domingo, 4 de julho de 2010

Para que quero eu a PT?!

Tenho grande dificuldade em perceber o motivo que leva tanta gente a defender o gesto idiota do Governo que ainda temos de impedir a venda de qualquer coisa da Portugal Telecom a uma empresa estrangeira. Sem ter nenhuma acção nem outro interesse na dita PT, julgo que o país ganharia mais com a entrada de dinheiro (algum havia de cá ficar) do que com a manutenção da PT, no todo ou em parte. Abomino, como aprendi pela prática a abominar, o péssimo serviço da PT. Nunca me conformei com os fios espalhados pela paisagem de que tive de estar dependente (até arranjar alternativa) para as comunicações. Revoltaram-me a assinatura mensal de um serviço caro e ineficaz e a "taxa de activação" (e o certo é que a dita PT acabou por desistir disso). Detestei ser tratado como um adolescente deficiente mental pela TMN. Tive de ameaçar à séria a TMN para reaver, dois meses depois, o dinheiro que paguei por um dispositivo de banda larga móvel que nem era móvel nem larga e onde me parecia haver mais bandidos do que banda. Nunca compreendi a debilidade do serviço mauzito da Telepac. Tive pena de que a PT tivesse destruído uma empresa de cinema que, apesar de tudo, não merecia tal sorte. Repugnou-me a arrogância satisfeita da PT monopolista quando dominava o mercado das telecomunicações. E inquietou-me tudo o que se soube, e confirmou, sobre o alfobre de "boys" em que a coisa se transformou, sobre o negócio de compra da TVI e sobre as ligações entre todas essas trapalhadas e o primeiro-ministro de que, um dia, nos havemos de ver livres.
Resumindo: eu não preciso da PT para nada. Alguém, sem interesses nela, precisa?

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