sábado, 31 de dezembro de 2011

O que se esperaria das oposições no aumento do preço da água

Olhe para a sua factura da água, dos Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha. Vai encontrar a indicação do custo da água que consumiu e depois mais uma colecção de parcelas que aumentam o valor final da factura.
Essas parcelas servem, oficialmente, para a manutenção e reparação das infra-estruturas.

No entanto, apesar de a rede de abastecimento público de água estar, um pouco por todo o concelho, consideravelmente apodrecida e destruída por rupturas sucessivas que são apenas remendadas, não se vê qualquer tipo de investimento organizado para refazer, ou reparar com solidez, a rede pública.
O aumento idiota do custo da água consumida em 10 por cento agrava duplamente a factura da água. No próprio custo da água e nas restantes parcelas porque elas são definidas percentualmente. Quem consome menos paga menos nessas taxas e quem consome mais paga mais em taxas.
Se os argumentos da Câmara para aumentar o preço da água até podem ser aceitáveis, já é de lamentar a esperteza saloia que está subjacente à coisa: todas as outras taxas aumentam, cumulativamente, os tais 10 por cento e não apenas o preço da água

E sabemos bem que são receitas que ficam inteiramente para os Serviços Municipalizados e, portanto, para a Câmara e que não saem do concelho.
Tanto quanto se sabe, o PS, o PCP e o BE votaram contra o aumento na Assembleia Municipal. Para eles já chegou.
Com isso, limitaram-se a cumprir a sua função de corpo presente. Depois ficaram quietos, mais uma vez a fingirem-se de mortos, porque não sabem ou porque têm dinheiro à vontade para suportar esses (e outros) aumentos ou porque não percebem o que deviam fazer ou ainda porque se estão nas tintas para os interesses da população. Ou porque só são oposição em "part time".
Se as oposições fossem gente responsável deviam desde logo ter proposto uma alteração na factura da água que, pelo menos, evitasse o aumento das taxas associadas ao consumo da água. Uma iniciativa dessas até podia ser inviabilizada pela maioria PSD/CDS que aprovou o aumento de 10 por cento mas, pelo menos, marcaria bem uma posição baseada no interesse público.Não foi o que aconteceu.
O imobilismo destes "opositores" perante uma vereação errática e que parece estar em desespero a substituir o interesse público pelo interesse privado mostra bem o que fazem aos votos que receberam dos seus eleitores: estão, simbolicamente pois claro, a limpar (e mal) o sítio onde as costas mudam de nome com os boletins de voto.

2 comentários:

  1. Eles são é oposição ao povo!

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  2. os tipos governam-se bem...... e têm dinheiro para suportar esses aumentos e outros. Que lhes interessa os problemas da população?

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