O "Jornal das Caldas" (sem link para a notícia) informa-nos de que o governador civil de Leiria "continua".
Ficamos a saber que o médico aposentado (professor universitário, chefe de serviço e director de serviço no currículo) Paiva Carvalho vai receber só um terço do que receberia nesta função, por estar reformado, e que há gente do PS e ex-presidentes de câmara a quererem tirar-lhe o lugar. E Paiva Carvalho até se queixa dessas "almas penadas" que andavam "à coca" a ver se ele saía.
Esta mexeriquice política vale por ser um sintoma da metástase que são os Governos Civis: órgãos concentrados nas capitais de distrito que, na prática, só servem para dar de comer aos fiéis de cada governo e aos seus muitos amigos e amigas locais.
Paiva Carvalho pode ser uma pessoa de grande qualidade (o facto de reconhecer que o mesmo partido que o convidou parece querer "desconvidá-lo" sugere que tem algum discernimento político...) mas, metido nisto, como muitos outros, é uma inutilidade. E não apenas orçamental.
Ao País dava mais jeito que os Governos Civis fossem extintos. Eram muitos milhões de euros que se poupavam e a administração poderia estar mais descentralizada. E ensinar-se-ia muita gente a fazer pela vida em vez de estarem dependentes das recompensas político-partidárias.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
O mal é os governadores civis continuarem...
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