terça-feira, 28 de junho de 2011

O "subsídio de incómodos" da administração dos CTT

Do blog Porta da Loja, com a devida vénia:
«O mundo terciário

Jornal i:
Os carros dos gestores públicos custam aos cofres do Estado 6,4 milhões de euros, avança o “Correio da Manhã”.
Segundo o jornal, são atribuídos 224 automóveis – de um universo de 62 empresas do sector empresarial do Estado – aos conselhos de administração. Mercedes, BMW ou Audi são as principais marcas usadas.
A grande maioria das empresas com participação do Estado (44) optou por adquirir os automóveis cedidos aos administradores e vogais, o que representa uma despesa de 5,8 milhões de euros para 158 veículos. Outras 19 empresas recorreram aos regimes de aluguer de veículos pagando um valor mensal. Em 2010, esse gasto era de 604 mil euros para 66 carros.
Segundo os dados da Direcção-geral do Tesouro e das Finanças, a aquisição mais cara foi nos CTT. Quando Estanislau Mata da Costa assumiu a liderança dos Correios trocou o BMW de serviço por um Mercedes S320 CDI. Este custava 84 mil euros, mas a retoma do BMW permitiu baixar o preço para 60 mil euros.
Comentário a este mundo dos gestores de estadão: deviam ter vergonha e passar a andar de metro e autocarro. Como os demais cidadãos, a maior parte deles trabalhadores que acrescentam mais valia às empresas ao contrário destes nababos da democracia que se limitam a delapidar património. Num país de pedintes de mão estendida ao estrangeiro, em boa parte por culpa destes gestores de pacotilha, ainda se comportam como senhores de um reino de fantasia em que a vida dos demais cidadãos são para eles como a caca de cão: para se desviarem e tapar o nariz.
Para além destas mordomias de país atrasado e periférico, este Estanislau dos CTT ainda acumulava vencimentos.
Os processos-crime por má gestão, gestão danosa, rareiam, mas estes gestores estão mesmo a pedi-los. E a única pena que merecem é apenas a da privação da liberdade por causa da prevenção geral e especial.
Este país está na bancarrota por causa deste tipo de gente.»

Privatizem-nos, e rapidamente!...

7 comentários:

  1. Mas que culpa tem a faca (empresa pública) de, ao ser mal manuseada (por negligentes e incompetentes gestores) provocar grandes e profundos golpes no corpo (prejuízo no erário público) de um qualquer cidadão…

    Por obséquio, não confundamos as coisas.

    Caro manguito ecológico, Seja honesto e evite ser faccioso…

    Zé das caldas

    ResponderEliminar
  2. Caro Zé das Caldas,

    Faça clique na "etiqueta" CTT que está sob este post e antes do espaço para os comentários e verá, nos 45 posts que já publiquei sobre os CTT, que estou a ser completamente honesto e coerente com o que sempre escrevi, e pensei, sobre o péssimo serviço que este monopólio de Estado presta a todos nós. Se não a conseguem reformar, arranjem-nos alternativas!

    ResponderEliminar
  3. Coerente sim, mas honesto nem tanto. Repare, quando digo que honesto nem tanto, não estou a afirmar que o caro manguito ecológico seja um marginal. Longe dessa ideia.

    O problema é que o caro manguito está a confundir a árvore com a floresta. Em abstracto e objectivamente qual é o problema do sistema público? Agora se essas empresas forem dotadas de maus gestores (este tópico do Porta da Loja é um excelente paradigma negativo. Vamos aguardar e ver qual a reforma que este governo PSD/PP vai fazer...) e de alguns maus trabalhadores não há sistema que resista…

    Resumindo e concluindo: sem bons recursos humanos (a todos os níveis) não se fazem boas empresas, sejam elas públicas ou privadas! Contudo, há que realçar dois aspectos: a empresa privada bem gerida, todo o lucro reverte para os seus accionistas e nada para a comunidade; mal gerida, vai à falência… A empresa pública bem gerida, todo o lucro reverte para a comunidade; mal gerida ( e nesta altura há por aí tantas fundações e institutos que mais parecem porcas a darem de mamar aos leitões…) todo esse défice é suportado por toda a comunidade. E aqui é que bate o ponto, e temos que inverter esta situação a todo o custo e o mais depressa possível!...

    Zé das caldas

    ResponderEliminar
  4. Jornal Público

    Tribunal considera “preocupante” aumento de 37,6% na dívida da Madeira
    04.02.2011 - 18:26 Por Tolentino de Nóbrega


    “A dívida administrativa da Madeira atingiu 683,4 milhões de euros no final de 2009, evidenciando um acréscimo de 37,6 por cento relativamente a 2008, revela o Tribunal de Contas (TC) em parecer à Conta da região.”

    Qual a solução que o manguito defende para a ilha:

    a) Privatização
    b) Independência

    Zé das caldas

    ResponderEliminar
  5. 1 - Não considero positiva, pela experiência que eu tenho e que sei que muita gente tem, a existência de uma empresa de monopólio no sector da distribuição postal com este formato, com este tipo de serviço, com uma atitude de perfeita indiferença perante as necessidades dos seus clientes (que o são por não disporem de alternativa).
    2 - Quanto à Madeira, que resposta prefere o meu estimado leitor? Uma resposta sisuda: é urgente pôr ordem nas contas da Madeira... mas nenhum governo quis fazer um braço-de-ferro; uma resposta politicamente incorrecta: vendam ilha para abater no empréstimo da Troika. (Mas não partilho do horror dos "contenentais" a A. J. Jardim, que tem demonstrado - até com a sua irredutibilidade - que é muito mais inteligente do que muita gente pensa...)

    ResponderEliminar
  6. Mais do mesmo…

    20 a 30 % do subsídio de Natal já lá vai…

    No início dos anos 80, a AD delapidou o país. Depois, em 1983, veio o PS, com Mário Soares, mais o PSD, com Mota Pinto, impor, tal como agora, cortes nos subsídios de Natal, aumentos de impostos, mais taxas, etc. etc.e, por consequência, foram os trabalhadores a pagar a crise!

    Trinta anos depois, os protagonistas são os mesmos, mas em situações opostas. As políticas são as mesmas e, mais uma vez, quem vai pagar a crise são os trabalhadores que, passados mais de trinta anos, a única culpa que têm no cartório é que têm votado nos mesmos sem aprenderem a lição com os erros do passado!

    Zé das caldas

    ResponderEliminar
  7. 1 - Custa mais, mas talvez seja preferível, prevenir do que remediar. Há um ano, lembre-se, Zé das Caldas, que começou o folhetim do aumentam-se-agora-os-impostos-e-não-vai-ser-necessário-mais-nada em que o "eng.º" Sócrates se especializou. Um ano depois, as contas não estão certas e a "boa" execução orçamental era uma falcatrua.
    2 - Estamos a pagar, pelo menos, seis anos (desde 2005) de mentira, de esbanjamento dos dinheiros públicos, de aproveitamento dos recursos do país em proveito próprio de uma camarilha perigosa. Pelo menos, essa gente foi corrida do poder.
    3 - Aceitámos todos (incluindo a parelha Sócrates/Teixeira dos Santos), de uma forma ou de outra, que era necessário pedir dinheiro emprestado para sobrevivermos. Temos de pagar aos nossos credores e de fazer o melhor que é possível para lhes pagar o empréstimo.
    4 - Infelizmente, não há alternativa.
    5 - Felizmente não estamos a fazer isto com os que foram culpados pela bancarrota.
    6 - Infelizmente não parece ser possível responsabilizar criminalmente os culpados.

    ResponderEliminar