terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como os CTT e os carteiros nos podem tranquilamente enfiar o barrete

Repare o leitor: a maioria da correspondência que recebe não indica, por fora, data de expedição. São contas, correio institucional, de empresas, oferta de produtos e serviços, publicações. O correio pessoal é uma espécie quase extinta, substituído pelo e-mail e pelas mensagens de telemóvel. E esta era, e ainda é, a correspondência que leva - ao balcão - o carimbo do dia em que os CTT a recebem. Porque a outra vai por avença, com carimbos de máquinas que não põem a data de expedição.
Não há, por isso, qualquer tipo de controlo. A conta da empresa prestadora de serviços ABDC tem, no interior, uma data de emissão. No exterior, nada. Normalmente, a data antecede vários dias a data da cobrança. Portanto, esta correspondência não é urgente. Pode ser entregue hoje, amanhã ou depois de amanhã, quando convier ao carteiro, por exemplo.
Só isto explica que haja zonas residenciais onde se passam dois dias, ou mesmo três, em que não há correio e que depois, de repente, a caixa de correio fique cheia.
Por outro lado, repare o leitor, não há controlo sobre a distribuição. O carteiro sai a uma dada hora com um certo volume de correspondência. Grande parte dela pode ser entregue no dia seguinte. Justifica-se dar certas voltas, quando a urgência é inexistente?
Pense bem, leitor. Nestas circunstâncias, confia nos CTT e nos carteiros?

1 comentário:

  1. Está bem observado! No meu escritório na cidade recebo correspondência normalmente, todos os dias, contas, etc. Mas em casa, fora da cidade, o correio aparece-me acumulado. É de facto bastante estranho. E os meus vizinhos dizem-me que não passa o carteiro todos os dias.

    ResponderEliminar