O CSD, o PS, o PCP e o BE manifestam-se, em geral, de duas maneiras: com intervenções na Assembleia Municipal (cujos relatos são publicados na "Gazeta das Caldas") e com comunicados (dos quais alguns se encontram num espaço institucional da "Gazeta" e, como notícias, no "Jornal das Caldas"). Em certa medida, isto não é mais do que a produção de uma prova de vida. Ou seja: mostram que existem; mas os cidadãos estão-se nas tintas.
Depois, há acções pontuais.
A situação da Lagoa de Óbidos e da Foz do Arelho, o mau serviço da CP e a privilegiada situação laboral dos carteiros excitam, por regra, o PCP e o BE. Há um ano, o CDS excitou-se com uma tourada e depois desapareceu. E o PS, por motivos que até podem ter sido bem sinceros, saiu a terreiro para ajudar a apresentar o famoso empreendimento turístico do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica, como se tivesse interesse específico na matéria. Enquanto o que o BE gosta de fazer é de subir e descer dos poucos comboios que ainda param nas Caldas. Estas intervenções servem para os jornais mas sabem a pouco e são quase inúteis porque, isoladamente, de pouco servem e nenhuma utilidade trazem para resolver os problemas reais do concelho. Cujo interior, as áreas fora da cidade, é olimpicamente ignorado.
Por outro lado, não se vê em nenhum destes partidos uma actividade constante de oposição à Câmara, de contestação das medidas camarárias e das opções de Fernando Costa, de apresentação de alternativas. Ou seja: não se vê oposição.
O que também faz com que, de quatro em quatro anos, os candidatos à Câmara, à Assembleia Municipal e ás juntas de freguesia vão mudando ao sabor das conveniências partidárias, prometendo tudo e mais alguma coisa sem fazerem a menor ideia das realidades da região, reproduzindo - talvez por virem das "Jotas" os seus principais animadores - listas de promessas eleitorais que mais parecem próprias de eleições para associações de estudantes de escolas secundárias.
Haverá quem diga que noutros concelhos também é assim mas isso não retira responsabilidade à deserção partidária nas Caldas da Rainha. Que se torna pior por causa desse hábito discutível de aparecerem nas eleições… para quê? E porquê? Acreditarão mesmo que podem ganhar, sem ser por acaso ou por engano, ou estão a tentar, convictamente, enganar os eleitores que não gostam de quem está no poder?
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A oposição que não se opõe nem sai de cima (2)
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