quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A oposição que não se opõe nem sai de cima (3): por uma alternativa

Nas eleições de 2009, um movimento independente de cidadãos candidatou-se a uma junta de freguesia da cidade de Caldas da Rainha. Infelizmente, não terá sido possível ir mais longe e, como já é habitual, a iniciativa não alastrou às freguesias do interior do concelho.
Seria desejável que este exemplo fosse seguido, a um nível mais vasto, congregando todos os cidadãos que ainda se interessam pela coisa pública e que não se sentem representados pelos actuais partidos e militantes partidários.
O caminho a seguir seria a realização de reuniões informais, abertas a toda a população, em vários pontos do concelho, "tomando o pulso" ao que pensam os eleitores locais. Só depois, mediante a adesão que isso pudesse suscitar, seria viável medir as possibilidades de constituir listas nas freguesias. Tanto no interior como na cidade.
Quanto à Câmara, a situação deveria ser equacionada numa terceira fase, a partir da adesão verificada nas freguesias. Se ela fosse forte, e houvesse possibilidades, estaria aberto o caminho para uma candidatura independente, de cidadãos, à Câmara.
E que não se diga que isso seria impossível. O actual presidente da Câmara não pode recandidatar-se (e com a manutenção dos actuais concelhos não há sobrevivência autárquica para os actuais "dinossauros"), o vereador das Festas Brancas não tem estatuto, em circunstâncias normais, para ser presidente e Maria da Conceição Pereira afastou-se. No PSD não há outros nomes fortes, nem entre os "notáveis" locais acarinhados pelos seus amigos da imprensa.
E mesmo que se tornasse materialmente impossível concretizar uma candidatura independente à Câmara, um movimento alargado e forte de cidadãos poderia sempre negociar, desde que com vantagem, as suas propostas (que o mesmo é dizer as propostas da população) com os restantes partidos, nomeadamente com o PSD. Em Lisboa aconteceu uma situação semelhante, na ligação do actual presidente com Helena Roseta.
O caminho está à vista e pode ser percorrido. Quem dá o primeiro passo?

2 comentários:

  1. Tens de corrigir o teu texto, porque foram 2 freguesias com listas de independentes, Nossa Senhora do Populo e Nadadouro, sendo que na ultima ficaram com 3 mandatos e 2.º lugar nas votações.

    Em relação ao PSD das Caldas Rainha, na passada semana deu uma triste imagem do seu futuro, com uma idiota guerra de palavras por uma disputa da presidência da JSD das Caldas da Rainha.

    http://www.gazetacaldas.com/14137/eleicoes-na-jsd-disputadas-por-dois-jovens-caldenses/#comment-8537

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  2. Penso como o autor deste blog. A realidade politica das Caldas só se altera com a intervenção organizada de uma clara maioria, que existe e que é constituída por independentes. Um processo de mobilização credível, a comneçar agora, é susceptível de gerar um movimento verdadeiramente imparável. Tenho a cerrteza de que nobilizaria, mesmo, muitas pessoas que, actualmente, têm vincualção partidária mas que há muito que deixaram de se rever na "tristeza franciscana" que são as liderançãs partidárias caldenses. Aliás, creio mesmo que estão ansiosos por os ver pelas costas, todos eles! Portanto, força nisso!

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