domingo, 28 de agosto de 2011

A oposição que não se opõe nem sai de cima (1)

Há uma oposição política, e partidária, em Caldas da Rainha à maioria PSD na Câmara Municipal? Não. Há partidos (PS, CDS/PP, PCP e BE) que concorreram às eleições autárquicas, que conseguiram alguns lugares na Assembleia Municipal e que, neste órgão, fazem prova de vida com a regularidade institucional possível.
A oposição política - a nível nacional, municipal ou de freguesia - não é isto. Não pode ser.
Mas, infelizmente, é o que se vê: é uma agremiação de derrotados que ficam, mais ou menos, à espera de uma de duas oportunidades: um outro cargo político que os livre de maçadas e que seja mais calmo ou as próximas eleições, para mais uma jornada de "atirar o bairro à parede".
É uma colecção de provas de vida pouco esforçadas, nada inspiradas e, na grande maioria dos casos, restringidas aos limites da zona urbana. Porque a cidade é que é importante e as freguesias rurais são para os saloios. Ou seja, para os parvos.
A questão das contas das actividades de Verão é exemplar: seria o mínimo dos mínimos que o PS, o CDS/PP, o PCP ou o BE fizessem à Câmara as perguntas que se impunham que fizessem. Se o fizeram, não se notou. Não se ouviu. Não se viu nenhum dos destacados animadores destas associações partidárias a perguntar o que está a Câmara a fazer para (não) gastar o dinheiro que´é de todos. E até pode acontecer que a Câmara esteja a gastar com sensibilidade e adequadamente. mas ninguém perguntou nada.
Da oposição política esperam-se perguntas, dúvidas, fiscalização, alternativas, presença. É uma coisa que faz parte da democracia.
Infelizmente não é o que acontece. A oposição não se opõe, não indaga, não propõe alternativas. Ou seja, não se mexe, não sai de cima. E devia fazê-lo.

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