canais oficiais. "Acho que já chega de gozar connosco e com a Foz do Arelho", queixou-se, muito justamente.
Atenta a este triste caso, espera-se que a "Gazeta" relate, até ao final do mês, se aquilo que o deputado municipal é verdade... ou não. Pela nossa parte, estaremos atentos. Como devia estar qualquer residente deste concelho... e de Óbidos. Pelo menos.

As rodelas de limão cobradas com a Cola-Cola e o IVA da restauração

Conta o "JN" aqui, sem infelizmente dizer onde e quem, que um estabelecimento de restauração cobrou pelas três rodelas de limão que meteu nas três Coca-Colas pedidas pelos clientes, pondo esse valor na factura.
À primeira vista, pode parecer estranho, até porque não será essa, em geral, a prática.
Mas, na realidade, os limões ou são de algum limoeiro do proprietário do estabelecimento (que gastará, pelo menos, água para os manter) ou são comprados. Portanto, será natural que - tal como acontece com os múltiplos cafés a que a mistura de um saco de café moído com água a ferver e com a energia gasta a aquecê-la - que as rodelas sejam cobradas.
Poderá, ainda, argumentar-se que o seu preço está incluído no preço do refrigerante. Mas estará? Deverão constar da lista, com preços diversificados, "Coca-Cola sem rodela de limão" e "Cola-Cola com uma rodela de limão"?
A questão, parecendo absurda, tem uma especial actualidade perante o aumento da taxa de IVA para a restauração (de 13% para 23%). A estrutura de custos daquilo que é servido ao cliente (a começar pelo café ao balcão, que é fiscalmente incontrolável) não é, em absoluto, transparente ou tem variações enormes de estabelecimento para estabelecimento.
Se teria sido desejável que o IVA não aumentasse neste sector (tal como não fossem decididas mais, e tão gravosas, "medidas de austeridades" para pagarmos todos o que um punhado de gente desonesta andou a fazer durante vários anos), seria também desejável que os seus representantes moderassem o tom dos seus protestos. O sector é tão diversificado que haverá estabelecimentos e postos de trabalho em risco tal como haverá outros estabelecimentos que absorverão, sem grandes crises, o aumento do IVA.

Voltando ao exemplo inicial:
1 - o comerciante compra um limão e deduzirá o IVA que pagou por esse fruto;
2 - a rodela de limão que vende a 0,20€ passará a ser vendida por 0,22€ (pelo acréscimo de 10% da nova taxa de IVA);
3 - ao Estado, o comerciante terá de entregar o valor do IVA que cobrou pela rodela de limão;
4 - mas desse valor que vai entregar ao Estado tem o direito a deduzir o IVA que pagou quando comprou o limão original.

Ou seja, neste caso: não tem um prejuízo directo pelo aumento da taxa de IVA. É certo que pode perder os clientes que não querem adicionar aos 1,30€ da Coca-Cola (ou 1,43€ com o aumento da taxa de IVA) o valor de 0,22€ pela rodela de limão. E isso acontecerá?

Sobre o aumento da taxa de IVA na restauração ver O IVA dos restaurantes - calem-se por um bocadinho, pode ser?

Adeus, Linha do Oeste

"O Governo vai desactivar, até ao final do ano, a linha ferroviária do Alentejo para transporte de passageiros entre Beja e a Funcheira, e o serviço, também de passageiros, da linha do Oeste, entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz", relata o "Público" pela mão de Carlos Cipriano.
Não devia acontecer mas, infelizmente, na situação para que fomos empurrados, não vale a pena perder mais tempo com um cadáver que tem estado a ser adiado.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

As ilegalidades da Polícia Marítima

No centro da cidade, às 15h30, um veículo da Polícia Marítima com a matrícula AP-33-53 parou de repente em cima de uma passadeira de peões sem indicar, por meio de sinal de luzes ou outro, que ia parar, sem respeito nenhum por quem ia atrás e por quem estava na passadeira de peões. Iria numa missão de emergência... anfíbia? Não, foi só para deixar entrar um sujeito que, aliás, nem sequer estava fardado.
É isto "polícia"?!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Turismo em versão tasquinhas


Na Estrada Atlântica, o letreiro de "comes e bebes" quase se sobrepõe ao que indica o miradouro...


... e no miradouro lá está ela, a "tasquinha" (© O das Caldas)
Acham isto bonito?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O miradouro ajavardado

O miradouro existente na Estrada Atlântica, que foi iniciativa da Junta de Freguesia da Serra do Bouro e não da Câmara Municipal, foi uma boa ideia, criando um ponto a partir do qual se pode observar grande parte da costa atlântica sem a pressão do trânsito e valorizando, desse modo, um elemento de grande potencial turístico.
Mas, agora, infelizmente, o miradouro tem outra "atracção": na Estrada Atlântica, na placa que indica o miradouro, está um grande letreiro de "comes e bebes". E no próprio miradouro pousou, ao que me dizem com carácter permanente, uma versão de caravana snack-bar, possivelmente sem pagar as taxas a que qualquer comerciante do ramo estará obrigado pela ocupação de qualquer porção do espaço público para poder fazer negócio.
É certo que a Estrada Atlântica precisa de ter oferta de restauração (tudo o que era restaurante fechou ou transformou-se) mas ajavardar - não há outra palavra mais adequada - é que parece a pior solução de todas.
Sem estragar o que existe, talvez fosse possível - por exemplo - à Junta de Freguesia da Serra do Bouro instalar um qualquer tipo de equipamento urbano (mas não os ridículos bancos do "parque de merendas" na Boavista) cuja exploração fosse cedida ao seu centro social. Ficaria, decerto, mais adequado e a receita serviria o centro social e os habitantes da freguesia.

4 notas sobre a redução do número de freguesias e de municípios

1 - O critério numérico (um número mínimo de habitantes) é, na fase actual, um bom ponto de partida para definir as freguesias que devem manter-se e as que devem ser extintas. Na situação de aperto em que nos encontramos, não vale a pena pensar em estudos académicos profundíssimos que dão dinheiro a ganhar a muita gente e que só servem para empatar.

2 - Para as freguesias, a definição de um número mínimo de habitantes permitirá identificar os casos que requerem tratamentos de excepção ou, pelo menos, uma reconsideração em função de alguns factores essenciais. Há regiões do interior onde as estradas, os meios de transporte e a banda larga móvel justificam a manutenção de freguesias capazes de apoiarem os seus habitantes. Na nossa região, que se atravessa em meia hora (e que ainda requer uma rede razoável de transportes públicos e banda larga móvel realmente eficaz), podem fundir-se freguesias. Aliás, há juntas de freguesia cuja existência só serve para o seu presidente e para as pessoas a quem dá emprego.

3 - Deve ser admitida a fusão de municípios, equilibrando a opinião das populações com as vantagens objectivas dos municípios existentes. Na freguesia de São Martinho do Porto há um movimento que defende a sua integração no concelho de Caldas da Rainha e a sua desanexação de Alcobaça e nada indica que esse movimento não tenha razão. Aliás, talvez a câmara de Caldas da Rainha esteja (apesar dos disparates mais recentes) melhor preparada para gerir um concelho com praias (da Lagoa de Óbidos à Nazaré) do que uma câmara do interior, como Alcobaça. E, indo mais longe, Caldas beneficiaria, em termos de promoção do concelho, do dinamismo da câmara de Óbidos pelo que, nesta óptica, até poderia justificar-se a fusão de Caldas da Rainha com Óbidos.

4 - O Governo, os partidos (que parecem estar todos com medo) e os movimentos cívicos deviam lançar rapidamente um debate sobre esta matéria, ligando a questão à alteração da legislação sobre as eleições locais e preparando, deste modo, a aplicação de todas as medidas relacionadas até às eleições de 2013.

domingo, 9 de outubro de 2011

"Um Dia de Raiva" - não desista, Mário Cipriano!

O bombarralense Mário Cipriano, a trabalhar em Lisboa mas mantendo as suas ligações à Região Oeste criou um blog a que chamou "Um Dia de Raiva" e que se encontra aqui.
É destinado às reclamações que tantos idiotas em tantas empresas nos obrigam a fazer, ou a querer fazer, e, recomendando-o, manifesto desde já a esperança de que o seu autor não se canse, não se farte, não desista. Na maior parte das vezes é só pela reclamação que se consegue triunfar.

(Só um reparo, no entanto. Sensivelmente até metade, "Dia de Raiva", o filme, pode ser inspirador. Mas, depois, verifica-se que a personagem principal é um homem profundamente perturbado.)

Notícias da crise

O Centro Cultural e de Congressos vê o público a decrescer e o próprio presidente da Câmara parece mostrar-se arrependido do projecto, o Centro de Alto Rendimento de Badminton já não parece estar a servir os propósitos para que foi criado e o centro comercial da Sonae Sierra (que nasceria a partir do actual Continente, do mesmo grupo, para estar pronto em 2010) ficou adiado "sine die" (segundo informa o jornal "Mais Oeste"). E a livraria Loja 107 fechou mesmo no dia 30 de Setembro.

Isidoro Duarte em cima da passadeira de peões

Às 14h46 de ontem, sábado, um autocarro da empresa Isidoro Duarte, com a matrícula 74-DH-36, estava estacionado em cima de uma passagem de peões praticamente nas barbas da PSP, cuja esquadra modernaça não torna os polícias mais atentos ao que se passa a menos de cinquenta metros desta autoridade, que às vezes também serve para regular o trânsito.

sábado, 8 de outubro de 2011

Uma curiosidade genuina a propósito da "Gazeta das Caldas"

Por que motivo é que a "Gazeta" aceitou como boa a reivindicação do ex-ministro Alberto Costa de que tinha sido ele o criador do "Programa Escola Segura" e não cuidou de investigar, ou estudar, o assunto, o que lhe permitiria ter chegado a outras conclusões?
O que acontece, assim, é que a "Gazeta" publicou uma carta de um seu leitor que nada tinha a ver com a realidade, desmentindo até um elemento do público e talvez seu leitor que respondeu de boa fé às perguntas do próprio jornal, e lavando as mãos da procura da realidade objectiva a que, pelo menos em nome dos bons princípios do jornalismo, a "Gazeta" deveria estar, moral e eticamente, obrigada.
A "Gazeta" não pode ignorar isto. Ou, melhor, pode. Mas não deve depois surpreender-se por ser alvo das críticas e da desconsideração de quem lê (e são muitas pessoas) aqui o que deveria ler, em primeiro lugar, nas próprias páginas deste conceituado, mas na melhor das hipóteses ingénuo, órgão de comunicação social.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A verdadeira história do "Programa Escola Segura"

Já nos referimos aqui ao "Programa Escola Segura", a propósito de uma entrevista da "Gazeta das Caldas" a que, na semana passada, um ex-ministro da Administração Interna, Alberto Costa, entendeu responder com uma reivindicação: por outras palavras, disse, o "Programa Escola Segura" tinha sido criação sua.
Não foi, no entanto.
E sem sabermos se a "Gazeta das Caldas" resolve aplicar os princípios do bom jornalismo e aprofundar a questão, pusemo-nos nós à procura e podemos pormenorizar a informação que já publicámos.
Há quem tenha a memória curta por deficiência própria e quem a tenha curta porque lhe dá jeito. Nós não temos a memória curta.
Portanto, eis a história abreviada do "Programa Escola Segura":

1 - A decisão de criar um gabinete específico no Ministério da Educação para se ocupar em permanência dos problemas de segurança nas escolas (onde a PSP e a GNR não podiam intervir, salvo em situações de crime) foi tomada em 1986 quando era ministro da Educação Roberto Carneiro. O seu braço-direito, e secretário de Estado, Alarcão Tróni ficou com esse pelouro e nomeou para esse gabinete o então major Jorge Parracho, que tivera funções de comando da PSP em Macau. A lógica era esta: o ME passaria a dispor de um corpo de vigilantes, constituído por pessoal das forças militares policiais que não estivesse ao activo, para acompanhar de perto a situação das escolas de maior risco, agindo sempre em articulação com os professores. Os bons resultados obtidos afastaram os receios de sectores da esquerda de poderem ter "ex-militares" e "ex-polícias" a patrulhar as escolas.

2 - Em 1991, houve eleições (que deram origem ao último governo de Cavaco Silva) e Roberto Carneiro foi substituído por Diamantino Durão, um professor do Instituto Superior Técnico "soprado" a Cavaco Silva pelo seu sobrinho, Durão Barroso). Entre Outubro de 1991 e Março de 1992 reinou o caos no Ministério da Educação, com a equipa do professor do IST a soçobrar no vendaval da "guerra das propinas" e no seu próprio mar de disparates.

3 - Em Março de 1992, o actual deputado Couto dos Santos é nomeado ministro da Educação e a situação no sector demora algum tempo a estabilizar-se. Decisivamente apoiado pelo novo ministro, o gabinete de segurança manteve a sua actividade e alargou a sua acção junto das escolas. À sua frente manteve-se Jorge Parracho.

4 - O protocolo entre o ME e o Ministério da Administração Interna, que dá um apoio mais sólido à actividade do gabinete de segurança (respeitando sempre os limites de intervenção dos vários sectores em presença) foi assinado em 16 de Setembro de 1992.

5 - Em Dezembro de 1993, Manuela Ferreira Leite substituiu Couto dos Santos no Ministério da Educação, onde se manteve até às eleições de Outubro de 1995. O programa de segurança foi alargado e a autoridade do gabinete de segurança e o apoio prestado às escolas não sofreram contestação nenhuma.

6 - Em Outubro de 1995, o PS ganhou as eleições legislativas e formou governo. Para ministro da Educação avançou Marçal Grilo e para a Administração Interna Alberto Costa. Jorge Coelho foi nomeado ministro adjunto do novo primeiro-ministro António Guterres com o pelouro da propaganda.

7 - E coube, aliás, a Jorge Coelho (que substituiu Alberto Costa no MAI em 1997) o papel de impulsionador do "Programa Escola Segura". Marçal Grilo não estava muito interessado na tutela desse regime de segurança escolar, Alberto Costa estava desesperadamente necessitado de boa imprensa e de dar qualquer coisa à PSP que não o deixava em paz e Jorge Coelho viu no "Programa Escola Segura" (com os carros de baixa cilindrada e devidamente pintados) a possibilidade de fazer um brilharete e de pôr o governo a beneficiar da boa imagem do programa de segurança do ME.

8 - Mas sem Couto dos Santos e Manuela Ferreira Leite nunca o programa de segurança do ME teria sobrevivido.

9 - Hoje em dia, aparentemente, o "Programa Escola Segura" ter-se-á institucionalizado e, com isso, perdido alguma da capacidade de iniciativa de que dispunha quando estava apenas no ME. Mas não deixou de manter uma imagem positiva e não é de estranhar que haja quem o queira pôr ao peito. Quanto ao gabinete de segurança, continuou a ser dirigido até 2007 por Jorge Parracho, entretanto promovido a coronel.

Esta é a verdadeira história do "Programa Escola Segura".
Nenhum ministro, e muito menos de fora do ME, o pode reivindicar como seu. Aliás, se alguém o pode fazer é, justamente, o coronel Jorge Parracho, discreto e rigoroso e, há vinte e tal anos, o "cérebro" por detrás de uma ideia muito simples mas de alta eficácia.