domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fados no Salão Milénio: um horror!

Fui ontem à "Noite de Fado" no Salão Milénio (que, salvo erro, é a segunda, havendo outra já anunciada) e jurei para nunca mais.
É um disparate crasso querer fazer uma sessão de fados num salão imenso, cheio de centenas de pessoas que nunca se calam e de crianças a choramingar, num ambiente próprio das "Tasquinhas" (que não podem ser um padrão para tudo) e com um apresentador que ocupa mais tempo de palco do que os artistas e que quase lhes tira o microfone das mãos.
E não sendo obrigatório comer nem beber para ouvir fado, e por muito esforçados que sejam a cozinha e o pessoal do Salão Milénio, deve dizer-se que a qualidade dos pratos deixa muito a desejar, não se encontrando neste estabelecimento qualquer vestígio de qualidade gastronómica, ao contrário do que o tonto do apresentador proclamou. Além disso, é repelente deixar os restos de recipientes de sobremesas transfomados em terrinas com líquidos estranhos, sem as renovar, e servir garrafas de vinho Teobar como "vinho da casa" e uma sangria deslavada e diurética.
No palco, Hugo Faustino, Margarida Santos, José Matoso, Diana Gil, Joaquim Santos, Sidónio Pereira, José Simões e António Rodrigues merecem dois aplausos: por terem mostrado as qualidades vocais e de músicos e por terem sobrevivido a um ambiente na prática hostil e ao horroroso apresentador. Espero que, com um "buffet" tão pobre, tenham podido ganhar uma boa percentagem dos 15 euros que cada pessoa teve de gastar. E... gostaria de poder ouvi-los num local mais adequado!

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