sábado, 4 de junho de 2011

Ainda sobre o problema das fitas de plástico deixadas pelos BTTs

Ainda sobre este assunto, vale a pena registar mais duas intervenções dignas de nota, deixando nos comentários as opiniões de quem não gostou que eu me tivesse referido ao assunto.

O meu leitor que assina como Zé das Caldas fez o seguinte comentário, que é muito relevante:
«Admito que a “censura pública” tenha sido extemporânea. Porém, convenhamos que, apesar dos 75 km de extensão do percurso, 3 dias para a limpeza do mesmo é algo excessivo. Não custava nada se houvesse dois atletas “vassoura” que no próprio momento, para além de darem apoio aos últimos, iam retirando as famigeradas fitas…
A extemporaneidade da “censura pública” dá-se porque não é raro que organizações (?) similares tenham comportamentos que deixam muito a desejar à natureza… se percorrerem um pouco aqueles caminhos vão ver imensas fitas já sem cor face aos meses que ali estão…
Todavia, há que reconhecer que esta organização demonstrou que está ao lado e em defesa da natureza em geral, e da sua região em particular. Desde logo, quando no seu regulamento, no Artigo 30º, diz o seguinte: Todas as práticas e condutas impróprias com o meio ambiente e a natureza, serão punidas com a desclassificação do atleta. Depois, não só recolheu todas as fitas e garrafas dos abastecimentos, como também outros objectos colocados ali sorrateiramente pela calada da noite naqueles caminhos por, esses sim, energúmenos e gente sem escrúpulos…Quanto ao BTT ser um desporto ecológico e praticado por amantes da natureza, não tenho dúvidas no desporto, mas já quanto aos praticantes, tenho alguma dúvidas… Quanto aos cerca de 5oo participantes, não é bem assim. segundo a classificação, participaram 260 atletas. Dizer também, que o valor das inscrições foram 12 €, o que, convenhamos, não foram propriamente baratas! Vá lá, do mal o menos, ficámos a saber que uma parte (?) reverteu a favor duma instituição de solidariedade social! Os meus parabéns por isso!
»



A empresa que cedeu as fitas, a Polisport, respondeu o seguinte ao contacto que com ela efectuei na quarta-feira, três dias depois da prova de BTT e quando as fitas ainda estavam onde as tinham posto:
«Agradeço desde já o vosso contacto e alerta.
De facto, no ano de 2010 recebemos algumas denúncias da não remoção da Fita Polisport após a sua utilização em eventos.
Por forma a resolver este problema, em 2011, mudamos o grafismo da nossa fita, para conseguirmos um melhor controlo face à antiga e obrigamos qualquer instituição ou entidade a quem oferecemos a fita, como apoio, a assinar uma declaração em como se compromete a remover a mesma nos 7 dias posteriores ao evento.
É facto que não é a empresa Polisport que coloca as fitas, pois se fossemos, era certo que iriamos remover.
Compreenda a nossa posição, oferecemos a fita como forma de apoio às equipas e organizações, e depois fica a Polisport com a sua imagem denegrida.
Por outro lado qualquer loja nossa pode vender a fita, e qualquer pessoa a pode utilizar em qualquer local ou altura sendo que perdemos, obviamente este controlo.
Desta forma gostaria de lhe pedir o seguinte, uma vez que esta fita é da antiga, é possível ajudar-nos a descobrir quem poderá ter colocado a mesma, para que os possamos contactar directamente e exigir a remoção da fita?
»
Prestada a informação, a Polisport acrescentou mais tarde:
«Tal como já conversado por e-mail, a Polisport já se organizou para a organização proceder à remoção das fitas.Queira por favor acrescentar essa informação no blog.»

Três constatações:
1 - Tal como sugere, e bem, o leitor Zé das Caldas, o mais prático seria que as fitas fossem retiradas imediatamente após a prova, o que nem parece uma missão impossível.
2 - Na quarta-feira, as fitas ainda estavam onde tinham sido postas.
3 - As fitas só começaram a ser retiradas depois da minha intervenção e do contacto que fiz com a Polisport.

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