Já o escrevi aqui e aqui e aqui: a vereadora Maria da Conceição Pereira, que também é deputada na Assembleia da República, seria e melhor candidatura do PSD à Câmara.
É uma pessoa discreta mas activa que já teve oportunidade de demonstrar as suas qualidades na Câmara Municipal e no Parlamento. Só que num partido em campanha interna já está atrasada.
Porque os também vereadores Tinta Ferreira e Hugo Oliveira, do mesmo partido, já estão há muito tempo no terreno a prepararem-se para disputarem a sucessão de Fernando Costa. E lá vão assegurando a presença pública e mediática que Maria da Conceição Pereira não tem.
A política, infelizmente, também vive em muito da exposição pública e, no momento do voto, é mais fácil associar a cruz do voto a uma cara conhecida que já se viu várias vezes nos jornais e na televisão do que a alguém que não tem rosto.
E neste domínio eles já levam vantagem. Apesar dos seus muitos defeitos.
Tinta Ferreira é a típica figura do senhorito de província, sobranceiro e arrogante, de intenção aristocrata e com imagem de intelectual, capaz de se apresentar como igual à elite urbana das Caldas e como superior à sua população rural.
Hugo Oliveira, que está agora a fazer a transição do "social" para o "betão", pode ter alguma popularidade entre sectores da mesma elite urbana e conseguir falar de igual para igual com os sectores não urbanos na linha do que tem feito Fernando Costa.
Mas nenhum deles, podendo ser pessoas maravilhosas no trato ou excelsos pais de família, me inspira a mínima confiança para chefiar uma câmara municipal. Imaginá-los como presidentes da Câmara das Caldas só me faz pensar em naufrágios.
Acredito por isso que Maria da Conceição Pereira seria a pessoa mais indicada para presidir à Câmara das Caldas, ou a qualquer outra, já agora. Só que me garantem que não é essa a sua intenção. Por isso, ao analisar o triste ambiente de fim de regime em que nos encontramos, não citei o seu nome. Faço-o agora, esperando que não subsistam dúvidas sobre a minha opinião.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Maria da Conceição Pereira e os dilemas do PSD
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