terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Má educação na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro - o papel dos professores

O que aqui escrevi sobre a confusão provocada pelos familiares dos alunos da Escola Secundária Bordalo Pinheiro em toda a sua zona envolvente, com bloqueio do trânsito e atitudes ofensivas para com quem quer passar e nada tem a ver com o assunto, suscitou alguns comentários sobre a acção dos professores.
Não é possível, por muito que os próprios não gostem ou não o percebam, iludir a responsabilidade da escola (professores e direcção) nesta situação.
Os professores acham-se missionários e vêem a "educação" que "dão" aos alunos (ou seja: a formação que vendem, indirectamente, aos clientes que são os pais e encarregados de educação e à sociedade, que os emprega e paga) como se estivessem a evangelizar pretinhos em África e essa atitude introduz uma ruptura na sua relação com a sociedade em que se inserem.
A controvérsia sobre a avaliação do desempenho e os desmandos verbais de um Mário Nogueira são exemplares de como os professores tendem, e mal, a achar-se superiores aos outros cidadãos e, como tal, incapazes de dialogar com a sociedade.
São uma elite, acham, e não precisam de passar cartão aos outros, assoberbados que estão na sua divina missão evangelizadora.
A mesma atitude, e mais uma boa meia-dúzia de motivos e nenhum deles altruísta, têm as direcções das escolas.
Seria muito fácil - se houvesse alguma atenção da parte deles - que (por meio de papéis, cartazes, contactos pessoais, e-mail, o site da escola, etc) procurassem sensibilizar os papás e as mamãs e outros familiares motorizados a fazerem uma coisa muito simples: não entupirem o trânsito nas artérias (e nos passeios) à volta desta escola.
Consegui-lo-iam? Na totalidade, talvez não, até porque se nota que alguns dos "motorizados" o que tentam fazer, para vantagem das crias ou porque o meio é pequeno, é exibir os ricos veículos em que se montam.
Acredito que essa iniciativa ajudaria a resolver o problema.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Algumas verdades inconvenientes sobre a Linha do Oeste

1 - A Linha do Oeste começou a morrer em 1991 quando foi aberto o primeiro lanço da A8. Com a opção generalizada pelas auto-estradas e a condenação do transporte ferroviário fora do eixo Lisboa-Porto-Beira, a Linha do Oeste foi começando a passar para segundo plano.

2 - A não electrificação da Linha do Oeste e a impossibilidade de fazer viagens em tempo concorrencial às auto-estradas (Caldas da Rainha, Figueira da Foz e Coimbra) e a oferta dos "expressos" decretaram a irrelevância da Linha do Oeste.

3 - Com o passar dos anos, e apenas pela inexistência de transporte rodoviário, a Linha do Oeste tornou-se basicamente útil para os viagens curtas entre as povoações mais pequenas e as cidades onde os comboios ainda tinham condições para parar.

4 - Em época de crise e com os constrangimentos orçamentais existentes - e o brutal endividamento, que temos todos de pagar, das empresas de transportes -, é uma rematada estupidez insistir na manutenção da Linha do Oeste. A realidade - e sabem-no mesmo os mais contestatários, na sua vida privada, sem que estranhamente o apliquem na vida pública - não permite luxos e manter a Linha do Oeste (em função da sua reduzida utilidade) é um luxo.

5 - A contestação política ao encerramento da Linha do Oeste é um verdadeiro prato de Petri onde se misturam, numa confusão pouco saudável, a demagogia, a ingenuidade, a ilusória pesca ao voto a pensar nas eleições autárquicas de 2013, a asneira estratégica, a perda de tempo e a tentativa de distrair as populações do que realmente interessa.

6 - Esta luta também mistura dois factores psicológicos de peso: na extrema-esquerda (onde o PCP se encaixou paulatinamente) a obsessão de contestar tudo o que provém do "Governo de direita" e nos autarcas (tontos, tontos, tontos...) o problema que é a necessidade de uma "compensação" pela "perda" da Ota (como, nas crianças de tenra idade, a xuxa compensa a falta do peito materno...).

7 - A luta contra o encerramento da Linha do Oeste reflecte a patética visão urbana da elite citadina que ignora e abomina as freguesias rurais. Como têm a estação nas Caldas, a Linha do Oeste é importante para eles.

8 - Aquilo de que a população do concelho de Caldas da Rainha necessita não é da Linha do Oeste. É, sim, de transportes públicos efectivamente úteis e de periodicidade regular. É essa a luta, em termos de política de transportes, que interessa a todo o concelho e que a elite citadina despreza porque já está suficientemente bem servida.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Campeonato de títulos de 1.ª página totós

Do "Jornal das Caldas": "Agentes que usaram máscara sob processo" - Usaram a(s) máscara(s) debaixo de que processo?!

Da "Gazeta das Caldas": "Reforma autárquica não agrada a quase ninguém" - Mas houve alguma consulta às populações?!

Do "Mais Oeste": "Se fôssemos encerrar tudo o que dá prejuízo teríamos de fechar hospitais, a Assembleia da República e o país" - A frase é de Fernando Costa e a qualificação aplica-se a dobrar: como argumento é bastante totó...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dois títulos de jornal que eu gostava de ver...

"Abastecimento - Câmara combate fraudes na água", titula o "Jornal das Caldas" na sua primeira página. Como eu gostava tanto de ver títulos como "Câmara combate rupturas da rede pública" ou "Câmara investe na manutenção da rede pública"!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O PCP: os piores cegos são aqueles que não querem ver

Cultivando o tipo de imaginação frenética que caracteriza todo o PCP, o deputado municipal Vítor Fernandes ocupa uma página inteira da "Gazeta" a queixar-se de que não tem sorte nenhuma no que faz, enumerando as suas intervenções sobre assuntos tão relevantes como a defunta Linha do Oeste ou os incómodos de alguns moradores da cidade por causa das obras.
Relativamente, por exemplo, ao aumento do preço da água e aos problemas reais das freguesias rurais nada diz.
Isto demonstra bem a irrelevância crescente dos comunistas, que parecem cegos eternamente aprisionados num labirinto cheio de fantasmas.
São "os mais combativos"? Podem ser mas não é pelo que interessa às populações.


(Fiz um comentário a esta notícia na edição on line da "Gazeta das Caldas" que não foi publicado, o que é estranho.)

E se os Serviços Municipalizados prestassem também atenção às rupturas?

Em anúncio de várias colunas na "Gazeta", os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento ameaçam com denodo os malfeitores (e pelos vistos devem ser muitos, atendendo à dimensão do anúncio) que têm ligações clandestinas à rede de abastecimento de água.
É pena que não se veja o mesmo entusiasmo por parte dos Serviços Municipalizados relativamente à reparação e manutenção da rede, às rupturas (e são tantas) na rede que ficam dias por arranjar - e cujo desperdício é pago por todos nós - e à reparação dos buracos que vão ficando pelas estradas e ruas do concelho depois de cada intervenção do seu pouco assíduo pessoal.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Má educação na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro

A Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro tem um site muito enxuto e cheio de pormenores e até pode ter excelentíssimos professores, directores do melhor que há, alunos sapientíssimos e sei lá que mais... mas quem passa nas suas imediações não pode deixar de se interrogar sobre o tipo de educação que por lá se dá no que é mais básico e nada secundário: o respeito pelos outros, o civismo, as boas maneiras, o saber viver em comunidade.
A má educação dos papás já foi abordada neste blog (aqui e aqui) mas não convirá omitir a responsabilidade da escola (da sua direcção aos seus professores) no relacionamento que deve ter com a comunidade e, neste caso, no modo absolutamente selvagem como os pais, as mães e sabe-se lá que outros familiares ocupam com os seus carros a via pública, dificultam o trânsito de carros e de pessoas, entopem tudo, formam segundas e terceiras filas de estacionamento e chegam a insultar quem protesta. E apenas porque as suas crias - que decerto não acompanham nas paródias e nos desmandos nocturnos - não poden, 'tadinhas, andar uns metros a pé.
Os distintos professores da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro podem ser os melhores do mundo. Mas quando se vê o caos que reina à volta desse estabelecimento nocturno ficam-nos todas as dúvidas. Sobretudo quando se sabe como os senhores professores e as senhoras professoras gostam tanto de proclamar o seu apego à "causa pública" da educação e às criancinhas que, por via dos ordinários pais que têm, se transformam com o tempo em energúmenos egoístas e anti-sociais.

Digam-me que estou enganado, sff!...

... e que a conta da água (juntamente com todos os "extras" que temos de pagar) não vai aumentar pelo menos 1 (um) euro por mês. Gostava de estar enganado, juro!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Reforma das freguesias: já começou... mesmo contra os actuais autarcas, que querem manter os lugares

O "Jornal das Caldas" fornece, esta semana, informações importantes sobre o processo de reforma das freguesias que já permitem fazer um ponto de situação e perceber que o processo parece estar a dar os primeiros passos.
Com chamada na primeira página e estando o tema diluído no interior, ficamos a saber que existe um documento (da autoria do economista David Leal, proposto pelo próprio em Outubro do ano passado) que aponta passos em concreto no sentido da redução de 16 freguesias nesta concelho para 10:
"O estudo aponta a fusão da freguesia de Landal com A-dos-Francos. S. Gregório com Vidais. Santo Onofre com Nossa Senhora do Pópulo, considerando que só deveria haver uma freguesia urbana nas caldas da Rainha. Salir do Porto deve-se unir à Serra do Bouro ou a Tornada, considerando que pode haver a fusão destas três freguesias. Apesar da rivalidade que já ouviu haver entre a freguesia da Foz do Arelho e Nadadouro, não vê outra forma melhor do que unir estas duas. Para a freguesia do Coto propôs a fusão com Salir de Matos. Outra alternativa assente no estudo é unir o Coto mais Nossa Senhora do Populo mais Santo Onofre. Quanto a Tornada, recomenda que os limites da freguesia de Tornada sejam mantidos como até hoje. Alvorninha, Carvalhal Benfeito e Santa Catarina por terem a distância da sede do concelho superior a 10 quilómetros, recomenda que fiquem como estão."
É uma proposta (a que só agora vi referência, já depois de ter escrito isto) interessante, racional e razoável.
A Câmara conhece-a, parece que quem foi ao encontro promovido por grupos de cidadãos no sábado passado também a ficou a conhecer, e os partidos também a receberam.
E é no mesmo jornal que ficamos a saber que um já se pronunciou. O PCP não gosta. E porquê? porque "o estudo é feito à medida dos interesses do Governo". E chega, como justificação. Já faltou mais para termos de chegar à conclusão de que tudo aquilo de que o PCP não gosta é que é de aproveitar.
Também ficamos a saber (na desenvolvida notícia do "Jornal das Caldas" sobre o encontro dos independentes) que os autarcas são "contra a reforma das freguesias". É interessante como isto vai ao encontro do que eu escrevi aqui e que é óbvio: são aqueles que estão em funções nos órgãos autárquicos, com benefícios óbvios a nível pessoal, que não querem a reforma das freguesias.
Quanto ao povo não se sabe mas os autarcas, que têm medo de perder o "tacho", não querem. Pensam nos seus próprios interesses, apenas. Era bom que se calassem, que saíssem da frente e que entregassem ao povo as decisões sobre a matéria se não conseguem ter a devida independência de espírito (e de vida...) para prescindirem das benesses oficiais.
Até porque a causa deles está perdida. Veja-se, ainda no mesmo jornal, como em Peniche já houve acordo para a redução de freguesias: de três urbanas para uma, mantendo as três freguesias rurais.
Qual será o concelho que se segue?

Carvalho da Silva ou Carvalho da Selva?

Da maneira que o líder da CGTP às vezes se põe a falar parece mais um Carvalho da Selva do que um Carvalho da Silva!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Uma proposta em 6 pontos sobre a reforma das freguesias

Eis o que proponho a propósito da redução do número de freguesias e da sua reforma:

1 - Os actuais presidentes das juntas de freguesia deviam promover em todas as freguesias debates com os seus residentes, abstendo-se de intervir na matéria para não caírem sob a suspeita de que as opiniões que possam ter estão ligadas ao desejo de continuarem na mesma função, dela retirando benefícios e vantagens patrimoniais e não patrimoniais.
2 - O actual número de freguesias deve ser reduzido, articulando critérios definidos em futura lei com as características territoriais das actuais freguesias.
3 - Nesta perspectiva, será aceitável - no nosso concelho, onde o litoral dispõe de estradas e acessos mais fáceis do que o interior - fundir umas freguesias e manter outras, neste caso nas zonas onde as comunicações viárias são mais difíceis.
4 - Na fusão de duas freguesias, a que é nominalmente extinta deve manter uma estrutura de apoio aos residentes.
5 - A cidade de Caldas da Rainha deve ter uma única freguesia.
6 - Deve ser acolhido o desejo dos residentes de São Martinho do Porto em passarem para o nosso concelho, com a criação de uma freguesia que una a actual Salir do Porto com São Martinho do Porto, criando uma frente litoral e de praias única para o concelho e que apenas confine com Nazaré e Peniche.

Alguém se quer pronunciar?...

A Escola de Condução Santa Maria de Óbidos ensina a estacionar... em cima da passadeira de peões

É, com certeza, muito especial o ensino da condução na Escola de Condução Santa Maria, das Gaeiras: um dos seus carros, o Opel Corsa 77-13-LX, parou durante largos minutos em cima da passadeira de peões à frente do prédio dos Registos e Notariados das Caldas às 15h50, para de lá sair um jovem, aluno ou familiar do instrutor.
Que bela lição de condução, que rico exemplo!...

Reivindicação de S. Martinho do Porto ganha dimensão nacional

aqui me pronunciei e mantenho a minha opinião: São Martinho do Porto devia pertencer ao concelho de Caldas da Rainha, deixando o concelho de Alcobaça.
Esta notícia de hoje do "Jornal de Notícias" pode ajudar a dar força a esse movimento cuja reivindicação não é incompatível com a necessária reorganização das freguesias. Pelo contrário: até pode ser esta a melhor ocasião para dar mais força a essa ideia.

O movimento "S. Martinho do Porto para Caldas da Rainha" tem o seu blog aqui.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A EDP a oferecer o cobre para ser roubado...

A EDP queixa-se muito de que lhe roubam o fio de cobre dos postes, não é?



Então porque é que o deixa pendurado, como se convidasse os potenciais larápios a irem lá buscá-lo?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Reduzam-se as estruturas regionais de turismo que não se perde nada. Antes pelo contrário...

Anda por aí muito "indignado" a lamentar a intenção governamental de reduzir o número de estrututas oficiais de turismo, o que levará - espero eu! - à extinção desse gerador de absurdos anti-turísticos que dá pelo nome de Turismo do Oeste. ~
Além da saloíce regional de quererem ter sempre qualquer estrutura que os outros também tenham (num país pequeno e sem dinheiro!), estes "indignados" até podem afinal gostar da caterva de infelicidades que têm saído do cérebro de quem gere a coisa e a que nos referimos, por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Será isso?

Há quem pense que é com raparigas em anzóis
e pénis disfarçados de cabeças de peixe
que se pescam turistas. Mas estão enganados..


sábado, 14 de janeiro de 2012

Saiam da frente, senhores presidentes das juntas de freguesia!

Só se poderá fazer um debate sério sobre a redução do número de freguesias se os actuais presidentes das juntas de freguesias puserem os seus lugares à disposição, mostrando desse modo que não é para defenderem a posição que ocupam que se opõem a qualquer tipo de alteração. É um facto incontornável que a manutenção do actual número de freguesias beneficia, em primeiro lugar, os presidentes das juntas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não conseguem demonstrar que estou enganado... pois não?

A conta da água vai aumentar cerca de 1 euro por mês. Pelo menos. Demonstrei-o aqui. Haverá alguém capaz de dizer que não é verdade e de o demonstrar?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os péssimos exemplos dos papás

A propósito deste post (Sabe onde estão os seus filhos?) deixou-me um visitante o seguinte comentário que merece destaque e publicação na íntegra:

"Aproveito este tema, sobretudo a parte de irem buscar os filhos à escola, para fazer um apelo ao bom senso e ao dever do respeito uns pelos outros no que concerne ao estacionamento, enquanto esperam pelos filhos à saída da escola. Neste caso falo do estacionamento da EBI Santo Onofre. Compreendo quando não há lugares disponíveis e os condutores encostam-se o mais possível aos carros estacionados, mas quando há lugares vagos acontece o mesmo e ocupam as faixas de rodagem e quem quer circular é obrigado a transgredir pois existe traço continuo em toda a extensão das faixas. Mesmo chamando as pessoas à atenção das transgressões que fazem, não ligam e até são mal educados. São estes os exemplos que os filhos desta "gentinha" tem, como podemos exigir boa educação e civismo aos alunos quando o seu ambiente de vida é um de sem regras onde não se cumprem leis e se "borrifam" para os outros que as cumprem. É um verdadeiro escândalo da má educação e da falta de civismo e estou a falar de "gente" bem vestida e com grandes carrões, o que indica determinado nível de vida. Deveria haver mais policiamento nestas alturas do dia. Garanto que se multassem quem deveriam nestas alturas, rapidamente se resolvia alguns problemas como o da falta de viaturas policiais nalguns locais do país e rapidamente se instalava a ordem obrigatória em locais públicos. Cada vez mais se cumpre menos. As Escola tem que ter acções de sensibilização nas aulas de civismo com os alunos para que estes ensinem aos pais o que quer dizer "civismo". O que responde, no meu ponto de vista à última pergunta: é mesmo hipocrisia e sobretudo estupidez natural."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Independentes sim, salta-pocinhas não!...

Se esta iniciativa se destina a estimular a participação dos independentes na política fica mal aos seus organizadores irem buscar o jurista Freitas do Amaral. Este cristão-novo da "tudologia" não é um independente mas um salta-pocinhas da política.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O aumento do preço da água: mais 1 euro por mês, pelo menos...

Um visitante fez-nos chegar uma factura dos Serviços Municipalizados de valor modesto que serve para ilustrar bem a situação de iniquidade do custo do abastecimento de água e o significado do seu amento.
Este cliente da Câmara das Caldas tem a seguinte factura:

"Conta da Água" - 7.13€
"Conta Trat. Esgotos" - 4€
"Serviços Diversos" - 2.45€
IVA - 0.43€
Total - 14.01€

Ou seja, metade da conta é da água efectivamente consumida. A outra metade... é de tudo o resto. Dá para o "Trat. Esgotos" e para as rupturas, para os popós de função da Câmara e dos Serviços Municipalizados e sabe-se lá para que mais.
O item dos "Serviços Diversos" é uma percentagem, que passa dos 30 por cento (e cujo critério é incompreensível). Neste caso são 34%.
Se aplicarmos ao custo efectivo da água que é de 7.13€ os 10 por cento de aumento, teremos um valor de 7.84€.
Se aplicarmos a mesma taxa de 34% para os "Serviços Diversos" a este valor teremos um valor de 2.66€.
A estes aumentos soma-se o que se repercute no IVA que, a 6 por cento, é aplicado aos "Serviços Diversos". O que a um valor de 2.66€ dá mais 0.16€.
Ou seja, com o tal aumento de 10 por cento que a Câmara acha muito bem e que as oposições se calhar não percebem porque os seus activistas não precisam de andar a contar os cêntimos para sobreviverem, uma factura de 14.01€ - quem nem é um valor muito elevado - passará para 15.30€. Ou seja, mais 1 euro e 29 cêntimos.
Repetimos o que já escrevemos: se a maioria que aumentou o preço da água e as oposições que se limitam a fazer figura de corpo presente quisessem prejudicar menos os munícipes tinham reduzido as parcelas manhosas da "Cont. Trat. Esgotos" e/ou dos "Serviços Diversos".

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Agora dão em artistas mas distribuir correspondência é que tá quieto....

Consta que os CTT publicaram um livro com fotografias tiradas por carteiros. Sem atender muito à extraordinária bizarria da coisa, cumpre perguntar se o "subsídio de incómodos" também pagou os esforços artísticos dos "fotógrafos" e se tal foi feito nas horas de serviço.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Um "esclarecimento" manhoso da Câmara sobre o aumento do preço da água

O Gabinete de Imprensa da Câmara das Caldas divulgou, pelo menos na "Gazeta", um "esclarecimento" sobre o aumento de 10 por cento no preço da água que omite uma questão essencial.
Por muito que a autarquia possa invocar que foi "obrigada" a fazer esse aumento e que até pode haver consumidores não afectados por ele, não é possível esconder que há mais uma série de custos metidos à força na factura de consumo da água que aumentam muito simplesmente em função do novo preço da água.
Esses elementos com a máscara de taxas são receitas próprias da Câmara (e dos Serviços Municipalizados) e servem, em teoria, para fazer reparações e manutenção. Não existe, no entanto, qualquer tipo de investimento visível na reparação e manutenção da rede de abastecimento e as rupturas (muito frequentes, o que mostra bem o estado da rede) são reparadas com algum desinteresse.
O aumento do preço da água podia ser menos pesado se essas taxas, absolutamente discricionárias, fossem aliviadas.
Ao ignorar esta questão, o "esclarecimento" da Câmara é tão manhoso como o comportamento das oposições que - por motivos que se desconhecem - nunca se preocuparam com essa multiplicação ignóbil de custos que em nada beneficia os munícipes.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A praia da Foz do Arelho está suja e o concelho continua mesmo emporcalhado

O "Jornal das Caldas" refere-se, e bem, à sujidade que reina na praia da Foz do Arelho e que me parece estar a aumentar com as dragagens, cujo pessoal vai largado toda a espécie de porcarias pelo chão (como agora voltou a ser hábito). Mas convinha que o "Jornal das Caldas" desse uma volta pelo concelho, pela cidade e pelos arredores, porque, já o escrevemos aqui, é o concelho todo que está vergonhosamente emporcalhado.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Irresponsáveis, auto-excluídos e completamente idiotas - o PCP e a redução do número de freguesias

"A Troika estrangeira em conjunto com os que no nosso país subscreveram o programa de agressão e submissão..." - esta frase pertence a um texto publicado pelo deputado municipal comunista Vítor Fernandes na "Gazeta das Caldas" (quem tiver paciência para tal pode lê-lo na íntegra aqui) sobre a redução do número de freguesias e o mínimo que se pode dizer é que, com isto, o PCP continua a excluir-se, objectivamente, de qualquer debate razoável sobre a crise em que vivemos e os meios de a ultrapassar.
O PCP (tal como o BE) nunca quis debater com a "troika estrangeira" (que chauvinistas, caramba!) a situação portuguesa e excluiu-se do processo que, através do empréstimo internacional, visou, pelo menos, assegurar os salários da função pública, as reformas e algum dinamismo económico.
Como os comunistas têm obrigação de saber, há coisas que se podem fazer quando há dinheiro e que não se podem fazer quando não há dinheiro.
A questão do número de estruturas autárquicas tem a ver com o dinheiro que não há. E é um luxo, na situação actual. E quem não tem dinheiro não tem luxos. Nem vícios.
O texto é um amontoado de idiotices e mostra como o PCP continua a auto-excluir-se, afundado numa lógica absolutamente irresponsável de grupelho esquerdista. Há-de ir longe...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Os CTT no meio da rotunda

Mostrando como a empresa tem uma elevada responsabilidade social e maturidade cívica, o pessoal dos CTT tinha hoje uma carrinha da empresa estacionada dentro da faixa de rodagem da Rotunda dos Arneiros.
Colocado onde estava, às 16h30, o veículo com a matrícula 10-IE-68, tapava a visibilidade aos restantes veículos, tornando mais fácil a ocorrência de acidentes.
Deve cansá-los muito, que se incomodam por terem de trabalhar, andarem à procura de um local para estacionarem correctamente.

Maria da Conceição Pereira e os dilemas do PSD

Já o escrevi aqui e aqui e aqui: a vereadora Maria da Conceição Pereira, que também é deputada na Assembleia da República, seria e melhor candidatura do PSD à Câmara.

É uma pessoa discreta mas activa que já teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades na Câmara Municipal e no Parlamento. Só que num partido em campanha interna já está atrasada.
Porque os também vereadores Tinta Ferreira e Hugo Oliveira, do mesmo partido, já estão há muito tempo no terreno a prepararem-se para disputarem a sucessão de Fernando Costa. E lá vão assegurando a presença pública e mediática que Maria da Conceição Pereira não tem.
A política, infelizmente, também vive em muito da exposição pública e, no momento do voto, é mais fácil associar a cruz do voto a uma cara conhecida que já se viu várias vezes nos jornais e na televisão do que a alguém que não tem rosto.
E neste domínio eles já levam vantagem. Apesar dos seus muitos defeitos.
Tinta Ferreira é a típica figura do senhorito de província, sobranceiro e arrogante, de intenção aristocrata e com imagem de intelectual, capaz de se apresentar como igual à elite urbana das Caldas e como superior à sua população rural.
Hugo Oliveira, que está agora a fazer a transição do "social" para o "betão", pode ter alguma popularidade entre sectores da mesma elite urbana e conseguir falar de igual para igual com os sectores não urbanos na linha do que tem feito Fernando Costa.
Mas nenhum deles, podendo ser pessoas maravilhosas no trato ou excelsos pais de família, me inspira a mínima confiança para chefiar uma câmara municipal. Imaginá-los como presidentes da Câmara das Caldas só me faz pensar em naufrágios.
Acredito por isso que Maria da Conceição Pereira seria a pessoa mais indicada para presidir à Câmara das Caldas, ou a qualquer outra, já agora. Só que me garantem que não é essa a sua intenção. Por isso, ao analisar o triste ambiente de fim de regime em que nos encontramos, não citei o seu nome. Faço-o agora, esperando que não subsistam dúvidas sobre a minha opinião.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Coitadinhos dos presidentes das juntas...

Coitaditos dos pobres presidentes das Juntas de Freguesia, que ficaram sem o jantar que lhes era oferecido pela Câmara e se calhar não podem pagar do seu bolso (ou meter nas contas da respectiva junta). Talvez também queiram ser alimentados a pão-de-ló (de Alfeizerão) e lavar o rabinho com água de rosas...