quinta-feira, 10 de novembro de 2011

As misérias da Estrada Atlântica

O Talefe era, essencialmente, um café. Fechou há mais de um ano. Diz-se que foi comprado pelos promotores do empreendimento turístico previsto no Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.


O Jotemar parece um campo de batalha: a carcaça de um carro, destroços diversos, janelas entaipadas. O locatário não se aguentou num negócio para que não tinha vocação e o proprietário, que aqui quis ganhar muito e investir pouco, parece ter-se desinteressado. Foi, há coisa de vinte anos, um restaurante familiar simpático. 


No miradouro da Estrada Atlântica foi plantada uma "roulotte" em estilo manhoso de "habitação própria e permanente", com cartaz de "comes e bebes" à beira da estrada. Não paga a licença de ocupação da via pública a que quiseram obrigar um músico no centro da cidade.


O Secretus já foi café e casa de comes e bebes. Agora é um bar nocturno que funciona duas ou três vezes por semana e onde às vezes, durante o dia, aparece uma tabuleta manuscrita a dizer que se vende café. Pode ser o Greenhill gay mas o aspecto exterior não é nada convidativo.

A Estrada Atlântica liga a Foz do Arelho a Salir do Porto e depois a São Martinho do Porto. Ao longo de quase toda a sua extensão podem ver-se o Oceano Atlântico e, dependendo das condições meteorológicas, as Berlengas e Peniche. Em certos locais, a vista é deslumbrante.
É um percurso que, só por si, chegaria para valorizar turisticamente o concelho de Caldas da Rainha. Mas o que nele se encontra é lixo. E não é o empreendimento turístico previsto para a zona de floresta no interior que vai ajudar a melhorar este quadro miserável. Até porque, muito possivelmente, nunca será construído.

1 comentário:

  1. VENHA ME BUSCAR POR FAVOR PARA SER DANÇARINO GAY LIGUE JA 910058120

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