sábado, 29 de janeiro de 2011

Um concelho, duas realidades (3): os políticos

Um candeeiro de iluminação pública avariado é motivo de excitação para um autarca. As sucessivas quebras no fornecimento de electricidade às zonas em redor da cidade não interessam a ninguém - políticos, autarcas, os próprios presidentes das juntas de freguesia voltam as costas a esta realidade e deixam os residentes e os comerciantes entregues à sua sorte e à arrogante e imbecil opressão da EDP.
Não se encontram tomadas de posição sobre os problemas reais das freguesias rurais e os próprios presidentes das juntas de freguesia só esporadicamente se fazem ouvir a propósito dos problemas que afectam os residentes das freguesias.
Num jantar de Natal dos presidentes das juntas de freguesia, um deles, que é advogado na cidade, disse que uma das coisas que mais gostava de ver em 2011 era o asfaltamento de uma rua da sua freguesia, onde reside um membro da magistratura. Pode ser que um dia dê jeito, há-de ter pensado.
Na cidade, a política põe os políticos e os autarcas a fazerem de conta que estão no governo da Nação ou no Parlamento. Fora da cidade, os presidentes das juntas de freguesia só pensam nos seus próprios interesses e os partidos políticos saem dos seus esconderijos de quatro em quatro anos, só na altura das eleições autárquicas... chegando a prometer máquinas multibanco ao eleitorado.

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