quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma pergunta aos professores e às professoras de Português

O que é que falha? O que é que faz com que os portugueses escrevam tão mal e com tantos erros o português?
O panorama é especialmente revelador nos comentários on line, em muitos blogs (este não escapa, claro) e nas edições que os jornais mantêm na internet. Dos jornais diários, o "Diário de Notícias", o "Correio da Manhã" e o "Jornal de Notícias" têm os leitores-comentadores que maior número de erros dão. O "i" parece ser mais elitista (ou ter menos visitantes) e o "Público" parece reunir um maior número de leitores mais cultos e/ou esclarecidos.
E não me refiro ao palavrão (até é divertido ver como se disfarçam certos palavrões para não serem automaticamente detectados) mas às palavras mais vulgares e às construções de frases mais banais.
É certo que a escola não pode rivalizar com a televisão (onde os erros abundam, escritos e orais), com a família (e há famílias onde nunca foi lido um único livro), com os telemóveis, com o vernáculo puro e duro, com os governos que vão minando a autoridade dos professores e com a confusão introduzido pelas tolices do "acordo ortográfico". Mas, em algum momento do percurso escolar português (obrigatório, agora, até ao final do 12.º ano), algum professor ou alguma professora há-de ter ensinado a escrever bem as palavras, a pôr as vírgulas, a conjugar bem os verbos mais básicos. E depois... É o caos. Que tudo varre: dos profissionais mais desqualificados aos executivos apressados que dão as calinadas mais surpreendentes nos trabalhos que apresentam nas suas pós-graduações e nos mestrados que às vezes sentem a necessidade de comprar.
Valerá a pena, senhores professores e senhoras professoras, como às vezes parece, fazerem de conta que o problema não existe?

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