Apetece, em primeiro lugar, repetir o que já aqui escrevi. Mas a importância do assunto convida ao pormenorizar.
Trata-se, neste caso, de mais uma das inclassificáveis revistecas de publicidade publicadas juntamente com o semanário "Expresso" por essa coisa bizarra que dá pelo nome de Turismo do Oeste e que mantém como lema uma alusão ao título de um livro de guerra ("A Oeste Nada de Novo", de Erich Maria Remarque): "A Oeste tudo de novo".
O mau gosto da coisa é aterrador. A concepção gráfica é um susto, o papel é do mais pobrezinho que há, as informações úteis estão reduzidas à publicidade (paga?...) e aos hotéis com golfe, as fotografias são más (um pedaço de costa indistinta é a praia do Bom Sucesso com a praia da Foz do Arelho) e os "programas" propostos aos hipotéticos visitantes do "Oeste" desta gente ficam pela informação mais básica.
Se a Turismo do Oeste só serve para isto, talvez fosse conveniente repensar melhor a sua função. Porque não há turismo que cá venha com uma prática reiterada destas. Nem, talvez, com a teoria.
Por coincidência, a "Gazeta das Caldas" desta semana publica (sem link) declarações, com um mês, do ex-vereador da Câmara das Caldas, Jorge Mangorrinha, que preside a uma estrutura que deve ser tão relevante como a Turismo da Oeste: a Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal. Magorrinha, arquitecto doutorado, derrama alguma teoria e até vem a propósito reter uma das suas afirmações: "A inovação no turismo tanto se aplica às empresas como às cidades, por exemplo. Para ambas sobreviverem num mercado turístico global, devem adaptar-se às mudanças, devem inovar e ser criativas." E aplica-se, nem de propósito, às entidades estatais encarregues de promover o turismo que, a avaliar pela Turismo do Oeste, bem precisavam de inovar e de ser criativas…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário