quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ainda os foguetes na Serra do Bouro: o perigo das canas é fixe e "para que é que vêm para cá"?

Merece destaque um comentário (sobre Foguetes na Serra do Bouro: vingança em vez de bom senso ) de um leitor que assina com nome (Gonçalo Horta) sobre os foguetes perigosos das festas da Serra do Bouro e com o qual eu (como decerto qualquer pessoa de bom senso) discordo em absoluto: o perigo associado ao lançamento de foguetes até será "fixe" (linguagem adequada à idade do comentarista) e "quem está mal muda-se".
O comentário é publicado na íntegra e tal como aqui chegou:

Esta festa em honra da Srª dos Mártires já tem aproximadamente um século e meio de existência e durante todo este tempo se realizou da mesma forma, todos os moradores TÊM NOÇÃO DO PERIGO DOS FOGUETES DEITADOS NA VOLTA COM A BANDA não precisamos que venham, os intitulados, senhores lá da vossa terra, dar noções do que quer que seja para a terra dos outros, faz parte da tradição assinalar a passagem da banda com o lançammento de foguetes mesmo com o perigo que representa. O que me mete um pouco de nojo é que estes auto-intitulados senhores pensam que vêm para a terra dos outros, que até aqui viviam e faziam as festas em harmonia, ditar regras porque a lei manda ou por mera MESQUINHICE. Porque estes senhores quando vieram viver para a Serra do Bouro ja eu tinha 16 ou 17 anos hoje tenho 28 e a festa da Senhora dos Mártires ja se realizava há mais de 100. Porque é que só agora é que há problemas e desentendimentos, ainda por cima causados por pessoas que, felizmente, não têm absolutamente nada a ver com a nossa tão estimada fraguesia! Se a nossa freguesia é tão má quanto a descrevem neste blog continuo sem perceber porque é que continuam lá a viver...

24 comentários:

  1. Este leitor que assina Gonçalo Horta e assina com o seu nome, pois digo o que tenho a dizer e assumo o que digo sem ter de me esconder atrás de pseudónimos ou no anonimato.
    Eu nunca disse que era fixe, e essa linguagem foi utilizada pelo senhor, agora a quem se adequa pelos vistos é a si, eu disse que faz parte da tradição. Eu também não acho, usando a sua expressão, "fixe" por ex. os touros de morte em Barrancos nem tão pouco as touradas que tanto maltratam os pobres bichos, mas faz parte da tradição e da cultura do nosso país e por isso se mantém, a largada de touros em Pamplona também representa um perigo para quem circula naquelas ruas naquele dia mas se eu não quero ser colhido por um touro, não vou para lá enquanto eles andam a solta, ou vou-me queixar a Guardia Civil para eles multarem quem organiza, porque os touros andam com os cornos desprotegidos e sem trela...

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    1. há gonçalo assim é que é um Homem, diz o que tem de ser dito...esta gente só veio para aqui pois não consegui passar, a seguir é o mar....

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    2. Homens foram e são aqueles que alguma coisa de bom fizeram/fazem pelo seu País. Homens são aqueles que tem a capacidade de distinguir entre o bem e o mal. Homens são aqueles que analisam as situações antes de abrir boca para saberem o que dizem. Homens são aqueles que assumem a verdade. Homens são aqueles que mesmo não estando de acordo com as Leis do seu País, de acordo com elas agem. Homens são aqueles que defendem o que merece ser defendido por justa causa e não para ficarem bem vistos por pessoas de fracos valores.

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  2. Tradições estúpidas perpertuadas por energúmenos que o fazem sem saber muito bem porquê. A idade de uma tradição não pode servir de desculpa para a sua continuidade quando já não se enquadra nos dias de hoje. Há 30 - 40 anos atrás era "tradição" os professores darem reguadas nos alunos quando estes falhavam as lições. Seria interessante observar a reação de um destes energúmenos caso isso se verificasse com os seus filhos nos dias de hoje. Felizmente a humanidade tem vindo a evoluir, é pena que nem todos a acompanhem.

    Seria também de espantar se isto não tivesse nada a ver com religião. Assim é apenas normal...

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    1. Energúmeno é o senhor, que como sempre cobarde anónimo, nem sabe escrever PERPETUADA. Se calhar ainda têm muito a aprender com os ditos energúmenos... Pelo menos a escrever.

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    2. Claro, vamos distrair os espectadores do que realmente interessa apontando para erros ortográficos. Já que estamos nessa, a primeira virgula do seu comentário deveria estar colocada a seguir a "que" e não a seguir a "senhor". Ao menos seja coerente...

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    3. Ainda quero referir uns reparos ao senhor anónimo que por ser energúmeno pensa que os outros também o são.
      Caso não saiba o exemplo que deu na sua resposta é o reflexo da sua ignorância, pois a reguada dada pelos antigos professores aos seus alunos era um costume/ hábito e, isso sim, com o passar dos tempos vai-se adaptando e evoluindo conforme a mentalidade de quem os pratica (suponho que com a sua sabedoria ainda deve ter bastantes marcas nas suas mãos).
      Já uma tradição desde que começa e quando é mantida, continua sempre igual, se não, deixava de se chamar tradição. Por exemplo; o tão famoso "pão de ló TRADICIONAL de Alfeizerão" diz-se tradicional porque a sua receita foi mantida e respeitada ao longo dos tempos, se não, era apenas um pão de ló. Dei este exemplo porque já tinha dado outros anteriormente, mas parece que o senhor não tinha percebido que as touradas, os touros de morte em Barrancos e a largada em Pamplona eram tradições seculares e não hábitos ou costumes. Mais uma vez as pessoas a quem você chama energúmenos (pelo menos que saiba o significado da palavra, se não souber e se pedir com jeitinho também lhe posso dizer) têm qualquer coisa para lhe ensinar, ainda por cima um puto de 28 anos a quem estavam a atribuir certas expressões por pensarem que seriam indicadas para a minha idade. Isto só para fazer ver que as pessoas da Serra do Bouro, só porque gostam de manter a tradição da festa como sempre foi e de lançar foguetes durante a realização da mesma, não têm de ser saloios ou energúmenos como você diz porque o senhor sem querer e em meia dúzia (que são 6) de linhas provou ser mais ignorante e saloio que toda a gente da Serra e arredores.
      Sem mais de momento me despeço com os melhores cumprimentos.
      PS. se mandar a sua morada tenho todo o gosto e prazer em lhe oferecer um dicionário pelo Natal.

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    4. Não vou revelar nem o meu nome nem a minha morada, uma vez que não desejo ameaças à minha integridade física e à da minha família, nem buzinas à minha porta a meio da noite. Este tema tinha, tal como no ano passado, muito que escrever, mas por respeito ao autor do blog dou por concluída a minha participação. Pode considerar-me cobarde ou o que quiser, tem direito à sua opinião. Até sempre.

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    5. ATENÇÃO que eu quando lhe pedi a sua morada foi em jeito de brincadeira, a mim o que menos me importa é quem o senhor é ou onde vive.Eu não o considero cobarde por não querer continuar esta linha de comentários.
      Eu apenas comentei este blog pelo que estava a ser escrito em relação a população da Serra do Bouro, porque as respostas que estavam a ser dadas a comentaristas eram nada mais que insultos ou juízos de valor. Estas respostas serviam apenas para desvalorizar e achincalhar os valores de uma população que sejam eles quais forem têm sempre direito ao respeito das outras pessoas, estejam elas inseridas no meio em causa ou não.
      Cumprimentos

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    6. Se calhar fazem falta! E as tradições são a alma de um povo! Um povo sem tradição é um povo sem cultura!
      Devemos ter cuidados, claro que sim! No entanto eu gostaria de colocar uma questão, quais foram os estragos reais que esta tradição trouxe???

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    7. Concordo: "as tradições são a alma de um povo". Todos os povos, até os mais remotos que quase ninguém conhece tem tradições. Devemos ter cuidado: sempre. Até aqui revela inteligência, mas depois demonstra a mentalidade tacanha de quem não vê para além do horizonte. Em Portugal enquanto não morrer alguém por causa de alguma providência que deveria ter sido tomado porque até existem em assuntos como este aqui desenvolvido, não se tomam. O ditado adequado é: Um País sem Leis é pior que uma selva de animais selvagens, porque até esses tem códigos de comportamentos. Felizmente certos ou errados, existem, ao povo cabe cumprir.

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  3. O Sr Gonçalo Horta, por alguma vez tentou, junto daqueles que tambem, como ele tem, no minimo a coragem de se não esconder, perceber os seus argumentos?

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    1. Exmo. Sr. Anónimo sinceramente eu nunca tentei perceber nem sequer ouvir esses argumentos, é uma verdade. Esta polémica, que esses senhores já chamaram de guerra, não nasceu apenas por esses senhores não gostarem, não quererem ouvir, ou não os quererem lançados próximos de suas residências, com o perigo de as canas caírem no seu quintal, estão no seu direito.
      O senhor já pensou que antes de serem tomadas as atitudes que tomaram, seja avançar com queixas à GNR contra o CCRSB eu nem sei a quem mais se queixaram criando problemas e uma sensação de traição aos residentes, porque a festa não é só da colectividade, é de todos. Já pensou que antes de isto tudo acontecer poderiam ter-se eles próprios preocupado em apresentar os seus argumentos à organização da festa e todos juntos tentarem chegar a um consenso! E eu digo à organização da festa porque não era o presidente da junta de freguesia que tinha de servir de porta voz nem tão pouco proibir o rebentamento dos foguetes. Mas estes senhores em vez de se dignarem a falar com os festeiros a atitude foi, apresentar queixas e levar todo prontamente pelas vias legais, e o pior foi este blog que serviu de via a insultos, picardias e mesquinhices. Já pensou que outro caminho é que tudo podia ter levado se fosse como eu lhe disse???
      Cumprimentos

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    2. Eu estaria de acordo com o Gonçalo, se o que escreveu fosse a verdade, coisa que não é. Se não sabe como se passaram as coisas, informe-se, pois ao contrário do que diz, esses senhores, os queixosos, falaram em primeiro lugar e educadamente com a organização, nomeadamente os senhores que andavam a lançar os foguetes. Para espanto dos queixosos, a resposta que obtiveram foi insultosa, sem qualquer hipótese de debater o assunto educadamente. Agora diga-me, perante uma situação e atitude destas, não tomaria o senhor as mesmas medidas?
      É uma pena que este assunto tenha tomado estas proporções, pois, a meu ver, é uma questão de bom senso e não de julgamento em praça pública baseado em historinhas "do diz que disse" de quem não tem nada para fazer!
      Cumprimentos

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  4. Estou totalmente de acordo com o Gonçalo.

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  5. eu posso contar tava la... era uma vez em fins de abril 2011 realisava-se a festa.... deitavasse foguetes pela freguesia como os meus bisavos o fasiam , os meus avos .. apredi com os meus pais e neste ano calhou me a mim que com muito orgulho mantive as tradiçoes de uma freguesia... mas porem algo mudou os foguetes que outr´ora era feitos de canas reais e estas dechiam a pique se espetando onde calhasse ... mas nos tempos de hoje e como as pessoas involuem melhoraram os foguetes e atual mente sao feitos de um material que cai a pairar .. nao sendo tao perigosos assim .. mas paresse que nessa manha uma das "canas passou perto do carro do dito senho "traumatizado" e este ficou muito chatiado com isso começamdo a mandar vir com os festeiros ... e chamou a guarda para esta parar com os foguetes... e o restante ja ta descrito pois passousse em 2012... agoro eu pregunto um cao as pintas pretas no meio da estrda atira- se comtra as pernas de quem passa de bicicleta ou de mota nao e prigoso .. e os carros mal estancionados no entrocamento causando perigo a quem vira a esquerda nao e perigoso ... pois sempre que algo me estrovr naquela rua eu vou apitar sem problema nenhum pois tb me incomoda seja qual for a hora ... temos pena ... e como eu disse na cara deste dito senhor em 2011 Vá para a sua terra .. pois la os foguetes nao o incomodam... adesculpem qualquer erro otografico eu nao sou do tempo das reguadas ...

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    1. Publico este comentário, apesar da impressionante multidão de erros ortográficos que contém (pois, umas reguadas faziam falta, faziam...), por ser demonstrativo da mentalidade dos fogueteiros mais extremistas.

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  6. Oi,
    Sou Brasileiro e me dizem que não falo/escrevo bem português. Frequento um curso profissional porque não completei a escola lá no Brazil mas minha nossa, essa Vera tem que ir à escola aprender tudo de inicio. Comparando o meu português com essa cara portuguesa me sinto super perito em língua PO. Neste assunto dos foguetes, no Brasil, nem mesmo lá no nordeste as pessoas são assim tão maldosas. Li muito sobre este assunto de tragédias de foguetes para um trabalho que estou fazendo para o meu curso, para área de cidadania, encontrando este tema da Serra do Bouro, material super legal. Só quero deixar minha opinião que é que lendo tudo até agora, as pessoas que se queixaram estão certas (meu professor de cidadania também acha.)

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  7. Eu sou completamente a favor das regras de segurança e também concordo com a evolução. O que não concordo é com a forma como as coisa têm sido tratadas e travestidas.
    Existe aqui uma tendência a mostrar a superioridade "dos de fora", como pessoas cultas e com elevados padrões de educação. Ou seja tratam-se dos Senhores e como tal têm direitos de tratar os outros como bem entendem.

    E Sr. Manguito, aqui como em qualquer lado existe todo o tipo de pessoas: os que estudaram e são formados nas mais diversas área e os que não estudaram, os que sabem escrever corretamente e os que não sabem. Há aquelas mais extremistas e aquelas que têm toda a razão, só que não se conseguem exprimir correctamente.
    Portanto meu caro, é feio, muito feio julgar as pessoas pela maneira como escrevem...pois nem todos tiveram a oportunidade ou a capacidade de aprender! Imagino que um curso de letras não inclua formação em ciadadania ou em ética e moral, mas estou aqui para lhe dar umas lições se precisar.

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    1. ò Ana, faltam-lhe muitas vírgulas e escreve-se "cidadania" e não "ciadadania"...

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    2. Parabéns, percebeu que se tratam de regras de segurança. Eu li tudo o que havia para ler sobre este interessante tema que até aproveitei para o meu trabalho ligado à educação, pois é fácil demonstrar cumprimento e incumprimento dos deveres do cidadão. Mas apesar de tão bem se exprimir, só não concordo que nos dias de hoje não hajam mais pessoas a saber escrever melhor, independentemente da forma como se exprimem. Existe a escolaridade obrigatória há bastante tempo, existem cursos de variadíssimas áreas, noturnos e cursos profissionais e até mesmo cursos on-line. Existe acima de tudo a auto estima e a vontade de aprender a escrever melhor, principalmente quando se pede desculpa por não o fazer. Erros ortográficos em mensagens deste género, onde tudo é feito de forma rápida é comum, mas nota-se na maior parte das mensagens a falta de conhecimentos gerais e culturais. Feio é escrever as ofensas que escrevem sem bases para o fazerem utilizando linguagem feia e vulgar, não por falta de capacidade mas por falta de educação. A educação existe mesmo nas pessoas de origens mais humildes, a educação se não se tem por herança e não se aprende porque não se quer, não pode existir de todo porque as pessoas tacanhas não sabem o seu significado. Se tanto sabe sobre cidadania, ética e moral aproveite para ensinar o povo dessa Freguesia que parece muito necessitado de valores humanos absolutamente necessários ao bom viver entre todos. Sei que existe uma escola primária fechada nessa zona. Faça uma proposta (como foi feito noutras freguesias) e vá dar aulas voluntárias num horário que a todos serve, porque sem dúvidas, tem muito para ensinar. Os meus melhores cumprimentos

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  8. Vocês deviam ter vergonha na cara por estarem a dizer que aquela pessoa escreveu mal tal texto. Como a Ana disse, nem todos tiveram a oportunidade de aprender o suficiente. Aliás, tanto o Manguito como o Sr.Anónimo cometem muitos erros ortográficos e não são esses erros que estão em questão, mas sim o tema em debate!
    Assim, apenas mostram a dificuldade que têm para debater tal tema, visto que se dispersem para os erros ortográficos!

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    1. Dizer que tenho dificuldade em debater (não é "para debater") o tema é ridículo em função do muito que aqui está publicado e da publicação dos seus comentários "anónimos", senhor "o povosb". Será o seu blog tão democrático e tão aberto ao debate?...

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    2. Sr. Manguito,
      Que coragem e paciência. Tenho que admitir a minha admiração por si e por as pessoas inocentes aqui escorraçadas apenas porque cumpriram e defenderam o que tinham obrigação de fazer. Imagino o que não publica por ser impróprio de se ler muito menos de se publicar. Inteligência digna é algo muito cobiçado por aí...Os meus melhores cumprimentos.

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