Sem grandes parangonas e em tom compungido, a "Gazeta das Caldas" e o "Expresso" noticiam, respectivamente: "Obras públicas para o Oeste adiadas para 2013" e "Concelhos sem compensação da Ota" (ambas sem link). Tudo, como é evidente, com a justificação da crise. Aqui não se apoia este malfadado governo, a quem cabe inteirinha a responsabilidade da austeridade que agora temos de sofrer, mas regista-se que ainda bem que acaba aqui o que já se arrastava há tempo demais por via da ingenuidade tonta dos municípios do Oeste e da política de embuste (palavra utilizada pelo presidente da Câmara de Óbidos no "Expresso") do governo do PS.
O processo da Ota foi todo mal conduzido. Mas nem ele devia ter sido visto numa óptica regional nem a sua desistência concedia qualquer direito aos municípios de quererem "compensações" por uma coisa que não era sua nem iria ser. A esta perspectiva errada juntou-se a ingenuidade crassa da "província": tudo o que um governo promete (neste caso, o Governo e o ex-ministro Mário Lino com a complacência do ainda primeiro-ministro) nem sempre é para cumprir. Como não foi. E como estava bem à vista para quem quisesse ver: o mesmo ministro que prometeu mundos e fundos ao Oeste foi o que garantiu que o aeroporto nunca iria da Ota para Alcochete. Como foi.
É a vida, senhores presidentes...
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