sábado, 7 de agosto de 2010

Tasquinhas (III)

Na noite da inauguração, enquanto o presidente da Câmara, Fernando Costa, jogava ping-pong e a vereadora Maria da Conceição Pereira jantava com a família (no Arneirense, com um vestido que não a favorecia), um apresentador no palco fazia a festa, atirava os foguetes e apanhava as canas. E garantia que as Tasquinhas hão-de ser o maior evento turístico do Oeste. Talvez tenha sido por isso que Fernando Costa só a custo largou o ping-pong para ir ao palco. É completamente tonto alimentar a ilusão de que as Tasquinhas (por simpática que a iniciativa seja) sejam, neste formato, um evento que traga mais turistas (de outras regiões e do estrangeiro) às Caldas da Rainha. Não são. E nunca serão enquanto os visitantes sairem do recinto com a roupa a cheirar a fritos.
As Tasquinhas são uma iniciativa com mérito e, a vários títulos, uma festa. Mas isto não chega. O turismo que importa - e que dá dinheiro! - não se faz assim.
Desculpem lá: com Óbidos aqui ao lado, não vale a pena continuar a alimentar ilusões. O mundo é bastante mais vasto do que deve pensar quem deixa a barriga ocultar-lhe parte da vista.

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