sábado, 31 de dezembro de 2011

O que se esperaria das oposições no aumento do preço da água

Olhe para a sua factura da água, dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha. Vai encontrar a indicação do custo da água que consumiu e depois mais uma colecção de parcelas que aumentam o valor final da factura.
Essas parcelas servem, oficialmente, para a manutenção e reparação das infra-estruturas.

No entanto, apesar de a rede de abastecimento público de água estar, um pouco por todo o concelho, consideravelmente apodrecida e destruída por rupturas sucessivas que são apenas remendadas, não se vê qualquer tipo de investimento organizado para refazer, ou reparar com solidez, a rede pública.
O aumento idiota do custo da água consumida em 10 por cento agrava duplamente a factura da água. No próprio custo da água e nas restantes parcelas porque elas são definidas percentualmente. Quem consome menos paga menos nessas taxas e quem consome mais paga mais em taxas.
Se os argumentos da Câmara para aumentar o preço da água até podem ser aceitáveis, já é de lamentar a esperteza saloia que está subjacente à coisa: todas as outras taxas aumentam, cumulativamente, os tais 10 por cento e não apenas o preço da água

E sabemos bem que são receitas que ficam inteiramente para os Serviços Municipalizados e, portanto, para a Câmara e que não saem do concelho.
Tanto quanto se sabe, o PS, o PCP e o BE votaram contra o aumento na Assembleia Municipal. Para eles já chegou.
Com isso, limitaram-se a cumprir a sua função de corpo presente. Depois ficaram quietos, mais uma vez a fingirem-se de mortos, porque não sabem ou porque têm dinheiro à vontade para suportar esses (e outros) aumentos ou porque não percebem o que deviam fazer ou ainda porque se estão nas tintas para os interesses da população. Ou porque só são oposição em "part time".
Se as oposições fossem gente responsável deviam desde logo ter proposto uma alteração na factura da água que, pelo menos, evitasse o aumento das taxas associadas ao consumo da água. Uma iniciativa dessas até podia ser inviabilizada pela maioria PSD/CDS que aprovou o aumento de 10 por cento mas, pelo menos, marcaria bem uma posição baseada no interesse público.Não foi o que aconteceu.
O imobilismo destes "opositores" perante uma vereação errática e que parece estar em desespero a substituir o interesse público pelo interesse privado mostra bem o que fazem aos votos que receberam dos seus eleitores: estão, simbolicamente pois claro, a limpar (e mal) o sítio onde as costas mudam de nome com os boletins de voto.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um aumento estúpido

O aumento de 10% no preço do custo da água, forçado pela maioria PSD/CDS, é estúpido e estupidamente penalizador.
Pode haver milhentas razões para encarecer o preço da água mas este aumento cego faz por sua vez aumentar o preço final da factura porque cada factura de água tem uma parcela de percentagem de diversas taxas e serviços que pode chegar aos 50% do valor da factura.
A maioria podia ter feito um exercício de racionalidade e de respeito pelos consumidores se, aumentando o preço da água, baixasse o valor dos restantes elementos da factura. Não o fez e fez mal.
É uma opção que contradiz a decisão de não penalizar os caldenses pela via dos impostos e que só reflecte a desorientação dos gestores das autarquias e da oposição de faz de conta que acaba por lhes aparar o jogo.
Chegámos mesmo ao fim do regime e da pior maneira.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A propósito da "tolerância de ponto" dos CTT no dia 26 de Dezembro

"è preciso não se saber do que se fala. O dia 26 de Dezembro não foi gozado como tolerancia de ponto. Os CTT nunca tiveram uma tolerancia de ponto, pois só são empresa publica para ajudar a pagar a crise, para descontar nos ordenados dos trabalhadores. O dia 26 é um dia de descanso considerado no Acordo de empresa há mais de 15 anos. Porque é que nunca falam dos ctt quando todos gozam pontes e nós continuamos a trabalhar. È verdade a função publica necessita de saber o que é trabalhar e não estar a espera de mamas de pontes oferecidas e tolerancias de ponto. Os Ctt nunca tiveram nada disto. Sabemos trabalhar e a privatização só vem destruir a unica empresa do estado que dá lucro....."

Este comentário foi recebido (e publicado, tal como foi escrito) em reacção ao meu post Nos CTT trabalham tanto no Natal que até precisam de um feriado extra no dia 26... . Apesar de anónimo, devo supor que é da autoria de pessoa com interesse na matéria, ou seja, de um(a) funcionário(a) dos CTT e quero, por isso, dar-lhe réplica, o que faço nos seguintes termos:

1 - Os CTT prestam um serviço insuficiente à população. Têm poucos postos de atendimento e as condições em que os seus clientes (todos nós) são atendidos são más, degradantes e penalizadoras para todas as pessoas que têm dificuldades em movimentar-se.
Os funcionários podem dizer que a culpa é da administração mas nunca vi nem ouvi uma palavra da parte deles, directamente ou por meio dos seus sindicalistas, de consideração ou respeito pelos seus clientes.

2 - É possível que a folga do dia 26 de Dezembro esteja no Acordo de Empresa. Mas, em função do que acima escrevemos e da situação do país, só ficaria bem aos funcionários dos CTT darem um bom exemplo e mostrarem a sua solidariedade para com a restante população que aceitou várias outras perdas de "direitos adquiridos".

3 - Este tipo de situação, tal como as greves dos privilegiados funcionários das empresas de transportes públicos e dos não menos privilegiados maquinistas da CP (para combater processos disciplinares pela força e não pelo Direito!...), ultrapassa em muito os limites "morais" dos vários "direitos" e dos poucos "deveres" de trabalhadores que de há muito perderam qualquer perspectiva histórica, política e sindical e, mais tarde ou mais cedo, abrirá caminho - com apoio da restante população - a medidas mais limitativas.

4 - As empresas do sector público parecem subordinar a necessária procura de receitas aos privilégios dos seus administradores e dos seus funcionários (e nunca vi estes ou os seus representantes sindicais a voltarem-se contra os privilégios dos administradores...) porque o Estado, proprietário e patrão, parece aceitar esse catastrófico estado de coisas e pagar tudo aquilo que é necessário.
Uma empresa privada não depende do dinheiro do Estado mas das receitas asseguradas pela venda dos seus produtos e serviços. Privatizados, os CTT terão de vender mais e melhor os seus produtos e serviços e, de preferência, enfrentar a concorrência de outras empresas que possam operar em algumas áreas paralelas.
Por isso terão de prestar um melhor serviço aos seus clientes.
E isso implica uma coisa muito simples: funcionar. Ou seja: ter as portas abertas no dia 26 de Dezembro que é, cada vez mais, um dia de trabalho normal para a maioria da população.


5 - E convém não esquecer uma coisa: os funcionários dos CTT beneficiam de uma remuneração extra designada por "subsídio de incómodos" para compensar o incómodo de terem de trabalhar. E somos nós que acabamos por pagar essa e outras mordomias. Não teremos direito a sermos melhor tratados?

6 - Estranhamente, ontem não houve distribuição de correio onde moro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Variações sobre a Popota a propósito do Continente

Popota, poputa, papoto, xoxota, patoto, potapo, pateta, pupota, compota, catota, topopa, tapopo, potato, putata, badalhota, badalhaco, badalhoca, topapo, papalvo, papo os papalvos, hipopótamo, hipopótama, hipotálamo, hipófise, hipótese, hipotiroidismo, histérica, bichota, pixote, potota, pixota. Um verdadeiro continente...

Uma vantagem do fecho da Linha do Oeste...

... é o facto de a região deixar de sofrer directamente com as greves sacanas dos maquinistas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Taxas moderadoras - um princípio básico

Todas as pessoas que se acham numa urgência de hospital com uma aflicção grande, pequena ou assim-assim (e todas parecem enormes nessas circunstâncias) estarão de acordo em pagar mais, se o podem fazer, para serem mais rapidamente atendidas.
Mau é perceber-se que os preços baixos das taxas moderadoras (um nome transparente mas aberrante) desculpam e justificam maus serviços.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"As pessoas são maltratadas" nos CTT...

... escreve Carlos Cipriano na "Gazeta das Caldas" (sem link) na notícia "Filas de espera aumentam na estação dos correios das Caldas", onde é feita uma crítica certeira ao péssimo serviço prestado pela empresa que se vale, diz o jornalista, da "evidente falta de manifestação de impaciência e de desagrado por parte dos cidadãos e dos seus representantes públicos".
É verdade. Os "incomodados", convém que nos lembremos, são os coitados que são obrigados ao sacrifício e ao incómodo de terem de trabalhar nos CTT.

A surpresa dos idiotas

A EDP está surpreendida com os roubos de fio de cobre? Só se surpreende quem não repara no modo como os fios são deixados enrolados nos postes, num convite claro a que lá os vão buscar...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fim de regime


Reparem bem no que está a acontecer a talvez menos de ano e meio das eleições autárquicas de 2013.

Fernando Costa, o presidente da câmara, não pode candidatar-se a outro mandato. Era, até agora, e como é habitual, o seguro de vida do PSD nas Caldas.
Tem dois sucessores, que são tanto candidatos a herdeiros como a usurpadores de trono, que são Tinta Ferreira e Hugo Oliveira.
Os dois vereadores entraram em competição pela nomeação como candidatos à presidência da câmara das Caldas pelo PSD. Mas nenhum deles garante os mínimos: Tinta Ferreira é arrogante, dá-se pouco por ele, é o "intelectual" de serviço, desconhecedor do "país real" que existe fora da cidade; Hugo Oliveira conhece a Foz do Arelho, promove-se melhor, segue as pisadas de Fernando Costa e percebe que os "shows" mediáticos são essenciais.
Nenhum deles, no entanto, será um bom presidente de câmara.
O PSD nas Caldas não tem oposição a sério.
O PS arrebitou, há uns três anos, quando começou a gizar-se a hipótese de uma candidatura de António José Seguro à presidência da câmara. Depois afundou-se na sua própria depressão.
O CDS não é oposição nem é "situação". Tenta, agora, beneficiar do encosto do poder central mas, como tantas vezes acontece, os seus dinamizadores perderam o rumo. Ressuscita quando há touradas e festas sociais mas, fora isso, também não se dá por ele.
O PCP e o BE, eternamente condenados a serem a "esquerda" das causas perdidas, excitam-se com os trabalhadores que se "incomodam" por terem de trabalhar e com a defunta Linha do Oeste. Berram (ou ladram?...) por algum tempo e depois remetem-se à apagada e vil tristeza que é um traço comum da oposição caldense.

Ninguém, que se note, conhece o concelho.
Todos estes políticos locais - que alimentam o sonho húmido de terem um lugar na câmara sem fazerem muito por isso ou de apanharem uma vaga ocasional na Assembleia da República - vivem da cidade e para a cidade.
A Assembleia Municipal é o seu mundo e transforma-se numa câmara fechada de prazer solitário: falam, falam, falam... rejubilam orgasmaticamente com as páginas que a "Gazeta" lhes dá e lamentam que o "Jornal" lhes ligue tão pouco.

O que se passa na cidade passa-se nas freguesias.
Os presidentes das juntas, pela sua generalizada falta de qualidade e de fundos, não chegam aos calcanhares de Fernando Costa. Um presidente de câmara activo, mesmo que ineficaz, é o modelo do que querem ser. Mas também não conseguem.
E, aí, o eclipse das oposições ainda é mais visível: aparecem nas eleições autárquicas com programas eleitorais típicos de associações de estudantes do secundário, onde cabem promessas, milagres, tudo e o seu contrário e mais um par de botas.
A falta de qualidade humana dos presidentes das juntas devia ser motivo mais do que suficiente para reduzir ainda mais drasticamente o número de freguesias.

O abandono das oposições, a ausência de dinheiro e de imaginação, a falta de qualidade humana dos políticos locais e o egocentrismo da elite citadina conduziram, nesta época de fim de regime, a que o concelho ficasse mais pobre, mais sujo, mais desinteressante, mais votado ao abandono e menos... turístico.
E certos monstros como o CCC ou a Comunidade Intermunicipal mostram, pela suas características de "elefantes brancos", que vivemos a duas velocidades: de um lado, o que é o pior; no outro, aparências de luxo (e seu usufruto por alguns...). No meio há um deserto. Político, social e cultural. E inevitavelmente económico.

O quadro será ainda pior se em 2013 não houver candidaturas fortes, eventualmente mais abrangentes, numa perspectiva "de salvação nacional" aplicada ao concelho, com programas inteligentes, exequíveis, esclarecidos e esclarecedores.
Acredito que os movimentos independentes podem desempenhar um papel fundamental no poder local. Não é só das comissões partidárias, das segundas ou terceiras linhas dos órgãos políticos ou das "jotas" que saem os políticos competentes.
Há, na nossa sociedade, pessoas competentes, dinâmicas, com ideias, com espírito de iniciativa, com conhecimento das limitações oficiais e da burocracia, honestas e conhecedoras do concelho em que vivem. Há entre nós uma meia-dúzia de bons presidentes de câmara e de juntas de freguesia. E não é difícil encontrá-los.

As épocas de crise encerram, por vezes, oportunidades únicas. O fim pode ser sempre o princípio de outra coisa.
Pensem nisso...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Afinal a avaliação dos professores até é boa... pelo menos para o contestatário Mário Nogueira

Mário é professor há 31 anos.
Há mais de 20 anos que deixou de dar aulas para se tornar sindicalista a tempo inteiro. Caracterizando-se sempre pelos muitos vitupérios que tem lançado contra o patrão (o Estado) e vários dos seus encarregados (ministros e ministras) e pela agitação contestatária dos seus colegas professores.
Um dos alvos principais da fúria contestatária da irritante criatura de bigode zapatista nos últimos anos tem sido - se bem percebo - um processo de avaliação do desempenho dos professores que não se fique só pelas opiniões internas dos colegas.
Compreende-se porquê: o sistema que está em vigor e que este Mário defende com unhas e dentes favorece-o e garante-lhe óbvias vantagens patrimoniais.
Este Mário é o agitador-mor Mário Nogueira, figura de proa do sindicalismo português e destacado dirigente do PCP, que com os seus dez anos de aulas e vinte anos de actividade sindical obteve uma classificação de "bom" por parte dos seus colegas na escola onde não "põe os cotos" há vinte anos.
Os pormenores do caso estão contados aqui.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nos CTT trabalham tanto no Natal que até precisam de um feriado extra no dia 26...

Não há tolerância de ponto, reduzem-se feriados, "pontes" até parecem assunto tabu mas nos CTT - onde se trabalha tanto, coitados - descansam no dia 26, segunda-feira. É o aviso que está na estação dos CTT aqui de Caldas da Rainha.
Devem passar o Natal a distribuir correspondência, deve ser uma enchente de cartas, cartões, encomendas, registos, citações, publicidade, contas...! Um desvario de trabalho para gente que sofre tanto com o incómodo de ter de trabalhar que até tem "subsídio de incómodos".
Privatizem-nos e com urgência para perceberem o que é trabalhar!

domingo, 18 de dezembro de 2011

"Caldas não teve estratégia e Óbidos teve"

"Caldas da Rainha perdeu muito nos últimos anos, fruto de uma ausência de estratégia. Caldas não teve estratégia e Óbidos teve. A diferença é essa. Óbidos não é mais do que Caldas e Caldas não é mais do que Óbidos. As pessoas são as mesmas, vivem todas no mesmo território, não há uma fronteira que separe as pessoas. São pessoas com a mesma capacidade e a mesma energia."
Estas sábias palavras são de José Parreira, administrador da empresa municipal Óbidos Patrimonium, em entrevista ao jornal "Mais Oeste" (link aqui com a edição do jornal em PDF).
É uma apreciação que corresponde à realidade: Caldas não teve uma estratégia de marketing turístico, desprezou tudo o que podia oferecer de qualidade e não criou elementos de atracção, "naturais" (como o Mercado Medieval de Óbidos) ou artificiais (o caso do chocolate).

sábado, 17 de dezembro de 2011

Parabéns a eu!...

Este blog nasceu há 2 anos e 6 dias em 11 de Dezembro de 2009. No primeiro dia, elogiei dois valores clássicos do património gastronómico caldense (o restaurante Cortiço e a pastelaria Machado) e queixei-me de uma porcaria que ainda não tem fim à vista (o mau serviço dos CTT).
Desde esse dia coloquei 936 posts (incluindo este).
Tive até agora um total de 20 480 visitas.
E já tenho 14 seguidores.

Por vários motivos: Parabéns... a eu!

Quem ganha? O "Jornal" ou a "Gazeta"?

Será verdade que a "Gazeta das Caldas" está a descer nas vendas e que o "Jornal das Caldas" está a aumentar?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais uma porcaria a fazer de conta que promove a Região Oeste

Isto é mais um mau exemplo do que não serve para verdadeiramente promover a Região Oeste: não vale a pena insistir nos lugares-comuns das grandes ondas, em meia-dúzia de coisas que se pescam na internet, no vinho da Lourinhã, nas cavacas das Caldas ou, ainda por cá, no Centro Cultural e de Congressos (que parece cada vez mais alheado da realidade).
A Região Oeste não é só o que aqui aparece, a trouxe-mouxe.
Pode ser que a versão em papel - se existe - seja um poucochinho melhor mas aposto que não passa de mais um suplemento de publicidade, em que algumas empresas ainda metem dinheiro, as entidades oficiais vão ao engano (ou o promovem) e o jornal em questão compõe as suas receitas com pouco trabalho.
E nem admira que por aqui apareçam as dispendiosas inutilidades do costume como o Turismo (?!) do Oeste ou a Comunidade Intermunicipal.
Mais lugares-comuns idiotas, mais uma oportunidade perdida, mais dinheiro deitado à rua (ou aos bolsos alheios), mais fogo de vista sem nada de substância!...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Com que então o futuro tinha começado?! A Nissan é que sabe...

Em Abril escrevemos isto:

A "Gazeta das Caldas" embandeira em arco com a promoção que a Auto-Júlio/Nissan fez do modelo Leaf e garante que "o futuro já começou nas Caldas", onde foram vendidas oito unidades. Mas, na realidade, não começou. E talvez houvesse vantagem em a "Gazeta" ter aprofundado o que publicou sobre as desvantagens dos automóveis eléctricos. Aliás, até se encontram on line diversas análises sobre estas desvantagens.
Convém não esquecer que estes veículos custam mais de 30 mil euros (descontando os tais incentivos de 5000 euros e do abate) e que não têm uma autonomia superior a 150 quilómetros, não existindo qualquer tipo de rede de abastecimento. Aparentemente, não chega ligar o carro à tomada.
Nestas circunstâncias, não há futuro nenhum que se veja...


A Nissan decidiu não construir a sua fábrica de baterias para automóveis eléctricos em Portugal, mais precisamente em Aveiro (pormenores aqui), e parece que toda a gente foi apanhada com as calças na mão.
Não era difícil perceber que carros a 30 mil euros não são para a maioria das pessoas.
E se os "surpreendidos" só revelam agora que eram bem parvos, quanto aos que promoveram a coisa (tipo Sócrates e companhia limitada), é ver que eles é que a sabiam toda, pirando-se enquanto tinham tempo de o fazer com todos os benefícios inerentes à marosca...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Incongruências fiscais

É difícil de perceber a incongruência: enquanto na ribalta da Assembleia da República o PCP e o Bloco de Esquerda protestam contra o aumento de impostos, no recato da Assembleia Municipal aqui do concelho os mesmos partidos protestam contra a redução dos efeitos do IRS e do IMI na vida dos caldenses.

Não conhecem a terra em que vivem, estes tristes!...

A Assembleia Municipal mostrou-se muito escandalizada porque as obras da EDP transformam a cidade num "estaleiro". Fazem muito bem os seus ilustres membros em indignar-se mas talvez pudessem sair um bocadinho e ver como o resto do concelho também está em mau estado sem que se ralem um pouco que seja com quem não vive na cidade.
Que tristes!...

Uma crítica da "Gazeta" que bem pode aplicar-se aos adeptos da caca

"Zé Povinho detesta, seja a coberto da noite seja à luz do dia, quem decide destruir recursos naturais e ainda para mais matando milhares de pequenos seres indefesos que viviam num habitat que lhes tinha sido criado. Estes actos demonstram uma grande insensibilidade humana e ambiental e uma irresponsabilidade que deveria merecer um castigo exemplar, para que não voltassem a repetir-se."
Estas palavras da popular secção "A Semana do Zé Povinho" (sem link) da "Gazeta das Caldas" podem aplicar-se aos cacadores. Mas são só dirigidas a outros idiotas da mesma raça que descarregaram a barragem de Alvorninha.

Petição em defesa da Lagoa de Óbidos

Eis o texto da petição dirigida à Assembleia da República para defender a Lagoa de Óbidos, que me deixou a visitante São Rosas:

Considerando que a Lagoa de Óbidos:
• Tem em ecossistema frágil com natural tendência para o desaparecimento;
• É um habitat do qual depende a renovação de varias espécies da fauna e da flora que importa conservar e valorizar;
• Proporciona diversas actividades económicas das quais dependem diferentes sectores.
E ainda considerando que:
• As obras de dragagem adjudicadas em Novembro de 2011 são insuficientes e destituídas de uma resposta ao contínuo assoreamento e poluição da Lagoa de Óbidos em toda a sua extensão, nomeadamente, a montante.
Exigimos que:
• A atual intervenção se alongue às restantes áreas assoreadas;
• O atual Governo e, em particular, o Ministério da Agricultura do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território – MAMAOT assuma a responsabilidade de assegurar a dragagem permanente e garanta a execução de um plano de recuperação de dragados, em conjunto com os municípios de Caldas da Rainha e Óbidos.


A petição pode ser assinada aqui.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Dão-se alvíssaras...

... a quem me indicar onde é que se encontra a petição pela defesa da Lagoa de Óbidos que o "Jornal das Caldas" noticiou aqui e que eu gostava de divulgar e de assinar.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma proposta útil e fácil de executar para promover as Caldas da Rainha

Uma proposta inteligente e adequada de um leitor da "Gazeta das Caldas":

" (...) o que falta, verdadeiramente, é um projecto de comunicação.
Hoje só a diferença é que é notícia.
Como os especialistas de comunicação nos ensinam, as notícias preparam-se, elaboram-se e divulgam-se.
O Parque D. Carlos I, o Museu da Cerâmica, o Museu José Malhoa, o Centro de Artes, o CCC, o Bordalo, o Falo, o Teatro da Rainha, a ESAD, o Museu do Hospital, os Pimpões, os movimentos alternativos, os Silos, o Museu Bernardo, Caldas Late Night….a Cerâmica, o Mercado da Fruta, a Foz do Arelho, as múltiplas associações que surgem a toda a hora, etc.
Mas quem nos conhece?
Crie-se uma rede de interesses sob um 'guarda-chuva' comum (Câmara Municipal, Escola de Turismo, Associação de Comerciantes, etc) e divulgue-se o que se vai fazendo por aqui.
Tenha-se imaginação e crie-se a notícia.
E porque não um voucher Caldas da Rainha?
Comer, dormir, espectáculos, museus, etc
É uma oferta diferente para se divulgar a cidade das Caldas da Rainha como cidade das artes e do lazer."

Jacinto Gameiro é o autor desta proposta - razoavelmente fácil de executar se entidades como a Câmara das Caldas e essa coisa inútil que é o "Turismo do Oeste" perceberem a sua importância - que, por exemplo, a "Gazeta" bem podia desenvolver, ouvindo a opinião das várias partes.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Senhores comerciantes, recusem-se...

... a pagar pela ocupação da via pública enquanto isto assim continuar!
Não é justo que se mantenha a situação (ilegal, até) de quem não paga impostos e taxas e faz negócio sem problemas quando aos outros são exigidos impostos e taxas para poderem trabalhar.

É fatal como o destino

Faço aqui uma brincadeira sobre os presidentes das juntas de freguesia e logo saltam como gafanhotos os insultos e os palavrões do idiota do costume - o que investe tipo boi manso sempre que eu me refiro apenas a um magnífico presidente que gosta mais do dinheiro do que da ética.

Será que se reconheceu neste simpático animal?

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

As freguesias não são propriedades privadas dessa gente

Foi um puro e simples acto de má-criação a atitude dos presidentes de juntas de freguesia que ontem vaiaram um ministro em jeito de protesto contra a prevista redução do número de freguesias.
As freguesias existentes não são propriedades privadas dessa gente que, ao invés de debater, optou pela gritaria e pelo gesto igualmente ordinário de voltar costas ao ministro que falava. Só lhes faltou, como aconteceu há vários anos com estudantes, baixar as calças (ou levantar as saias) e mostrar o rabo.
A redução do número de freguesias pode ser matéria polémica e a sua concretização ter de ser adaptada às circunstâncias específicas de cada caso. Mas isso passa pelo estudo, pelo debate e pelo diálogo. E não pela arruaça. E nunca pela aceitação de que criaturas eleitas se possam apropriar de órgãos do Estado como o são as juntas de freguesia.
Com esta atitude, os presidentes das juntas de freguesia perderem toda a razão que poderiam ter.
Agora demitam-se, vão-se embora, vão ser malcriados para as suas próprias casas, mostrem que não precisam de "tachos" e que não estão a fazer das freguesias coisa sua.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Fim de regime

Apesar de as eleições autárquicas serem só em 2013, o facto de os principais dirigentes da Câmara Municipal e das juntas de freguesia não se poderem recandidatar (a não ser que haja algum efeito perverso da futura lei eleitoral autárquica) dá origem a um vazio político onde convergem os que já se desinteressaram com os que nunca se interessaram e com os que não querem tentar outras oportunidades, numn quadro de irresponsabilidade quase total.
É o que se chama o período de fim de regime. Que, no actual quadro, pode proporcionar oportunidades mais proveitosas para o concelho e os seus residentes.
Voltaremos ao assunto.