O meu vizinho e a Endesa

Farto de aturar a EDP, um vizinho meu contratou a empresa espanhola Endesa como sua fornecedora de electricidade. O contrato estipulava o débito directo e, até certo ponto, a coisa correu bem - primeiro, vinha a factura; depois, era feito o desconto na conta bancária. Até que, um dia, a factura não apareceu mas a Endesa lá foi buscar o dinheiro à conta... e mais do que era habitual.
O meu vizinho não gostou e tentou obter uma resposta da Endesa que nunca teve. E, assim sendo, cancelou o débito directo e exigiu pagar por multibanco. A Endesa respondeu que não aceitava pagamentos por multibanco.
O meu vizinho esperou.
A conta seguinte da Endesa chegou ao banco e voltou para trás (estava cancelado o débito directo). A Endesa fez nova tentativa. Não deu. Ameaçou com o corte do contrato.
O meu vizinho esperou.
Reiterando a sua ameaça, a Endesa enviou um aviso de pagamento... via multibando.
E o meu vizinho pagou.
Ou seja: para obter o pagamento por multibanco, basta esperar que a conta da Endesa chegue ao banco e volte para trás. Porque, a seguir, a Endesa já manda as referências para pagamento por essa via.
Simples, não é?