sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Apreciações gastronómicas requentadas: a "Gazeta das Caldas " plagia o "Sol"!...

Eis os factos, todos bem ao léu: o texto da secção "Oeste à Mesa", da autoria do jornalista Pedro d'Anunciação, sobre o restaurante A Lareira publicado na edição de hoje da "Gazetas das Caldas" é, mal disfarçado e com passagens perfeitamente iguais, o texto publicado pelo semanário "Sol" no dia 23 de Outubro de 2009, como se vê pelo PDF do recorte de imprensa que o portal oficial do Município de Óbidos aqui disponibiliza.
O que gostaríamos de saber:
O autor plagia-se a si próprio? Serve as suas apreciações requentadas? Vai, de facto, visitar os restaurantes que comenta e em que data, relativamente ao que escreve? A "Gazeta" aceita textos em segunda mão? E não haverá aqui questões de direitos autorais, ou de propriedade do texto, da parte do "Sol"? A "Gazeta" transforma-se num jornal "de reprise"?
Pedro d'Anunciação não está a servir bem o Oeste, não...

Tão amigos dos consumidores que os CTT são...

Vejam aqui como eles se enganam e a favor de quem...!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Ensitel não gosta de ter clientes insatisfeitos - o melhor é silenciá-los?

A Ensitel, que eu até tinha na conta de uma empresa competente e capaz de dialogar com os seus clientes (e onde já comprei telemóveis), não gostou das críticas que uma sua cliente fez na internet e tratou de mover contra ela um procedimento judicial para que as críticas não fossem publicadas.
A história conta-se aqui.
No que me toca, devo dizer que nunca mais farei compras na Ensitel.

domingo, 26 de dezembro de 2010

A EDP e os roubos de fio de cobre - será mesmo verdade?

Segundo o "Expresso", em notícia da edição impressa sem link, a EDP "registou, nos primeiros onze meses deste ano, 2406 furtos, que provocaram um prejuízo total de 5,6 milhões de euro".
Só que... será verdade? Atente-se no seguinte.
Há poucos anos, houve mais um apagão, dos do costume, numa das zonas do concelho das Caldas. A justificação, então credível, foi a de que tinha havido um roubo de fio de cobre, cuja notícia apareceu, de facto, nos jornais. Dias depois, mais outro apagão. Houve quem protestasse. E a resposta não tardou: mais um roubo de fio de cobre! O consumidor achou estranho não ver as notícias nos casos de polícia do "Jornal das Caldas" e da "Gazeta" e resolveu ir investigar, perguntando à GNR (por ser zona rural)e, à cautela, à PSP, se tinha havido algum roubo de fio de cobre nesse período. A resposta foi negativa.
Transmitiu essa informação à EDP, desconfiado da justificação. E a resposta, vejam lá, foi esta: houve lapso na comunicação às autoridades!
Diz o ditado: mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Oito desculpas da EDP para não assumir as responsabilidades quando os apagões põem a nu a sua falta de investimento na manutenção das infra-estruturas

1 - O problema é do seu contador.
2 - Roubaram fios de cobre.
3 - A culpa é das trovoadas.
4 - É para isso que servem os seguros.
5 - As condições meteorológicas são imprevisíveis.
6 - Se contratou o nosso serviço, é porque tem de aceitar as nossas condições.
7 - Mesmo que tenha contratado outro serviço, somos nós que gerimos a rede e, por isso, tem de se habituar.
8 - Ninguém é perfeito.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O caso estranho da discoteca Green Hill

O "Jornal das Caldas" dá aqui conta do que aconteceu na madrugada do passado domingo na discoteca Green Hill, em que um engarrafamento à saída deu origem a desmaios e crises de ansiedade de numerosos jovens. A discoteca é, sem dúvida, um espaço agradável. Mas, depois, mostra-se uma coisa mal gerida, comandada por gente arrogante e que deve pensar que o que está a fazer não é um serviço pago, e bem pago, mas um favor a quem lá vai.
Por outro lado, surpreende também que a situação irregular da discoteca não tenha consequências. Porque ela continua, como informa a notícia: "A GNR vai enviar um relatório à ASAE sobre o funcionamento da discoteca, que se encontra aberta com licença provisória devido a obras de ampliação que foram embargadas e cujo processo se encontra em tribunal e à espera de legalização". Beneficiará a Green Hill de algum tipo de protecção fora dos limites da lei?
Talvez seja necessária uma tragédia para que isto se resolva...

CTT: o "subsídio de incómodos" do presidente era de dois ordenados...

Vejam bem aqui como eles se governam bem, nos CTT. Os carteiros têm um "subsídio de incómodos" e o presidente recebia salário a duplicar, coisa que até a Inspecção-Geral de Finanças achou ilegal: "O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT."

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mais um apagão da EDP...

A temperatura está mais amena, há algum vento, só chove de vez em quando e até brilha o sol. E, no entanto, tivemos direito a novo apagão.
Não é possível deixar de recordar como os trastes da EDP justificavam, e justificam, os apagões pelo mau tempo e, numa carta célebre a uma caldense, pelas "trovoadas das Caldas".
Se desse prémios de Natal, este blogue ofereceria à EDP... não era um manguito. Era, sim, aquilo que habitualmente se designa por "o das Caldas". E com "eles" bem grandes e no sítio!

Uma opção discutível - ainda sobre a "Gazeta" e a questão dos preços dos restaurantes

A propósito do que aqui escrevi ("Uma questão de rigor jornalístico que a 'Gazeta' não esclarece"), dizem-me que a ausência, em geral, de informação sobre os preços praticados nos restaurantes que figuram na secção "O Oeste à mesa" se deve à preocupação da "Gazeta das Caldas" de evitar melindres por parte das empresas de restauração, cujos preços se situam um pouco acima da média.
Esta preocupação - que até assume contornos muito mais graves, quanto ao poder político e às empresas, na imprensa de âmbito nacional - é compreensível e não põe em causa o rigor jornalístico que a "Gazeta" cumpre.
Mantenho, no entanto, que a indicação sobre o custo das refeições é fundamental, para o leitor, sabendo, até, que a sua ausência faz afastar muito boa gente dos citados restaurantes.
Se são bons no que fazem (e, salvo um caso, subscreveria as observações de Pedro d'Anunciação sobre aqueles que conheço), não devem ter receio de indicarem os preços que praticam. Não é por aí que vão afastar aqueles que, gostando, não vão porque a refeição é cara. O que facilmente, até, verificam à porta.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CTT à moda do Terceiro Mundo - um nojo!

Estação de Caldas da Rainha, hoje, quarta-feira, às 15h15. Oitenta números à frente, com uma espera que pode ser de meia hora, de uma hora, de sabe-se lá quanto tempo. Cerca de sessenta pessoas à espera, com dois bancos e sete lugares disponíveis. Numa atmosfera irrespirável. Os balcões - até admira! - estavam todos a funcionar mas, depois, o pessoal (estes "trabalhadores" que recebem "subsídios de incómodos", talvez para os compensar do incómodo de terem de trabalhar) arrastava-se, bovinamente, como se todos nós, obrigados a este tormento por uma empresa que odeia os seus desgraçados clientes, estivéssemos a pedir-lhes um favor e não a prestação de um serviço.
Não há, pelos vistos, um pingo de orgulho ou brio profissional nesta gente nem nos seus chefes e patrões!
Uma vergonha!...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Parabéns a nós

Este blog nasceu em 11 de Dezembro de 2009. Referia-se a duas coisas boas (a pastelaria Machado e o restaurante O Cortiço) e uma péssima (os CTT). O serviço dos CTT piorou ainda mais, o restaurante O Cortiço está a perder algumas das suas qualidades e o bolo-rei da pastelaria Machado continua a ser delicioso. Da autoria de uma pessoa, O das Caldas passou a ter a colaboração de outra e tem agora dois autores. Os leitores e visitantes têm aumentado. Durante algum tempo foi objecto de ataques de uma criatura que acabou por se cansar ou por reconhecer a nossa razão ou por ter medo. Não celebrámos o primeiro aniversário. Mas celebraremos os próximos.

Contra os abusos da EDP

Esperemos que eles os tenham no sítio!...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Manuel Alegre...

... apoiou, sem problemas, a redução dos salários na função pública - que serve em grande parte para "pagar" o descalabro da governação do seu partido (o PS) e do seu chefe (o secretário-geral e ainda primeiro-ministro J. Sócrates), que estão no poder ininterruptamente há quase seis anos.
Lembrem-se disso, na hora de votarem para as eleições presidenciais.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma atitude nojenta da EDP

A EDP até pode ter alguma razão no plano técnico, quando se recusa a pagar a reparação dos estragos causados pela falta de resistência das suas próprias estruturas (como aqui se pode ler), embora a lei devesse ser claríssima nesta matéria. No século XXI, é inadmissível que as estruturas eléctricas não aguentem situações meteorológicas mais difíceis... e não estamos a falar de tufões ou ciclones.
No plano ético, coisa que a EDP tenta garantir que respeita, a atitude de remeter todas as responsabilidades para o mau tempo - como se estivéssemos na pré-história em que os homens das cavernas acreditavam que o mau tempo era uma manifestação de forças sobrenaturais - é, no mínimo, nojenta.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Uma questão de rigor jornalístico que a "Gazeta" não esclarece

Há algumas semanas, a "Gazeta das Caldas" começou a publicar textos sobre restaurantes ("O Oeste à Mesa") da autoria do jornalista Pedro D'Anunciação. É útil, é informativo e os critérios do autor dos textos são razoáveis. O problema, que não é pequeno, está na ausência de um elemento essencial: o custo. Ou seja: qual o preço dos pratos ou, pelo menos, o custo médio da refeição? E isso está ausente de "O Oeste à Mesa" que, por sinal, destaca apenas restaurantes que - sabe quem lá vai - não cobram menos, mal ou bem, do que uma média de 20/25 euros por refeição individual.
Esta informação é, hoje, essencial e separa a informação comercial da informação jornalística. E não é diferente do comportamento transparente que foi imposto, a certa altura, à restauração: as ementas e o seu custo estão expostos no exterior ou, pelo menos, antes de o cliente assumir o compromisso de consumir.
Além do mais, o mesmo Pedro D'Anunciação, que faz o mesmo tipo de crónicas no semanário luso-angolano "Sol", até vai ao ponto, e bem, de mostrar uma factura, com os custos discriminados.
Qual será a diferença? E por que motivo é que a "Gazeta", que se quer tão deontologicamente correcta e com informação rigorosa, se abstém desse elemento fundamental?
É uma coisa que levanta fundadas suspeições.
Pedro D'Anunciação, nos fins-de-semana em que vem ao Oeste, não estará, decerto, a comer à conta dos restaurantes sobre os quais escreve. Mas pode parecer.


A propósito, uma curiosidade que me foi contada por quem via: no extinto semanário "O Jornal" e no seu "Jornal de Vinhos", os vinhos elogiados eram os que vinham nas caixas com que, às dezenas, algumas empresas vitivinícolas, invadiam a recepção de "O Jornal" em algumas noites mais discretas.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Por que motivo faltou o açúcar? É um caso de cheiro a caca, segundo O Jumento

A explicação é simples, segundo narra o blog O Jumento aqui. A explicação é plausível e envolve Belmiro de Azevedo, a Sonae e os Modelo/Continente e a crítica, além de divertida, faz pensar...

Uma resposta incorrecta e desajustada do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal

A propósito da queda de uma árvore num cemitério, pergunta um munícipe na "Gazeta das Caldas":
"Existe vereador com o pelouro dos cemitérios?
Se existe, que providências tomou para solucionar esta desagradável situação?"
O Gabinete de Imprensa da Câmara responde, no mesmo local, abrindo a sua resposta com este comentário: "Não obstante o carácter algo acintoso das questões colocadas..."
Se as duas perguntas do munícipe são "acintosas", a resposta do Gabinete de Imprensa arrisca-se a ser considerada malcriada. Além de ser incorrecta e desajustada.

E a Linha do Oeste fecha quando?

Perante este panorama, alguém se admirará de que a Linha do Oeste venha a fechar um dia destes?
E isto só não chega, senhores do PSD!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

É criminoso o que a Autoestradas do Atlântico está a fazer nas obras (?) da A8

Passei ao começo da madrugada de hoje na A8, de Lisboa para cá, e não é difícil escolher uma palavra para qualificar o que a concessionária, a empresa Autoestradas do Atlântico, está a fazer nas obras que deviam estar agora prontas e que... não estão. Na zona da área de serviço de Loures, em especial, a confusão nos dois sentidos era absoluta. A sinalização era má, quando existia. Porque, na maior parte do percurso, duas faixas passavam a uma sem aviso e mal se percebia, em certos casos, se havia uma faixa ou faixa e meia muito estreita, convidando às manobras mais disparatadas. A impunidade com que esta empresa fez obras que, salvo erro, decorrem há mais de dois anos, transformando uma autoestrada numa via que é pior do que uma estrada municipal, é escandalosa. Ao mesmo tempo, com o Governo perfeitamente alheio à coisa, fica por aplicar a legislação - como se a A8 fosse território estrangeiro ou um Estado dentro do Estado português - relativa à não (?) cobrança de portagens nas autoestradas que deixam, por definição, de o ser. É, na realidade, uma suspensão da legalidade democrática.
E, à luz das (hipócritas e inúteis) campanhas estatais sobre as mortes nas estradas, o que está a acontecer na A8 - e que vi e bem de perto, à luz dos faróis e mais nada - é verdadeiramente criminoso.
Tudo isto diz bem do estado do Estado e do sinistro governo que o gere.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O PS faz-se ouvir, relativamente ao mau serviço da EDP! Muito bem!

Transcreve-se, com a devida vénia e aplauso a João Paulo Pedrosa, do PS de Leiria, o excerto da notícia da "Gazeta das Caldas":
"As várias situações de cortes de energia no distrito de Leiria motivaram um pedido de esclarecimento do deputado socialista João Paulo Pedrosa. O presidente da federação distrital do PS considerou ser 'inadmissível que, nos tempos de hoje, a EDP garanta um tão mau serviço aos cidadãos'.
O deputado quer saber quais as soluções que estão a ser pensadas para eliminar definitivamente este problema e incentiva 'todos os cidadãos e todas as empresas a fazerem-se ressarcir dos prejuízos causados'.
João Paulo Pedrosa quer que os poderes públicos protestem junto da empresa, 'exigindo que esta preste uma qualidade de serviço, pelo menos, equivalente ao preço que cobra a cada um'.”
Tenho a certeza de que se todas as forças políticas tomassem uma atitude assim, que vai ao encontro das preocupações das populações, a EDP havia de mudar alguma coisa...

CTT: água de rosas e pão-de-ló?

Os privilegiados dos CTT, a quem a empresa parece ceder em tudo, não quererão também água de rosas para lavar o rabo e pão-de-ló como almoço? (A propósito disto.)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Os adeptos da caca terão todos as licenças em dia?

Os tipos que andam por aí aos tiros, e que se supõe serem caçadores e adeptos da caca, terão todas as licenças em dia? Era interessante que a GNR desse uma volta pela região aos domingos, aos feriados e às quintas-feiras, para o verificar. Cheira-me que arrecadava algum dinheiro em multas...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Reparem bem naquilo a que estamos sujeitos (a propósito da EDP, claro)

Pagamos-lhe tudo e mais alguma coisa, não a vemos a investir na manutenção de infra-estruturas, tem lucros fabulosos, trata mal os seus próprios reformados e se alguma coisa corre mal... bem, nunca tem culpa.
Lembram-se dos temporais de há um ano aqui na Região Oeste? Pois fiquem sabendo que, segundo o "Expresso" (sem link), a EDP diz que não tem nada a ver com as infra-estruturas que não aguentaram o mau tempo nem com os prejuízos daí decorrentes e portanto: "A EDP não indemnizou os clientes que há um ano ficaram sem eletricidade durante vários dias na região Oeste.
Segundo a empresa, a lei diz que os distribuidores não podem ser responsabilizados pelos danos provocados por fenómenos atmosféricos fortuitos."
A atitude da EDP é vergonhosa, tal como é vergonhoso o procedimento do Estado e do governo que o permite.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma resposta estúpida da EDP

No site da EDP (aqui, para os interessados) há um espaço para reclamações e eu fiz uma reclamação, depois de um dos apagões mais recentes. Vejam só a resposta idiota que recebi:

"Exmos Srs Manguito Ecologico

Recebemos a sua comunicação que agradecemos.

Para podermos dar seguimento à mesma solicitamos que nos sejam fornecidos os seguintes dados adicionais:

- Rua ou Ruas afectadas pela avaria
- Tipo de avaria ( Candeeiros apagados , intermitentes, em perigo de queda )
- Numero de focos afectados

Com os nossos melhores cumprimentos

José Estevão
EDP Online"

Como se devessem andar agora os cidadãos a contar os candeeiros e as casas sem luz quando há uma avaria geral!... Que estupidez!

Actualização: Tendo respondido isto mesmo, em reply, recebi exactamente o mesma mensagem, num corpo maior (o que também revela alguma falta de educação), desta vez assinada por um Pedro Ribeiro.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CTT: estava de chuva...

Ontem, como era segunda-feira, não houve correio. É frequente, não sei porquê. Hoje, como chovia, também não houve correio. Amanhã é feriado. Depois... bem, talvez haja mais uma greve dos carteiros. Ou esteja também mau tempo. Ou estão de fim-de-semana em versão "ponte". Nada de novo.

Em bom português: a EDP está-se a cagar para os seus clientes

Um ano depois ainda continuamos nisto: a electricidade continua a ir-se abaixo e a EDP continua a fazer planos. É uma vergonha. Mais uma, neste país tristonho que quase nem merece ser país...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Regresso ao Mundo das Trevas / Reino da Escuridão / Mundo das Sombras da EDP

Outra vez sem electricidade! A magnífica EDP, a empresa monopolista que dá prémios extraordinários aos seus gestores pelos fabulosos objectivos que consegue atingir, que serve de bandeira (bem negra!) ao Estado e que emprega muitos "boys" e "girls" do regime mostra-se incapaz de garantir o fornecimento de electriciade ao interior, nma manhã sem chuva nem vento nem muitas nuvens no céu.

EDP: estupidez ou... manobra de intimidação?

E não é que o meu vizinho, hora e meia depois do apagão geral que comunicou à EDP (aqui contado), foi mesmo visitado por uma "equipa técnica" da EDP? A quem sugeriu, claro, que fossem bater à porta das casas vizinhas para verificarem se tinha havido, ou não, um "apagão" geral e que apresentassem a factura da deslocação à própria EDP, "ao São Pedro ou ao engenheiro António Mexia". Terá sido estupidez da funcionária que, bem aquecida e bem iluminada, atendeu a comunicação ou uma simples manobra de intimidação para dissuadir o meu vizinho de apresentar mais queixas?

domingo, 5 de dezembro de 2010

A irreprimível estupidez da EDP

Conta-me um vizinho no rescaldo de um "apagão" de quinze minutos ocorrido há pouco: "... No fim, a gaja que me atendeu, do ´serviço de avarias', provalmente bem iluminada e bem aquecida, depois de eu lhe ter estado a explicar, durante imenso tempo, que a avaria era geral e bem numa dúzia de casas e em várias rua, ainda teve o desplante de me dizer para ir ver o quadro eléctrico de minha casa e de me dizer, em tom de ameaça, que se a 'equipa técnica' verificasse que a culpa não era da EDP ainda me cobravam uma taxa!"
Pois, a estupidez nunca se apaga...

Não se passa nada

Está frio, está chuva, está vento, o "Jornal das Caldas" e a "Gazeta das Caldas" não trazem notícias de realce, ficamos a saber que os parquímetros vão mesmo à vida e que há mais violência na cidade e que o vice-presidente da Região de Turismo do Oeste achou por bem elogiar um restaurante (em Peniche) das muitas dezenas de relevo que existem na Região Oeste, o que também não surpreende. E Sócrates não remodela nem sai de cima e o mesmo se pode dizer do FMI. Apetece fazer férias mas não pode ser.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Como a Auto-Estradas do Atlântico suspendeu a democracia por dois anos na A8

Não deve haver país do "primeiro mundo" (a Europa) que tenha uma auto-estrada em obras e num estado tão caótico e tão perigoso como a A8.
Não é aceitável que a respectiva concessionária mantenha uma auto-estrada em obras durante dois anos, muitas vezes com meia-dúzia de trabalhadores sem pressa a andar de um lado para o outro, com traçados irregulares, mal iluminados e mal sinalizados e a mudar tantas vezes.
Não é aceitável que não se aplique a tal lei que obriga à suspensão das portagens em situações destas ... e, neste caso, sim, existe uma verdadeira suspensão da democracia, e já há dois anos, por parte do Estado e da Auto-Estradas do Atlântico!
Não é aceitável que um Estado que faz campanhas contra as mortes nas estradas feche os olhos a uma auto-estrada onde se circula num ambiente mais perigoso e mais mortífero do que qualquer estrada de terra batida do mais atrasado país africano que imaginar se possa.
Estas obras sem fim são uma vergonha!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Uma sugestão aos independentes a pensar nas eleições autárquicas de 2013

Talvez devessem tentar realizar reuniões públicas onde pudesse ser também debatida a gestão autárquica das freguesias. Com tempo, poderiam gerar-se mais movimentos independentes, com pessoas que têm vontade de participar nos assuntos do seu dia-a-dia mas que estão limitadas por não pertencerem, e não concordarem com, aos partidos políticos...

O que haverá nas mais de 60 mil cartas que a greve dos carteiros bloqueou?

Quantos cheques, vales de correio, contas com datas-limite de pagamento, notificações, citações, penhoras e outra corrrespondência que pode prejudicar gravemente a vida dos seus destinatários é que existirão nas 60 mil cartas bloqueadas pela greve dos carteiros das Caldas da Rainha e de Óbidos?
Aceitar uma situação destas e estimulá-la é ser de esquerda?
(O número de 60 mil cartas é do "Jornal das Caldas", da passada quarta-feira, que só hoje, quase uma semana depois, me chegou à caixa do correio. Depois dessa edição houve a greve geral e mais dois - 2! - dias de novas greves nos CTT. Quantas serão, nesta altura, as cartas por distribuir? Quantas mais pessoas irão ser prejudicadas... ou ainda mais prejudicadas?)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Conta da água: pagamos mais 20% além da água que consumimos

Peguei numa factura de consumo de água (Serviços Municipalizados de Caldas da Rainha) e fiz as contas: da totalidade do valor da factura, uma parte considerável (21,4%) era de "Contra Trat. Esgotos" e de "Serviços Diversos". Não será altura de também começar a contestar isto, exigindo que, por exemplo, essas despesas que por vezes de duplicam não sejam mais do que uma percentagem menor, de 10%?

Um pedido aos defensores da greve dos carteiros (e ao Bloco de Esquerda, claro)

Haverá alguém que me possa explicar por que motivo é que quem se considera "de esquerda" (Bloco de Esquerda, em geral, e PCP com frequência) apoia a greve dos carteiros, que beneficiam (segundo o próprio Bloco de Esquerda) de um exclusivo e estranhíssimo "subsídio de incómodos", e que prejudica apenas e só a população em geral?
Note-se que, aqui (e infelizmente!), a população não dispõe de alternativas.
Esta sucessão de greves, destes funcionários que parecem poder suportar os cortes salariais que delas decorrem, é do mais errado e do mais condenável que há, é uma movimentação terrorista e não respeita, pelos vistos, quaisquer serviços mínimos.

domingo, 28 de novembro de 2010

A água dos Serviços Muncipalizados de Caldas da Rainha será boa para beber?

Em teoria, a água potável da rede pública deve ser transparente, não? E, de preferência, não ter sabor, embora às vezes... Só que tenho notado, desde há dois ou três dias, que a água que me sai das torneiras tem aparecido esbranquiçada (como se tivesse muito ar, mas nem o ar nem esse aspecto esbranquiçado desaparecem) e mesmo cor de terra. Que se passará?

Turismo do Oeste: publicidade manhosa, mal feita e só para Óbidos e Torres Vedras

Mais do mesmo: no "Expresso" de ontem, um mal enjorcado folheto de papel baratucho e impressão deficiente da responsabilidade da mítica entidade que é o Turismo do Oeste dá espaço (ou vende-o, talvez) a diversas empresas quase só de Óbidos e de Torres Vedras (incluindo um centro comercial e um stand de automóveis), inventaria alguns "eventos" sem entrar em pormenores, publica algumas fotografias completamente órfãs de localização e de autoria e, regressando ao aproveitamento do título de uma obra literária sobre a I Guerra Mundial, garante: "A Oeste tudo de novo!". E com assinatura: não a do autor original, Erich Maria Remarque, mas de "António carneiro" (assim, com um "c" pequeno), espantoso presidente "da Turismo do Oeste". Tudo abrilhantado com citações de um "escritor oestino" identificado como Andrade Santos.
Ou seja: não se promove a região mas algumas empresas de Óbidos e de Torres Vedras e a dupla António carneiro/Andrade Santos.
Uma curiosidade: sabem como é que aparece Caldas da Rainha? Com esta singela referência: Carnaval em Março.
Uma vergonha!...

sábado, 27 de novembro de 2010

Belmiro de Azevedo e os jornais: manda quem pode, obedece quem deve

O empresário Belmiro de Azevedo publicou o mesmo artigo de opinião assinado por si no mesmo dia (hoje) tanto no semanário "Expresso" como no diário "Público" (que, na prática, é seu). Ou seja: tipo Continente ("Expresso") e Modelo ("Público"). Espantoso.

Idiotas ao volante... e fora dele

Tento não me surpreender com a falta de civismo e o excesso de estupidez dos cretinos que estacionam e páram os carros verdadeiramente no meio da rua, em segunda fila, no mais absoluto desrespeito pelos direitos dos outros a andarem na rua. Mas surpreendo-me, e muito, com a complacência das autoridades que, mesmo tendo as situações de infracção bem à vista, fazem de conta que não vêem. Não há nada - a lei, as normas internas ou mesmo o bom senso ou o "convite" dos superiores à distribuição de mais multas para arredondar o orçamento - que os obrigue a intervir?!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Uma petição contra a extorsão a que somos sujeitos pela EDP e pelo Estado

A DECO está, em boa hora, a promover uma petição contra aquilo que, injustificadamente, o Estado e a EDP nos obrigam a pagar a mais (muito mais...) além da electricidade que consumimos. A petição está aqui. Assinem, por favor.

Para que serve o que pagamos a mais na factura da água?

Por que motivo é que aquilo que pagamos aos Serviços Municipalizados/Câmara Municipal a mais além do efectivo consumo de água (em média, cerca de 50 por cento da factura) não é aplicado na manutenção da rede de fornecimento de água de modo a evitar rupturas provocadas pelo apodrecimento dos canos?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Carteiros: privilegiados pela administração dos CTT?

Será que a administração dos CTT não desconta nos salários dos carteiros as horas de greve que fazem? É que as greves são tantas e tão frequentes que seria natural que o seu impacto económico se fizesse sentir nas remunerações dos carteiros. Mas não parece ser o caso.
Ou terão segundo(s) emprego(s) que compensam monetariamente essas horas?

Quatro apontamentos sobre a greve geral

1 - A greve geral não foi exactamente geral, incidindo em especial na função pública e nos transportes, o que tem sempre a vantagem de obrigar muita gente a faltar aos empregos.
2 - A greve geral venceu nas televisões (SIC e TVI, pelo menos, que não acompanhei a RTP), o que é uma meia vitória - é o terreno preferido do Governo.
3 - O Governo envolveu-se numa guerra idiota de números - alguém acredita que só 20 por cento é que fizeram greve?!
4 - Se a greve geral não for seguida por iniciativas mais concretas, capazes de abrangerem todos os sectores que ontem não puderam ou não quiserem juntar-se ao protesto, a CGTP e a UGT perderão na "vida real" o que ganharam na televisão. Infelizmente, os sindicatos ainda estão atrasados vinte anos na sua dicotomia entre os "trabalhadores" e a "burguesia".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um presidente de Junta de Freguesia com o mandato em risco

Ouvi dizer que há um presidente de Junta de Freguesia que se arrisca a perder o mandato por decisão judicial. Será verdade?

Uma pergunta à CGTP e à UGT sobre a greve geral de 24 de Novembro - como é que estes podem protestar?

Como é que podem juntar-se ao movimento de protesto que se corporiza na greve geral...
- os reformados?
- os pensionistas e idosos?
- os desempregados?
- os jovens à procura de emprego?
- os trabalhadores independentes?
- os trabalhadores das pequenas e micro-empresas?
- os empresários em nome individual?
- os gerentes das micro-empresas que trabalham para si próprios?
Conseguirão a CGTP e a UGT responder?

sábado, 20 de novembro de 2010

Um supermercado a menos

Consta que um dos vários supermercados da nossa cidade vai fechar. Não surpreende, quando há tantos e diminui o rendimento das famílias.

Mais uma greve dos carteiros... contra nós e não contra a empresa

Noticia a "Gazeta" aqui que os carteiros voltam a fazer greve. Desta vez, no seguimento da greve geral, na quarta-feira, dia 24, fazem greve na quinta e na sexta-feiras. O problema é o mesmo, segundo dizem: os horários. Porque, ao contrário do que seria normal, querem entrar cedo, a partir das seis ou lá o que é, e não às dez horas.
A leitura imediata que se pode fazer, sabendo o que a casa gasta, é que o horário das seis horas lhes dá para terem um segundo emprego e que deve ser por isso - se a administração dos CTT seguir a lei e abater os dias de greve aos salários mensais - que os carteiros fazem greve tantas vezes. E a esse segundo emprego já não devem fazer greve.
O princípio da greve era este: o trabalho pára e o patrão é prejudicado. No caso dos CTT, o patrão deste monopólio nunca é prejudicado e quem fica prejudicado (e com F grande, como popularmente se diz) é o público. Somos nós todos. Que não temos alternativa a esta imensa palhaçada CTT-carteiros e que nem sequer temos direito a esse espantoso "subsídio de incómodos" que os carteiros têm e que - por exemplo - o esquerdíssimo Bloco de Esquerda defende.
Já que tarda a liberalização, não há quem, entretanto, tenha mão nisto?!

Já escrevi sobre isto aqui e aqui.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Vodafone e o terramoto de 1755

Pensam que não tem nada a ver? Enganam-se. Explica um leitor: "(...) Tenho um Vodafone Casa, que funciona como telefone fixo mas sobre a 'plataforma' da Vodafone, com número de telefone fixo e indicativo adaptado à zona onde moro. Por contrato, o telefone está bloqueado para fazer telefonemas fora dessa zona. Nada a opor, aqui. O problema é que dentro da minha própria casa, nessa mesma morada que está registada como morada onde o telefone funcione, o telefone fica automaticamente bloqueado, ou cai a ligação ou... não faço a menor ideia. A solução é telefonar para a Vodafone e receber depois a indicação para ir marcar um número de quatro algarismos em três pontos distantes da casa, tipo dança da chuva. O número que tenho de marcar é... 1755!"
Pois, desastres...

Parece que há um "14.º Concurso de Gastronomia"...

... mas não se sabe se é verdade. Parece que envolve restaurantes de Caldas da Rainha e de Óbidos e da "terra de ninguém" entre os dois municípios. Parece que tem um folheto. Parece que é ideia dessa magnífica entidade que é a ACCCRO (ou ACCRO? ou ACCCCCCRO?...). Parece que o cartaz é um fragmento de bacalhau na borda de um prato modernista a fazer-se à "nouvelle cuisine". Parece que há uma ementa para o público (qual público?) e outra para o júri (qual júri?). Parece que este ano há menos restaurantes, oficialmente porque fecharam (mas há outros, a funcionar em pleno, que devem ter feito um belo manguito a esta coisa). Parece que isto serve para alguma coisa. Mas, na prática, não serve rigorosamente para nada.

A "tolerância de ponto" e a incompetência

Há quem, invocando a(s) crise(s), verbere aqueles feriados extraordinários que, por um pudor passadista, são designados por "tolerância de ponto". É pena que os críticos desta coisa não estendam as suas críticas à incompetência, à falta de profissionalismo, ao laxismo, à falta de pontualidade, ao desinteresse de muitos fala-baratos e ao chico-espertismo, tudo defeitos bem portugueses que custam ao País horas, semanas, meses... de trabalho produtivo.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Casem Sócrates, que também dá dinheiro

Se o casamento de um príncipe inglês com uma hospedeira de bordo pode dar um acréscimo de 700 e tal milhões de euros às finanças públicas britânicas (número repescado num telejornal), também é legítimo pensar que se por cá casássemos o Sócrates também haveria um acréscimo de receitas para as finanças portuguesas, pelo espectáculo, pelos "souvernirs", pelas impostos cobrados às actividades relacionadas. E pela curiosidade, claro. Já que foi o ainda primeiro-ministro o grande paladino dos casamentos homossexuais, era vê-lo ser coerente nesta "questão fracturante"!...

Palhaçada a mais, dignidade a menos

Se o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, tivesse um mínimo de dignidade, demitia-se depois de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o ter desautorizado no Parlamento, negando que as obras da meia dose de TGV avancem em 2011 como o seu colega dissera dois dias antes. Mas como, nesta inenarrável palhaçada, o exemplo vem de cima, tudo se permite...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Como os CTT e os carteiros nos podem tranquilamente enfiar o barrete

Repare o leitor: a maioria da correspondência que recebe não indica, por fora, data de expedição. São contas, correio institucional, de empresas, oferta de produtos e serviços, publicações. O correio pessoal é uma espécie quase extinta, substituído pelo e-mail e pelas mensagens de telemóvel. E esta era, e ainda é, a correspondência que leva - ao balcão - o carimbo do dia em que os CTT a recebem. Porque a outra vai por avença, com carimbos de máquinas que não põem a data de expedição.
Não há, por isso, qualquer tipo de controlo. A conta da empresa prestadora de serviços ABDC tem, no interior, uma data de emissão. No exterior, nada. Normalmente, a data antecede vários dias a data da cobrança. Portanto, esta correspondência não é urgente. Pode ser entregue hoje, amanhã ou depois de amanhã, quando convier ao carteiro, por exemplo.
Só isto explica que haja zonas residenciais onde se passam dois dias, ou mesmo três, em que não há correio e que depois, de repente, a caixa de correio fique cheia.
Por outro lado, repare o leitor, não há controlo sobre a distribuição. O carteiro sai a uma dada hora com um certo volume de correspondência. Grande parte dela pode ser entregue no dia seguinte. Justifica-se dar certas voltas, quando a urgência é inexistente?
Pense bem, leitor. Nestas circunstâncias, confia nos CTT e nos carteiros?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Vivacine: melhorar a imagem não chega

Noticia a "Gazeta das Caldas" que as salas do Vivacine vão ter cinema em formato digital. Não chega. E o som? Vai, finalmente, melhorar?

Outra vez os carteiros, grevistas "incomodados"...

Aí vêm eles, outra vez: os carteiros, receptores de um "subsídio de incómodos" que ninguém explica o que é, ameaçam com novas greves. Voltamos à mesma: os carteiros não gostam dos horários que têm (e não desfazem a impressão de que não gostam porque lhes dão jeito para poder acumular outros empregos) e os problemas existentes (tão bem denunciados pela DECO e que os caldenses bem conhecem) nada têm a ver com a incompetência nem com a má vontade nem com as greves nem com uma administração que, como o seu pessoal, tira todos os benefícios de uma situação de monopólio que nos prejudica a todos nós, clientes à força, e que se dá ao luxo de oferecer aos carteiros um "subsídio de incómodos". Talvez porque ficam "incomodados" por terem de trabalhar?...

domingo, 14 de novembro de 2010

A propósito da greve geral

A greve é uma das formas de luta clássicas, com uma génese muito simples... quando tudo era simples. O patrão, que é proprietário da fábrica, só ganha dinheiro quando a fábrica produz. Se os operários não trabalharem, a produção fica interrompida e o patrão não ganha dinheiro. A greve geral é uma aplicação desta lógica a uma escala nacional: todas as fábricas, todos os serviços, todas as empresas têm os seus trabalhadores em greve.
Isto pressupõe, no entanto, que a estrutura económica da sociedade não tenha sofrido alterações. Que de um lado estão os trabalhadores, por definição pobres, e, do outro lado, os patrões. Que só há trabalhadores assalariados desses mesmos patrões.
A greve geral decretada pela CGTP (contra “a burguesia”, como disse Carvalho da Silva num arroubo troglodita) e pela UGT parte destes mesmos pressupostos. E, por isso, só em parte é correcta.
Uma greve geral, na situação actual da economia portuguesa, é um protesto redutor porque deixa de fora muitos sectores que não se enquadram nem nos trabalhadores assalariados nem nos patrões proprietários de fábricas ou de outros meios de produção.
Os proprietários/patrões das micro e pequenas empresas, os empresários em nome individual e os recibos-verdes enquadram-se em que categoria na dicotomia sindical? Na “burguesia” negregada? Nos patrões? Nos trabalhadores? Vítimas, e não é pouco, desta crise e das medidas terroristas impostas para compensar as asneiras do PS e do seu Sócrates, protestam como? Fazendo greve e não trabalhando? Mas isso só os afecta a eles próprios!
E os reformados? E os desempregados? E os que procuram emprego? Como é que poderão protestar?
Cercadas por uma muralha de lugares comuns e de preconceitos ideológicos (tal como o sisudo PCP, o folclórico Bloco de Esquerda e a atrapalhada ala esquerda do PS), as organizações sindicais combatem-se a elas próprias e ao povo que dizem defender quando se metem em becos sem saída deste género.
Talvez fosse preferível, mesmo que cumulativamente, pensar num apagão nacional, num fechar de luzes colectivo durante quinze minutos, que pusesse o país todo às escuras, no negrume do luto, num protesto realmente grandioso contra este miserável governo. Custaria menos, notar-se-ia mais e seria muito mais abrangente.

Recordando um acto de má gestão dos CTT

Alguém se lembra das estruturas que, há cerca de dez anos, foram montadas nas estações dos CTT para as pessoas acederem à internet? Foi uma iniciativa apadrinhada e inaugurada pelo então primeiro-ministro António Guterres e pelo eterno ministro da Ciência Mariano Gago. Em poucos meses, degradadas e inúteis, essas coisas desapareceram das estações de correios. Quanto custaram? Não se sabe. Quem as pagou? Pois, todos nós.

As "casas de banho" para cães servem para alguma coisa?

Eu sei que é habitual, infelizmente: uma entidade pública faz uma coisa, gastando mais ou menos dinheiro público, a coisa não serve e desmantela-se, ou deixa-se ficar. Nunca se retira uma lição desse insucesso.
O caso das "casas de banho" para cães, que alguma coisa há-de ter custado, é um exemplo: os donos dos cães conseguem meter os bichos lá dentro para defecar? Essas estruturas são utilizadas? Servem, de facto, para alguma coisa? Era conveniente que a Câmara prestasse contas...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Parquímetros: de como Deus escreve direito por linhas tortas...

Conta aqui o "Jornal das Caldas": "Os caldenses e visitantes podem continuar a estacionar gratuitamente na zona de parquímetros da cidade das Caldas, porque a edilidade só vai mandar arranjar os equipamentos quando o projecto da regeneração urbana estiver concluído..." Não se pode dizer que isto seja “politicamente correcto”. Nem que dê uma boa imagem de práticas de gestão autárquica: os objectos estão lá, não estão? E, sem nenhum aviso formal, continuam a comer moedinhas… sem que os menos prevenidos o saibam. O que gera receita, claro. Mas é óbvio que dá jeito. E que a argumentação até é correcta: reparar os antipáticos objectos e desfazer tudo depois seria uma tolice (infelizmente muito praticada pelo Estado). Enfim, como se costuma dizer: Deus escreve direito por linhas tortas…

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Estacionamento no meio da Rua Eng.º Duarte Pacheco mesmo "nas barbas" da PSP e da Câmara - porquê?

É incompreensível que a PSP (que mantém um agente, e às vezes mais do que um, na entrada da Rua Heróis da Grande Guerra) deixe estacionar em segunda fila, e praticamente no meio da rua e nos dois lados, na Rua Eng.º Duarte Pacheco. A Câmara Municipal fica mesmo ao virar da esquina e também ninguém liga nenhuma. Pode ser difícil estacionar nessa zona do centro mas esta permissividade imbecil não é admissível. Se os que andam de carro mandam às urtigas o que aprenderam no Código da Estrada, cumpre às autoridades fiscalizar e aplicar a lei. O que não é feito neste caso. Porquê?

domingo, 7 de novembro de 2010

O PS caldense e a cultura

Segundo Luísa Arroz, deputada municipal do PS que já havia levantado algumas questões pertinentes sobre as "festas" de Verão da Foz do Arelho, existem nas Caldas "equipamentos culturais a mais e actividades a menos" (relato aqui). A questão foi suscitada numa reunião pública em que Luísa Arroz criticou a realização dos concertos de Tony Carreira e os 94 mil euros dados à "animação de Verão". Luísa Arroz terá razão em parte mas ficar-lhe-ia bem, e ao PS, desenvolver iniciativas mais concretas sobre o assunto.

Mário Tomé, as missões militares no estrangeiro e os "mercenariozinhos"

O militar revolucionário Mário Tomé, que esteve nas Caldas por iniciativa do Bloco de Esquerda, organização a que se encontra ligado, disse em voz alta o que muita gente pensa: as missões militares portuguesas no estrangeiro servem mais para os elementos que as integram ganharem mais e mais rapidamente do que para prestígio da nação. A designação que usou - "mercenariozinhos", segundo o relato da "Gazeta das Caldas" - não será muito própria e "mercenários" teria sido suficiente mas Mário Tomé é militar e saberá melhor do que os civis o que deve e o que não deve dizer sobre os seus camaradas de armas.

sábado, 6 de novembro de 2010

Henrique Neto contra Sócrates, 1 - zero

Não são de agora as críticas de Henrique Neto (empresário, ex-deputado do PS, que não parece ter sido beneficiado pela governação da PS nem ter feito por isso) ao ainda primeiro-ministro e actual secretário-geral do PS. Mas estas, em entrevista ao "Jornal de Negócios", foram as mais fortes. Podem ler-se resumos aqui, aqui e aqui.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O PSD caldense e as eleições autárquicas

A recente conferência de imprensa do PSD para fazer o balanço de um ano de actividade na Câmara Municipal (pormenorizadamente coberta pelo "Jornal das Caldas" aqui)foi, em primeiro lugar, uma boa iniciativa porque permitiu aos caldenses ficarem a saber o que andam os representantes do PSD a fazer. A mesma atenção para com os eleitores não tiveram as outras forças políticas. Talvez por pouco terem para contar, excepção naturalmente feita ao representante do CDS/PP que dá grande atenção às "tias" e aos touros.
Em segundo lugar, porque - e seria essa a intenção? - parece atirar para a linha de partida das eleições autáquicas de 2013 os candidatos à sucessão do presidente Fernando Costa na câmara: Maria da Conceição Pereira, Hugo Oliveira e Tinta Ferreira. Seria preferível, no entanto, que a decisão não tardasse. Fernando Costa deve manter-se em funções até ao final do seu mandato mas o PSD deve indicar, o mais cedo possível, o seu próximo candidato. E, à partida, e com destaque nacional (até como deputada na Assembleia da República), deveria ser Maria da Conceição Pereira a próxima presidente da Câmara. Tinta Ferreira nota-se pouco e Hugo Oliveira tem de mostrar que sabe fazer mais alguma coisa do que a "Festa Branca".
Esta renovação deve, também, ser acompanhada pela renovação das listas para as juntas e assembleias. O PSD e o eleitorado só têm a ganhar com a substituição de alguns autarcas das freguesias que só vencem eleições por inércia e por falta de comparência das oposições.
E não é cedo para começar a pensar no assunto...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ao cobarde que insiste em comentários imbecis

Se se identificar - eu já o identifiquei mas (ainda) não o posso divulgar abertamente - e me disser, cara a cara, o que me diz a coberto do seu cobarde anonimato, prometo-lhe duas coisas:
1 - identificar-me-ei
2 - farei o possível por me conter e não lhe dar as bengaladas no lombo que merece, pela sua insolência e pelas suas ofensas idiotas.
Tê-los-á no sítio, para isso?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sócrates e a chave da sua casa

Segundo a sondagem hoje publicada no "Correio da Manhã" (aqui) a maioria dos inquiridos (61 por cento) não confiaria a chave de casa ao actual primeiro-ministro:"‘Acha que seria capaz de confiar a José Sócrates a chave da sua casa?’ De acordo com uma sondagem CM/Aximage, 61 por cento dos eleitores respondem ‘não’. Mais curioso neste resultado é o facto de, no universo de inquiridos que nas eleições legislativas de 2009 votaram no actual primeiro--ministro, uma grande fatia (46,6 por cento) não confiava ao chefe do Governo a chave de casa. Por outro lado, 48 por cento dos eleitores que votaram PS confiavam e 5,4 por cento não têm opinião. A sondagem indica que apenas 33,6% do total de eleitores confiava a chave de casa a José Sócrates e 5,4 por cento não tem qualquer opinião sobre esta matéria."
Esta sondagem é a terceira, numa semana, que mantém as intenções de voto do PS abaixo dos 30 por cento (as três oscilam entre os 25 e os 27 por cento), atribuindo 35 por cento de votos ao PSD (as anteriores, de outra empresa e da insuspeita Universidade Católica, atribuíram-lhe 42 e 40 por cento.

CTT: a Deco também confirma que funcionam mal

Desta vez é o correio azul. Um estudo da Deco publicado agora no "Correio da Manhã" mostra que o mais caro correio azul se atrasa e que as cartas extraviadas têm aumentado.

PS: bem vindo ao Inferno!

O PS queria uma crise política à conta do Orçamento de Estado para poder fugir do Governo mas foi obrigado a negociar e a ficar. É o “pai” de um pacote de medidas que vão empobrecer o país, depois de andar anos a gastar à vontade e a beneficiar os amigos. A suspensão das parcerias público-privadas não lhe permite continuar a favorecer as empresas que o apoiam. Três sondagens diferentes mostram o PS a cair, a caminho dos seus piores resultados. O impacto das suas medidas pode atirá-lo ainda mais para o fundo, depois do Natal e dos efeitos do subsídio de Natal. A derrota de Manuel Alegre nas eleições presidenciais será outro desastre. Em 2011, o PS será corrido do Governo. Que não volte tão cedo!

GNR e PSP, não precisam de passar umas multinhas?

É interessante verificar como a GNR e a PSP das Caldas não parecem precisar de passar multas. Basta ver como ignoram o estacionamento ilícito na via pública, bem no centro da cidade e, muitas vezes, debaixo dos olhos dos seus agentes.

domingo, 31 de outubro de 2010

Tampas escondidas com os esgotos de fora

Não sei, que moro no campo, e que me desculpem os residentes, onde é a "Cidade Nova" mas fiquei a saber, pela carta de residentes nessa zona das Caldas (publicada aqui na "Gazeta") que as tampas de esgotos da rua tinham sido tapadas quando a rua foi alcatroada e que os funcionários da Câmara tiveram de andar à procura delas de detector de metais em punho. A edição em papel da "Gazeta" tem uma fotografia, que mostra o desnível entre a tampa e o resto da rua. Até pode ser, como enviesadamente parece sugerir a Câmara, que não seja por causa disso que os moradores viram as suas caves inundadas. Mas, pelo que se descreve, o modo como a Câmara atendeu as pessoas afectadas revela uma grande insensibilidade e uma grandíssima má-criação. Que vergonha!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

É verdade: perdemos a confiança no Estado

Escreve Clara Bernardino, no seu editorial da edição do "Jornal das Caldas": "De alguma maneira, perdemos a confiança no Estado" (sem link). É verdade. Faltará apenas acrescentar que, indirectamente, também acabamos por perder a confiança em quem dirigiu o Estado, e se apossou dele, nos últimos anos: o PS, no poder desde 1995.

Carteiros: "subsídio de incómodos" ?! Ao que isto chegou...

Os carteiros que às vezes nos fazem o favor de nos entregar grande parte da correspondência que nos é destinada têm - revela-o o "Jornal das Caldas" aqui - um "subsídio de incómodos". Além do "subsídio nocturno" e do "subsídio de pequeno-almoço". A revelação consta de um comunicado do Bloco de Esquerda. Nós, clientes à força dos CTT, é que devíamos ter direito a um "subsídio de incómodos" por não termos alternativa a estes idiotas!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

As eleições nacionais de 2011 e as nossas eleições autárquicas de 2013

Em Janeiro de 2011, será provavelmente reeleito Cavaco Silva como Presidente da República. No início do Verão de 2011 (para o novo governo ter tempo de reparar o Orçamento de Estado para 2012) haverá provavelmente eleições legislativas e o PSD terá boas condições para vencer.
Estas actos eleitorais vão redefinir a paisagem política e, com a derrota de Manuel Alegre e a derrota nas legislativas, o PS vai fazer a sua "travessia do deserto"... e espero que durante uns bons dez anos, pelo menos.
Será oportuno, a partir do próximo ano, começar a preparar as eleições autárquicas neste nosso concelho, onde o quase eterno Fernando Costa será impedido de se recandidatar.
A vereadora Maria da Conceição Pereira será, melhor do que o vereador Hugo Oliveira das festas das "tias", a candidata natural do PSD à Câmara.
O PSD, tal como os restantes partidos e eventuais grupos de cidadãos, deve começar a preparar as eleições para as assembleias e juntas de freguesia. Numa perspectiva de renovação profunda da actual "nomenklatura" das juntas de freguesia.
Pode ser que o PSD, que tem a maioria das juntas de freguesia do concelho de Caldas da Rainha, ganhe novamente as eleições nas freguesias. Mas, para beneficiar a população e "segurar" a Câmara para o futuro, deve renovar e afastar todos os presidentes que têm utilizado as freguesias em seu benefício e não para bem do povo.

A palavra dos outros: carta ao senhor José, "primeiro-ministro de Portugal e vendedor de computadores" a propósito do "Magalhães"

"... Venho pelo acima exposto solicitar a V. Exa. que aceite de volta os dois inúteis Magalhães que tenho cá em casa, devolvendo-me os 100 euros que me custaram e respectivas despesas de reparações (que somam à data 240 euros) pois neste momento estes 340 euros fazem-me muito mais falta do que os ditos Magalhães que ademais V. Exa. não terá dificuldade em revender ao seu amigo Hugo Chávez", escreve João Moreira de Sá no blog 31 da Sarrafada num texto notável com link aqui.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Adeus às "compensações" da Ota

Sem grandes parangonas e em tom compungido, a "Gazeta das Caldas" e o "Expresso" noticiam, respectivamente: "Obras públicas para o Oeste adiadas para 2013" e "Concelhos sem compensação da Ota" (ambas sem link). Tudo, como é evidente, com a justificação da crise. Aqui não se apoia este malfadado governo, a quem cabe inteirinha a responsabilidade da austeridade que agora temos de sofrer, mas regista-se que ainda bem que acaba aqui o que já se arrastava há tempo demais por via da ingenuidade tonta dos municípios do Oeste e da política de embuste (palavra utilizada pelo presidente da Câmara de Óbidos no "Expresso") do governo do PS.
O processo da Ota foi todo mal conduzido. Mas nem ele devia ter sido visto numa óptica regional nem a sua desistência concedia qualquer direito aos municípios de quererem "compensações" por uma coisa que não era sua nem iria ser. A esta perspectiva errada juntou-se a ingenuidade crassa da "província": tudo o que um governo promete (neste caso, o Governo e o ex-ministro Mário Lino com a complacência do ainda primeiro-ministro) nem sempre é para cumprir. Como não foi. E como estava bem à vista para quem quisesse ver: o mesmo ministro que prometeu mundos e fundos ao Oeste foi o que garantiu que o aeroporto nunca iria da Ota para Alcochete. Como foi.
É a vida, senhores presidentes...

O "Expresso", a Sonae e o Continente do Colombo

No seu suplemento de economia, a edição do passado sábado do "Expresso" publica um elogio a Paulo de Azevedo, que dirige a Sonae, por esta empresa, como todas as dos supermercados, ter conseguido a liberdade de abrir os seus hipermercados ao domingo. E "anuncia" que, por estar satisfeito, Paulo de Azevedo até dá um desconto acumulável no cartão Continente, no dia seguinte, domingo. No Continente do centro comercial Colombo, em Lisboa, existe nas caixas um papel colado com a indicação "Jornal Expresso" com um número de código que dá desconto aos funcionários do "Expresso". O elogio a Paulo de Azevedo é da autoria de um dos directores, Nicolau Santos. Não há aqui pessoas interesseiras, pois não?

domingo, 24 de outubro de 2010

A cobardia dos caçadores

Os caçadores são a melhor demonstração de que o homem é, na sua essência, uma criatura cobarde.

sábado, 23 de outubro de 2010

A palavra dos outros: sobre o escandaloso sorvedouro de dinheiros públicos que é a RTP

Via Portugal dos Pequeninos, uma excelente análise do comentador de televisão Eduardo Cintra Torres com 10 propostas correctíssimas sobre a situação da RTP aqui: "A RTP é a empresa que custa por ano centenas de milhões de euros aos portugueses. A forma como o presidente da RTP falou e fala deste assunto é de uma total insensibilidade social e política, e até financeira, para não dizer que revela enorme falta de pudor e insulta quem paga com dificuldades os seus impostos e a factura mensal da EDP."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

BE solidário com os carteiros mas nas tintas para os clientes dos CTT

Segundo a "Gazeta das Caldas", o Bloco de Esquerda está "solidário" com os carteiros e até vai levar essa sua "solidariedade" à Assembleia da República. Acho que todos nós, clientes forçados do monopólio que é a empresa CTT, gostaríamos também de contar com a solidariedade do BE quando somos prejudicados, por exemplo, pela correspondência que chega com atraso e por aquela que desaparece.
Talvez, a propósito, o BE queira fazer chegar a sua solidariedade à leitora Luísa Maria Veiga Alves que, nesta mesma edição da "Gazeta", se queixa de cartas do Registo Civil das Caldas que não lhe chegaram e que depois de ter, em vão, aos Correios das Caldas saber das cartas (onde lhe disseram que não estavam), soube que elas foram devolvidas, logo a seguir, ao remetente. Ou a um vizinho meu que nunca recebeu dois livros que lhe foram enviados de Lisboa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Elogio da bengala, à atenção de um presidente de junta desesperado

“— Creio que está amuado... Eu sempre que o encontro, aceno-lhe de longe amigavelmente com dois dedos...
— Devia ser antes com a bengala. O Dâmaso anda aí, por toda a parte, falando de ti e dessa senhora, tua amiga... A ti chama-te pulha, a ela pior ainda.”
Eça de Queirós, “Os Maias”

“Power to you”, da Vodafone: “vai-te...

... p(h)oder e aguenta, que a banda larga não é para todo o país”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um jogo de paciência by Vodafone

Um bom de paciência que a Vodafone oferece na sua banda “larga”:... cai – desliga – liga; cai – desliga – liga; cai – desliga – liga; cai – desliga – liga; cai – desliga – liga; cai – desliga – liga. Tempo médio de jogo: 10 minutos em cada hora.

As parcerias público-privadas e os amigos do PS

Andou bem Pedro Passos Coelho ao pôr em causa as parcerias público-privadas. A atitude que o PS vier a adoptar tornará bem claro se este partido governa para bem do povo ou dos amigos tipo Jorge Coelho.

Prefiro quem muda de opinião a quem mente por sistema

Pedro Passos Coelho já está a ser criticado por alguns comentadores por, pelo que se conhece, aceitar um único aumento de um único imposto (o IVA, e transitoriamente). Apenas por antes ter dito que não aceitaria que o actual governo quisesse voltar a aumentar os impostos. Mas os mesmos comentadores não criticam José Sócrates por mentir sistematicamente, tendo contrariado tudo o que prometeu e renegado o programa eleitoral com que ganhou as eleições há um ano.
Pela minha parte, prefiro quem muda de opinião aos que mentem sempre.

Fé, esperança e caridade na versão Vodafone

Fé - a banda larga da Vodafone é mesmo larga. Esperança - há-de chegar o dia em que a banda larga da Vodafone funcionará bem. Caridade - eu acredito que a Vodafone se esforça muito.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os fins-de-semana prolongados dos CTT

Porque será que é rara a segunda-feira em que eu e os meus vizinhos temos correio e depois aparece tanta correspondência à terça-feira?

"Ops! O Internet Explorer não conseguiu localizar www..." by Vodafone

Mais um bom slogan para a banda "larga" da Vodafone.

A palavra dos outros: "a EDP é uma das mais graves resistências ao bem-estar e desenvolvimento"

No blog Delito de Opinião, um comentário certeiro sobre a EDP com link aqui: "...é vergonhoso, ainda por cima, tecermos loas a uma administração de cafagestes que só tem em vista o premeio dos accionistas e sacar quanto mais melhor a quem, na verdade, não tem forma de lhes fugir, apesar do falacioso Mercado Aberto".

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"O Internet Explorer não consegue mostrar a página Web" by Vodafone

Este é que o grande slogan da Vodafone para a sua banda que só por brincadeira se pode considerar larga.

domingo, 17 de outubro de 2010

O IVA dos ginásios - o exemplo perfeito do desvario do PS

Um dos exemplos mais ilustrativos do desvario do PS de J. Sócrates, que agora fica bem à vista, é o do IVA dos ginásios. Há cerca de dois anos, a acompanhar o exibicionismo da criatura (que fazia gala em correr nas cidades por onde passava), O IVA desceu para 5%. A ideia era promover a saúde e o desporto. Agora este IVA vai passar dos actuais 6% para 23%. Ou seja, tem um aumento de 17%. Ou seja, de 17 cêntimos por cada 1 €. O que significa que uma mensalidade (que é um bom valor médio fora de Lisboa) de 30 € terá um aumento de 5,1 €. A saúde e o desporto? Pois... E, de qualquer modo, o actual primeiro-ministro não corre. Ou, pelo menos, não se nota que o faça em Portugal. Com tudo o que tem feito, só com uma boa falange de guarda-costas...

Homens de crista

Porque será que os homens de crista, à futebolista, acabam quase todos por ter atitudes histéricas tipo galos-da-Índia?

sábado, 16 de outubro de 2010

A palavra dos outros: O Jumento

O Jumento (link aqui) é um blog histórico, com actualizações diárias e uma lógica de funcionamento muito próxima de um meio de comunicação social, com humor e sentido crítico e algum gosto estético. O autor (e isso reflecte-se nos seus textos) é um alto funcionário da administração pública, sector a que nunca deixou de prestar a sua atenção. Muito crítico até certa altura, revelou alguma complacência para com o actual primeiro-ministro e tornou a sua leitura algo penosa para quem não conseguia concordar com as suas opções políticas. Hoje, perante o Orçamento Sócrates para 2011, a situação alterou-se e O Jumento assumiu uma posição crítica que saúdo e a que dou a devida atenção.

O SERVIÇO DE BANDA "LARGA" DA VODAFONE É UMA MERDA!

Será que alguém ouve?...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O "slogan" da Vodafone aplicado (e traduzido) à banda "larga"

"Power to you" significa: "Agora que compraste, desenrasca-te".

O que São Martinho tem e não tem e Alcobaça quer manter

O economista Ernâni Lopes, que tem casa em São Martinho do Porto, elogiou a povoação e garantiu (falando menos no turismo do que no mar) que há "um mar de oportunidades para explorar" em São Martinho do Porto (narra aqui a "Gazeta"). É verdade, embora haja que salientar mais a importância do turismo. De qualquer modo, é por estas e por outras que a câmara de Alcobaça não deixará que esta freguesia lhe fuja, como muito gostariam de o fazer os dinamizadores do movimento São Martinho para Caldas(ver "São Martinho do Porto nas Caldas?").

Independentes em acção

Conta a "Gazeta das Caldas" aqui que os movimentos independentes de candidaturas às autarquias locais vão criar uma associação nacional, em cuja plataforma se integra a caldense Teresa Serrenho, que teve papel destacado na animação de uma lista numa freguesia desta cidade nas eleições autárquicas do ano passado. É uma iniciativa louvável e dela deve esperar-se que o movimento não se burocratize nem se partidarize e que sirva para sacudir o imobilismo de situações apodrecidas onde dirigentes autárquicos incompetentes se mantêm no poder por simples inércia e falta de comparência das oposições.
Já agora, fica já um apelo/sugestão/pedido: que no concelho de Caldas este movimento possa alastrar a todas as freguesias! Bem necessitados estamos...

A8: a Autoestradas do Atlântico trata-nos abaixo de cão

Quem tem tido de circular pela A8 e de aguentar as suas obras de Santa Engrácia viu sempre pouca gente a trabalhar, zonas onde tudo se mantém na mesma dias a fio (haja sol ou chuva) e condições de circulação pouco melhores do que uma estrada rural. E se não teve nenhum acidente foi apenas por sorte. Ou seja: aquilo só é uma autoestrada porque tem portagens.
Se a sua aplicação fosse fiscalizada pelos poderes públicos, a quase inútil legislação que penaliza as empresas concessionárias das autoestradas beneficiaria o público e puniria a concessionária da A8. Infelizmente não é o que acontece.
E temos o desplante de ver o presidente da Autoestradas do Atlântico (aqui no "Público") a justificar (?), com a arrogância que caracteriza o Estado do PS e dos seus dependentes, a recusa da devolução das portagens a 290 automobilistas que acreditam na teoria do Estado de Direito, numa postura típica de quem arrota postas de pescada. A gente deste calibre só apetece responder assim: bardamerda!

Ter paciência, sofrer e arrear-lhes depois

A situação é, muito simplesmente, esta: o PSD vai ter de deixar passar o Orçamento Sócrates para 2011; nós vamos ter de arranjar paciência e capacidade de resistência para sofrermos durante mais alguns meses e muita gente vai ter mesmo de passar fome e de fazer os filhos passar fome (veja o que saiu na "Sábado"); e daqui por algum tempo, quando houver eleições legislativas, é dar-lhes com força - votar em tudo menos no PS e, pelo menos, manter este partido fora do governo durante uns vinte anos, para os castigar pelo modo como mentiram e esbanjaram e ficaram com o dinheiro dos nossos impostos durante tantos anos a fio.
Mas também tem já uma oportunidade em 23 de Janeiro - nas eleições presidenciais não vote em Manuel Alegre. Pode ser que o PS e o seu candidato percebam...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A medida que falta no Orçamento Sócrates para 2011

Uma taxa de utilização do ar respirável de 1 euro por mês até aos 65 anos e de 1,5 euros por mês a partir dessa idade e até aos 90 anos, devida pelos legítimos herdeiros se o sujeito passivo morrer antes de atingir essa idade. Claro que sujeita à taxa de IVA mais baixa (6%) por o ar ser um elemento essencial.

Continua a parvoíce do PCP, agora na CGTP

Depois de o PCP ter considerado o "dissidente" chinês que ganhou o Prémio Nobel da Paz como um "inimigo do povo" da China, de acordo com o governo local, e de ter classificado a Coreia do Norte como uma democracia, é agora a CGTP, que pela voz do seu doutorado chefe, proclama: "Não há saída sem instabilizar a burguesia". A nomenklatura sindical não é composta por burgueses, pois não? E muitos desempregados não são burgueses, pois não? E os burgueses da classe média não são prejudicados seriamente por este miserável governo, pois não? Que idiotice! Esta gente nunca mais aprende!

Um problema dos jornalistas

Há quem critique o primeiro-ministro que, infelizmente, ainda temos por utilizar bem a comunicação social. Convém reparar como grande parte da comunicação social se deixa utilizar pela criatura.

Mais um slogan para o Reino das Trevas "courtesy of" Vodafone

"Pedimos desculpa por esta interrupção. A internet segue dentro de momentos."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A palavra dos outros: 31 da Sarrafada

Atenção ao blog 31 da Sarrafada aqui: está a mostrar, por exemplo, melhor do que os jornais e muito além das televisões, como o Estado esconde as suas despesas, desde os pormenores sobre contratos que desaparecem de um site oficial até aos livros pagos pelo Estado que não existem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

CTT: Novas Oportunidades, velhos problemas

Parece que carteiros e outros funcionários dos CTT fizeram cursos das Novas Oportunidades, daqueles que, com sorte e jeito, levam a malta à Universidade sem a maçada de ir à escola mas não servem para garantir a distribuição do correio a tempo e horas.

Pagamos portagens para isto: um cão na autoestrada

Hoje, na A15, por volta das 14 horas, andava um cão. Pequeno, amarelo e branco. É para isto que pagamos portagens. E para termos as concessionárias a dizerem que não têm nada a ver com o assunto se tivermos algum acidente provocado por um animal à solta. É para isto que pagamos portagens, portanto...

Um bom slogan para a banda "larga" da Vodafone

Vodafone: a única operadora que lhe oferece "O Internet Explorer não consegue mostrar a página Web" em banda larga.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A propósito da falsa banda larga da Vodafone

Descobri o fórum Banda Larga (aqui), que recomendo. É um verdadeiro, e justificadíssimo, muro de lamentações bem fundamentadas sobre o estado da banda estreita portuguesa que caracteriza a Vodafone e as outras. Justifica-se a visita, que se aconselha vivamente.

domingo, 10 de outubro de 2010

Três constatações sobre a crise

1 - Ninguém explica em que é que a grande maioria da população ficará pior se, por hipótese, o Orçamento de Estado para 2011 deste governo for "chumbado" e o Fundo Monetário Internacional vier impor-nos outras medidas. Será possível fazer pior do que faz este governo?
2 - Todos os comentadores que defendem a aprovação do Orçamento de Estado para 2011 deste governo têm essa actividade como segundo, ou terceiro, emprego e não sentem na pele o que os cidadãos só com um emprego ou mesmo nenhum sentem devido ao corte do abono de família e à redução real dos seus salários. Não conseguirão fazer um esforço para ver as coisas na perspectiva da maioria da população?
3 - Estamos todos fartos deste governo e não acreditamos que sejam capazes de fazer mais do que continuarem a ir-nos aos bolsos para pagar festas, despesas sumptuárias, negócios a amigos e mordomias imorais.

Quantos deles é que são caçadores?

Seria interessante saber-se quantos homicidas, dos que matam parentes, amigos ou ex-amigos com armas de fogo no nosso país, é que são adeptos da caca. Tenho a impressão de que são muitos e quase me arriscava a dizer que são a maioria. Com as armas oficialmente tão controladas, e quando as notícias indicam quase sempre as caçadeiras como sendo as armas utilizadas, é o que apetece pensar.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Diz a "Gazeta" sobre os CTT: "Aquilo funciona mal." É verdade.

Na Semana do Zé Povinho, a "Gazeta das Caldas" não poupa os CTT e junta-se à voz dos restantes cidadãos caldenses que criticam: "Aquilo funciona mal." O que está em causa desta vez, e é infelizmente verdade, é que "a procura de serviço por parte do público é maior do que a capacidade de resposta por parte dos CTT". Que mantêm uma única estação na cidade, para todo o concelho. E recorda, a propósito, os prejuízos causados ao jornal pelos atrasos da distribuição. Da responsabilidade de uma empresa - os CTT - que em 2009 teve um resultado líquido consolidado de 50,6 milhões de dólares.
De uma empresa assim, que funciona em regime de monopólio (é o mal...) esperar-se-ia, de facto, melhor.

O Reino das Trevas da EDP

Sem electricidade. Há meia hora.
Mas a EDP deu 3 milhões de euros à Universidade de Colúmbia, nos EUA, para suportar umas aulas do ex-ministro dos corninhos. Ele deve ter electricidade nas suas aulas...

O Reino das Trevas da Vodafone

Será do mau tempo? O serviço de banda "larga" da Vodafone voltou ao mesmo caos de há poucos meses: liga-se, cai, liga-se, cai, liga-se, cai, liga-se, cai... Não há - repete-se - operadora que faça melhor no interior?! A única vantagem que encontro na Vodafone, depois de já ter experimentado as outras, é o facto de o seu atendimento ser, em geral, mais civilizado. Quanto ao resto... há um bom slogan para a banda "larga" (i)móvel da Vodafone: "O Internet Explorer não consegue abrir a página Web".

Os custos do "Verão Foz"

Segundo a deputada municipal Luísa Arroz (PS), que citou na Assembleia Municipal o relatório sobre a animação "Verão Foz", a Câmara Municipal gastou 16 mil euros com as festas da Foz do Arelho e recolheu, de receitas, 1500 euros e um patrocínio (em espécie?) de 5 mil euros da empresa distribuidora de bebidas Sodicel ("Deputada socialista questiona dinheiro gasto na animação de Verão" no "Jornal das Caldas"), o que faz das festividades uma actividade deficitária. Julgo que é necessário encarar a questão de forma diferente: as festividades locais servem, de facto, para promover a praia da Foz do Arelho e o turismo local? Ou servem, apenas, como ponto de encontro para as "tias" locais e para os seus parentes? Uma coisa são as actividades dirigidas a toda a população, pagas ou não, e outras as festas sociais de carácter privado, as "Festas Brancas" com bar e entradas reservadas. Das quais não saem receitas. Luísa Arroz teve razão. Fernando Costa, ultimamente muito nervoso, não teve. Nem tudo está a correr bem na Câmara, senhor presidente.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Era preferível estar calado

O presidente da Câmara, Fernando Costa, resolveu espingardear (no caso contra o PS, o que até é bom desde que haja fundamento para tal...) à conta da divulgação das irregularidades encontradas num inquérito, como conta aqui o "Jornal das Caldas". Teria sido preferível que nada dissesse e que resolvesse primeiro as situações que ainda precisam de ser resolvidas. Fernando Costa não deve vangloriar-se porque “nunca ninguém esteve tantos anos à frente de uma Câmara que tenha cometido tão poucas ilegalidades" porque, na realidade, o "pouco" é irrelevante. As ilegalidades nunca deviam ter existido.

Boas notícias!

O boi já foi apanhado. Uma vaca foi a sua perdição...

A renovação partidária (III): as autarquias

Se os dois partidos dominantes (o PS e o PSD) conseguirem mudar e renovar-se, e se a actual crise económica permitir a reforma real do Estado e o fim dos sectores parasitas que só servem para as clientelas partidárias (dos Governos Civis aos institutos públicos, passando pelas "parcerias público-privadas" pela aberração que são as empresas municipais), o poder autárquico poderá também mudar, e para melhor.
A saída obrigatória dos dinossauros vai obrigar a que surjam novos candidatos, favorecendo sucessões pacíficas, e a renovação das direcções distritais e concelhias abre a possibilidade de a actividade das juntas e assembleias de freguesia serem efectivamente fiscalizadas pelos candidatos derrotados de cada eleição (que tendem, sempre, a hibernar até à eleição seguinte).
Com alguma sorte, as eleições autárquicas de 2013 podem ser diferentes. Os cidadãos mais atentos deviam começar a pensar nisso...

A renovação partidária (II): Pedro Passos Coelho e o PSD

Pedro Passos Coelho será o primeiro-ministro (se nenhuma manobra menos claro o atingir) que sucederá ao actual, assinalando um processo complexo de relativa renovação no PSD. O seu percurso tem sido feito a pulso e com uma paciência corajosa que surpreende. Levantou, e com riscos óbvios (perante um PS que tudo quer controlar), a bandeira do Orçamento e tem resistido às mais miseráveis provocações governamentais que lhe exigem que se pronuncie sobre uma coisa que nem ele nem o país conhecem textualmente (a proposta de Orçamento de Estado para 2011, que não se resume ao "pacote" terrorista do "plano Sócrates"), vindas de um governo que esconde as contas públicas e os seus fracassos.
O triunfo de Passos Coelho (se conseguir evitar a arrogância que alguns dos seus seguidores se apressarão a praticar assim que tiverem oportunidade) abre a porta a um PSD que poderá renovar-se e ter um papel decisivo como partido verdadeiramente social-democrata.

A renovação partidária (I): António José Seguro

José Sócrates (que algum dia há-de deixar o PS e o Governo, e que nunca mais volte!) tem dois sucessores no partido. Um, natural (por fazer parte do grupo que floresceu à sombra do ainda primeiro-ministro e que tomou o Estado como coisa sua), é António Costa, que já foi mais virtuoso. O outro é António José Seguro, suficientemente afastado do poder para poder manter uma actividade crítica e uma razoável autonomia dentro e fora do PS.
António José Seguro beneficia, também, de uma imagem de isenção e de honestidade e não tem calado as suas discordâncias com o Chávez nacional ("António José Seguro eleva tom crítico contra medidas"). Externamente, reunirá os votos de quem ainda acredita na pureza original do PS. Internamente, será o alvo dos que já têm medo de perder os favores do Estado que já tornaram refém e escravo.
Mas, muito objectivamente, pode já não ir a tempo de salvar o PS do abismo para onde o afastamento do poder (onde se mantém, quase sem interrupção, desde 1995 - há 15 anos!) vai empurrar este partido.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma pergunta aos professores e às professoras de Português

O que é que falha? O que é que faz com que os portugueses escrevam tão mal e com tantos erros o português?
O panorama é especialmente revelador nos comentários on line, em muitos blogs (este não escapa, claro) e nas edições que os jornais mantêm na internet. Dos jornais diários, o "Diário de Notícias", o "Correio da Manhã" e o "Jornal de Notícias" têm os leitores-comentadores que maior número de erros dão. O "i" parece ser mais elitista (ou ter menos visitantes) e o "Público" parece reunir um maior número de leitores mais cultos e/ou esclarecidos.
E não me refiro ao palavrão (até é divertido ver como se disfarçam certos palavrões para não serem automaticamente detectados) mas às palavras mais vulgares e às construções de frases mais banais.
É certo que a escola não pode rivalizar com a televisão (onde os erros abundam, escritos e orais), com a família (e há famílias onde nunca foi lido um único livro), com os telemóveis, com o vernáculo puro e duro, com os governos que vão minando a autoridade dos professores e com a confusão introduzido pelas tolices do "acordo ortográfico". Mas, em algum momento do percurso escolar português (obrigatório, agora, até ao final do 12.º ano), algum professor ou alguma professora há-de ter ensinado a escrever bem as palavras, a pôr as vírgulas, a conjugar bem os verbos mais básicos. E depois... É o caos. Que tudo varre: dos profissionais mais desqualificados aos executivos apressados que dão as calinadas mais surpreendentes nos trabalhos que apresentam nas suas pós-graduações e nos mestrados que às vezes sentem a necessidade de comprar.
Valerá a pena, senhores professores e senhoras professoras, como às vezes parece, fazerem de conta que o problema não existe?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reflexão e perguntas ao som dos tiros

A caça - tal como eu a ouço (e vejo) - é um puro exercício de cobardia traiçoeira. Pois que nobreza existe no homem que tem uma arma de fogo e que faz emboscadas e persegue e fere e mata pequenos animais que não lhe fazem mal nenhum? Terão esses homens coragem para enfrentar, com as armas com que nasceram (as mãos, os pés e os dentes), animais do seu próprio tamanho?

A palavra dos outros: sobre o actual primeiro-ministro

No blog Portugal dos Pequeninos (aqui), o autor, João Gonçalves, cita o sociólogo Vasco Pulido Valente e um seu artigo do jornal "Público" onde escreve "Fora a gente sem nome que fez do PS um modo de vida, não há ninguém na política ou no jornalismo que se atreva a justificar o primeiro-ministro, José Sócrates". Recomenda-se a leitura na íntegra.

Os blogs e a questão da difamação

Um comentador anónimo (que, não se identificando, se identifica) sugere, em comentários pouco doutos, que há posts que podem ser difamatórios e, como tal, constituirem ilícitos criminais, previstos e punidos pelo Código Penal.
Pode acontecer.
Há casos de autores de blogs que são acusados pelo que escrevem. Tal como há casos de sentenças condenatórias na primeira instância que são revogadas nos tribunais superiores porque aí já tende a prevalecer o juízo de que os blogs podem, de algum modo, equivaler à comunicação social, aplicando-se, por isso, a jurisprudência que decorre das leis aplicáveis à Imprensa e da Constituição, quanto à liberdade de expressão.
O autor deste blog - no respeito pela Constituição, pelas leis, pela moderna jurisprudência e pelo bom senso - tem procurado evitar que o exercício do seu direito à crítica pública do que é público choque com os princípios do direito ao bom nome e à presunção da inocência.
E está, naturalmente e totalmente, disponível para corrigir os posts que, por lapso, ponham em causa esses princípios. Tal como elimina os comentários que também ponham em causa os mesmos princípios.
Dito isto, e porque o exemplo é essencial, convém exemplificar:
1 - Não é difamação escrever que um cão é mal tratado por uma empresa quando qualquer pessoa pode testemunhar, a qualquer hora do dia e da noite, que essa mesma empresa mantém um cão grande num espaço exíguo em que mal se pode movimentar.
2 - Não é difamação escrever que o presidente de uma autarquia representa uma empresa imobiliária e de aconselhamento jurídico com sede no Brasil, conforme está bem visível num site, com a completa identificação dessa pessoa.
3 - Não é difamação escrever que numa dada freguesia funciona um bar de alterne com empregadas brasileiras.
4 - Não é difamação escrever que um automobilista parou o carro numa via pública muito movimentada para urinar, brandindo depois vigorosamente o seu membro, talvez por causa do pingo.
5 - Não é difamação escrever que um automobilista infringiu o Código da Estrada quando não se identifica cabalmente o veículo, tendo em atenção que o cumprimento do Código da Estrada equivale à protecção de um bem social e que a pessoa não é identificada.
6 - Mas já é difamação escrever que uma pessoa cumpriu pena de prisão por um ilícito criminal quando tal não aconteceu.
7 - Tal como pode ser difamação escrever que o presidente de uma autarquia frequenta um bar de alterne, embora o funcionamento e a frequência dos estabelecimentos do género não sejam ilegais.
8 - E talvez seja difamação escrever que o presidente de uma autarquia beneficia interesses imobiliários privados no exercício da sua função pública enquanto não se apresentarem claramente, provas documentais e testemunhais de que tal efectivamente acontece e se o autor do blog não cumprir o dever de denunciar o crime.
Espero que a questão tenha ficado, definitivamente, bem esclarecida.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

EDP: ex-ministro dos corninhos, 3 - infraestruturas, zero

A EDP - que pouco cuida de investir nas suas infra-estruturas - fez um donativo de 3 milhões de euros à Universidade de Columbia, nos EUA, que serviram para pagar umas aulas do ex-ministro Manuel Pinho, que ainda não deve ter mostrado aos seus alunos norte-americanos como sabe mimar tão bem um sinal de cornos num parlamento democrático. A história (do subsídio) vem contada ao pormenor no "Correio da Manhã" aqui: "Empresa participada pelo Estado apoia curso de Manuel Pinho - PSD questiona donativos da EDP".

Sobre a moderação de comentários (com actualização)

Há quem, apesar de ter actividade pública, não goste de ser criticado publicamente e "responda" às críticas com comentários anónimos que, infelizmente, nada têm a ver com os assuntos abordados e que, o que é mais preocupante, revelam obsessões maníacas e eventualmente violentas.
Por isso, e porque a criatura citada noutros posts voltou à carga com os seus comentários idiotas e invariavelmente anónimos, fui forçado a reintroduzir a moderação de comentários, processo que é mais trabalhoso para o leitor "normal" e para o autor do blog.
Quando a criatura voltar a acalmar-se, abrirei de novo, e por completo, os comentários.

Actualização em 4.10.10: O comentário anónimo que publico em baixo é publicado porque manifesta a discordância do seu autor, embora em termos pouco educados, sobre as minhas opções e porque erra na apreciação que faz. Em nenhum dos meus posts há qualquer tipo de difamação. E, para que conste e se verifique (até pode acontecer que o comentador anónimo não tenha conhecimento de leis), publico aqui, na íntegra, o artigo 180.º ("Difamação") do Código Penal:
"1- Quem, dirigindo-se a terceiro, imputar a outra pessoa, mesmo sob a forma de suspeita, um facto, ou formular sobre ela um juízo, ofensivos da sua honra ou consideração, ou reproduzir uma tal imputação ou juízo, é punido com pena de prisão até 6 meses ou com pena de multa até 240 dias.
2- A conduta não é punível quando:
a) A imputação for feita para realizar interesses legítimos; e
b) O agente provar a verdade da mesma imputação ou tiver tido fundamento sério para, em boa fé, a reputar verdadeira.
3- Sem prejuízo do disposto nas alíneas b), c) e d) do n.º 2 do artigo 31.º deste Código, o disposto no número anterior não se aplica tratando-se da imputação de facto relativo à intimidade da vida privada e familiar.
4- A boa fé referida na alínea b) do n.º 2 exclui-se quando o agente não tiver cumprido o dever de informação, que as circunstâncias do caso impunham, sobre a verdade da imputação.
5- Quando a imputação for de facto que constitua crime, é também admissível a prova da verdade da imputação, mas limitada à resultante de condenação por sentença transitada em julgado."

domingo, 3 de outubro de 2010

A palavra dos outros: sobre este PS que nos desgoverna e se governa

No blog A Origem das Espécies (aqui), o autor faz um comentário sobre uma frase reveladora do presidente do PS: "Nem pudor, nem decência, nem tento na língua..."

O regresso ao Reino das Trevas da EDP (parte II)

...E continuam os mini-apagões. Podem ter a ver com o mau tempo, que nos trouxe rajadas fortes de vento. Mas a única coisa de que me lembro, nesta circunstância, é das muitas mentiras com que a EDP me foi oferecendo ao longo de anos, justificando a incompetência e o desinvestimento com desculpas de trovoadas fenomenais em dias de céu limpo e calmo e roubos de fio de cobre de que as autoridades policiais nunca tiveram registo. O que essa gente merecia era que alguém os sentasse na ponta de um dos muitos postes que nem sempre servem para levar electricidade às pessoas...

Vem o mau tempo, vai-se a electricidade. Regressamos à Idade das Trevas da EDP

Vento e chuva. E um apagão, que durou das 10h28 às 11h55. Verifico, na minha agenda, que o último apagão que registei este ano tinha ocorrido em Fevereiro. Pois, já andava mal habituado. A pensar que era verdade que a EDP tinha feito "grandes" investimentos e "grandes" esforços para evitar estes assomos da Idade de Trevas, depois do Inverno passado.

Aos tiros

Anda aqui por perto aos tiros um desses imbecis adeptos da caca. Não percebo se anda a vazar as suas frustrações, a perseguir pequenos animais abrigados da chuva ou a matar outros seres humanos, o que também começa a tornar-se moda entre os adeptos da caca.

A "austeridade" serve para isto

Uns vão passar fome, outros comem demais: "Mais de um milhão de pensionistas passam a pagar IRS" - "Cunhada de Sócrates é assessora na EPAL".

sábado, 2 de outubro de 2010

O Tribunal está à venda?

A imobiliária Remax teve uma banca montada hoje mesmo em frente do Tribunal, com uma bandeira desfraldada. Teriam o Tribunal à venda?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um boi à solta?! Chamem o senhor vereador Manuel Isaac!

Ah, os prazeres da ruralidade! Então não é que anda um boi à solta entre a Serra do Bouro e Salir do Porto, há nove dias, segundo relata o "Jornal das Caldas" aqui ? E enquanto o dono graceja ("Anda a monte, não quer conversar connosco"), a GNR, no intervalo das várias expedições de caça ao boi, levanta-lhe um auto de contra-ordenação (uma multa, portanto) por ser um animal sem condutor.
Há quem diga que o boi tem andado a rondar o bar de alterne que existe na região (pormenores aqui e aqui). E eu tenho visto muitos bois à solta em várias estradas mas parecem-me animais em figura de gente. E... bem, ia dizer uma piada envolvendo uma junta de freguesia mas era chato.
Por mim, acho que a única solução é chamar o senhor vereador Manuel Isaac. O representante do CDS/PP já demonstrou que é um especialista no assunto...

Irregularidades na Câmara das Caldas (com actualização)

O "Jornal das Caldas" teve, nesta desenvolvida notícia, um "furo" jornalístico digno de todos os elogios. Num meio pequeno, onde há tão grandes interdependências, soube ser suficientemente independente para dar o devido destaque o assunto. O autor, Francisco Gomes, tem publicado matérias jornalísticas que mostram o que pode vir ser o "Jornal das Caldas".
As irregularidades registadas não são extraordinariamente graves e são muito comuns a quase todas as câmaras municipais. Mas é evidente que não podem ser admitidas e, para lá do que vier a ser decidido em sede de inquérito, já fica bem a censura social. Fernando Costa, o presidente, habituado a espingardear, deve ficar calado, responder em sede de inquérito e corrigir o que tem de ser corrigido. E ouvir as oposições se elas, por acaso, repararem no caso.
Um aspecto particularmente grave que aqui se nota é o inventário das ilegalidades que envolvem a famosa discoteca Greenhill, que parece dispor de um poder muito desproporcionado na região por motivos - como se costuma dizer nos meios judiciais - não concretamente apurados.
Ainda há uma semana, a "Gazeta das Caldas" (sem link para a matéria, incluída na secção "Uma Empresa, várias Gerações") dava duas páginas à discoteca (de duas gerações só: mãe e filha). Depois desse destaque, não pode a "Gazeta" ignorar esta situação.

Actualização em 1.10.10: Pois, não pode mas ignorou, como se pode ver aqui. Dando a notícia das irregularidades, a "Gazeta" ignorou tudo o que se referia à discoteca Greenhill, como se não fosse, pela visibilidade pública do estabelecimento, um dos aspectos mais importantes. Se se aplicassem os critérios da "Semana do Zé Povinho" à "Gazeta", teria este jornal direito a um manguito!

Emprestaria o seu dinheiro a um tipo destes?

Veja-o aqui...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ainda sobre a questão do anonimato

Há cerca de dois meses, expliquei aqui a minha opção de manter anónima a autoria deste blog. Hoje, ao cabo de quase 360 posts e cerca de 6600 visualizações desde o início, não tenho razão nenhuma para alterar a minha posição.
Nos últimos dias, coincidindo com posts mais críticos relativos a um presidente de Junta de Freguesia, o meu blog começou a ser invadido por comentários assinados com um pseudónimo óbvio por uma pessoa que, utilizando o nome de outro político, lançou diversos ataques ao autor deste blog e, estranhamente, a uma pessoa que não era, nem é, o autor do meu blog e com quem o autor desses comentários parece ter uma "guerra" particular ou política, metendo-me e ao meu blog na polémica.
Esta ofensiva, apesar de idiota, obrigou-me a publicar este esclarecimento e a activar o mecanismo da moderação de comentários depois de eliminar os dislates que, vindos dessa zona, aterraram no meu blog.
Pensando que a ofensiva criatura percebera o meu ponto de vista, libertei a publicação de comentários... e lá vieram pousar mais comentários maníacos, oriundos da mesma fonte, que não aceito aqui e que tive de andar outra vez a eliminar. Mantendo, no entanto, a liberdade de publicação de comentários para benefício dos leitores "normais".
E enquanto espero, para ver se a criatura aprendeu a lição, quero apenas acrescentar que considero natural a existência de comentários anónimos como contrapartida do anonimato em que me mantenho. Numa lógica que para mim é claríssima: se não assino o que publico, tenho de aceitar que há pessoas que comentem o que publico sem também assinar.
É claro que, assim, ficamos iguais mas, como na velha história, há quem seja mais "igual" do que os outros e eu sou-o: como proprietário do blog, posso eliminar os comentários (quando, repito, eles forem despudoramente injuriosos, completamente idiotas e visarem malevolamente outras pessoas) e quem comenta não pode eliminar os meus posts.
Espero que a idiota criatura perceba isto e que não provoque a fúria divina...

Asfaltar uma rua e fazer um passeio - na Foz do Arelho demora 3 meses

Fazer um pedaço de um passeio e asfaltar uma rua é uma "requalificação" que, na Foz do Arelho, demora três (3) meses! Pelo menos, porque ainda não acabou... Isto acontece na estrada de cima, que nem parece ter nome, da "rotunda do Greenhill" para a Foz. Não há maneira de esta gente, que manda fazer obras assim, se apressar? Se fosse em ano de eleições, a obra já estava mais do que feita.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Aumentar ainda mais os impostos? Não!

A primeira solução é cortar na despesa do Estado com institutos públicos, empresas municipais e mordomias dos seus quadros dirigentes e fundir serviços. Só depois, e a ser necessário, é que deve ser aceite um aumento de impostos.
O modo como o PS e os seus amigos têm defendido, sem qualquer reticência, um puro aumento de impostos, é uma prova irrefutável de incompetência, falta de vontade política, desrespeito pela pátria e pelo seu povo e uma claríssima filha-da-putice.
O povo todo devia sair à rua, em protesto!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A palavra dos outros: o desabafo de uma professora

No blog Pensatriz (aqui), a autora faz um comentário sobre a sua condição de professora: "Isto é uma real merda". É "politicamente incorrecto", mas é o que muita gente pensa e tem acanhamento, ou medo, de dizer.

Porque é que o vinho não há-de saber a vinho?!

Se não se espera que o pão saiba a chocolate ou que o chocolate saiba a café ou que um bife de vaca saiba a salmão, por que carga de água é que se generalizou hoje a estúpida noção de que o vinho tem de ter "aroma de amora e ameixa preta", "especiarias e alguma tosta", "aroma de galho seco", "nuances de baunilha" e, mesmo, suor de cavalo? Quem escreve estas parvoíces gostará mesmo de vinho?

sábado, 25 de setembro de 2010

Falta de comparência autárquica

Duas perguntas que toda a gente devia fazer:
1 - Por onde andam os candidatos crónicos e os residentes candidatos a cada Junta de Freguesia nos quatro anos que medeiam entre cada acto eleitoral?
2 - Os presidentes das Juntas de Freguesia em exercício ganham as eleições por mérito próprio ou por falta de comparência dos que, de quatro em quatro anos, atiram ao ar umas promessas tontas para ver se abicham alguns votos para a percentagem concelhia de cada partido?

Uma história de cultura e de falta dela

Há alguns anos atrás, um escritor residente na freguesia de Serra do Bouro perguntou ao presidente da respectiva Junta de Freguesia se podia oferecer a sua biblioteca de alguns milhares de volumes ao Centro Cultural (sublinha-se: Cultural) da Serra do Bouro. Não teve resposta. Fez a mesma pergunta à Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha e a resposta foi imediata: "sim". Na Biblioteca até agradeceram a oferta, que se concretizou, e o autor fez questão de dizer que era ele que devia agradecer a boa receptividade da Biblioteca porque, desse modo, os livros que acumulara ao longo de dezenas anos poderiam encontrar novos leitores. Remata o autor, ao recordar-me o episódio: "A atitude da Biblioteca Municipal, como instituição, e o esforço que fazem a sua directora e as pessoas que aí trabalham em prol do livro e da leitura merecem todos os elogios. O desinteresse do presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro merece... um manguito!"
Estou inteiramente de acordo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Um esclarecimento necessário: reservado o direito de admissão

Este blog é um espaço de liberdade e não tenciono, à partida, eliminar comentários dos meus leitores, mesmo que alguns não respeitem as regras da ortografia e da gramática (e não os corrigirei) e que sejam menos cordatos.
Não tenciono, no entanto, permitir a publicação de comentários personalizados que insultam pessoas com as quais nada tenho a ver e que provêm de leitores que se identificam com nomes falsos, usando-os como capachinhos para ocultar uma identidade estupidamente óbvia.
Se a criatura aqui especialmente visada tem alguma coisa a dizer a qualquer inimigo de estimação que pense ser o autor deste blog, recomendo que o faça abertamente e que vá bater a essa porta e de cara descoberta.
Aqui não tem sorte nenhuma porque, além do mais, não merece a minha consideração.
Fica, portanto, devidamente notificado: é reservado o direito de admissão.

Bruna no Oeste!

Dizia um meu avô que gostava mais de ver as mulheres muito vestidas porque isso lhe permitia dar mais asas à imaginação e descobrir-lhes o corpo a pouco e pouco, com um maior grau de erotismo e de luxúria. Esta perspectiva pode ter influenciado o tratamento noticioso dado pelo "Jornal das Caldas" à transferência da Peniche de Bruna Real, a jovem que ficou conhecida por desempenhar algumas funções educativas em Mirandela e por, ao mesmo tempo, ter posado para a edição portuguesa da revista "Playboy". O jornal (a edição on line, aqui, é uma imagem pálida do entusiasmo vertido no papel) dá-lhe manchete e a última página e valoriza, digamos assim, a imagem da profissional escolhida pela câmara por concurso nacional.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

E o gado não se importa?

Contava-se, noutros tempos, como anedota que Portugal tem três espécies de gado: o que se exporta, o que se importa e o que não se importa. É o que me ocorre quando olho para a mansidão com que as pessoas parecem aceitar a hipótese de um corte no "subsídio de Natal", que criaturas como Murteira Nabo (o rico ex-presidente da Portugal Telecom) já andam a agitar, como se fossem batedores deste que, como todos nós sabemos, é do mais mentiroso que existe.
Antes de chegar a esse ponto, o Governo deve cortar nas muitas despesas supérfluas que continua a fazer, dos institutos públicos e das empresas municipais (que fazem o que os serviços públicos deviam fazer) às frotas de luxo que são pagas com os nossos impostos (como é este escandaloso caso, infelizmente banal).
A capacidade de se indignarem, leitores, é o que vos distingue do gado...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais uma que fecha - a MRW

Quando me preparava para, mais uma vez, utilizar a transportadora MRW das Caldas, descobri que a empresa já não existia, depois de ter sido atendido, no mesmo escritório, por um homem com uma camisola da Enviália (que parece ser uma empresa espanhola de transportes). O meu interlocutor deu-me um número de telefone que me garantiu ser da "MRW de Leiria", e que eu verifiquei ser de uma "casa particular", e desapareceu. E sobre a possibilidade de a Enviália fazer o mesmo serviço - transportar uma encomenda para um cliente em Lisboa - não se mostrou nada interessado.
Mais uma empresa que fecha, portanto. E é pena, porque o serviço era simpático e eficaz. E outra - como é o caso da Enviália - que, digamos, nem abre...

A Estrada Atlântica

Oficialmente denominada "Avenida Engenheiro Paiva de Sousa", a Estrada Atlântica liga a Foz do Arelho a Salir do Porto e é uma das zonas mais bonitas da região, percorrendo o litoral e deixando avistar o Atlântico em quase toda a sua extensão. E até tem um miradouro, por sinal ao lado do acesso a um promontório que já foi considerado "zona perigosa" (e deixou de o ser, porque o sinal desapareceu, embora não tivessem sido feitas obras).
A Estrada Atlântica foi uma obra de mérito mas talvez precise de mais alguma coisa, do tipo "requalificação".
O "parque de merendas" (ver fotografia aqui na entrada do blog) do presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro é um atentado grotesco ao bom gosto, o restaurante "Jotemar" (que já foi, há uns vinte anos, um restaurante decente) está em obras que talvez não o "requalifiquem", o bar de alterne "Carmen's" tem um aspecto lamentável de bordel de bairro de lata e o antigo "Talefe" fechou.
Os poderes públicos dificilmente poderão corrigir estas situações mas dispõem, com certeza, de outras possibilidades para valorizar, com gosto e qualidade, um elemento fundamental da ignorada potencialidade turística da região.

Requalificação

Tapa-se um buraco numa rua? É "requalificação". Arranja-se uma calçada? É "requalificação". Muda-se qualquer coisa numa avenida? É "requalificação". Altera-se uma coisa na cidade? É "requalificação". Constrói-se um parque de estacionamento? É "requalificação". Planta-se um arbusto? É "requalificação". A palavra entrou no quotidiano português e serve para tudo. Por exemplo: o presidente da Câmara dá um pum? É "requalificação"... do ar.
A seguir, seremos nós, os particulares. Chamamos um canalizador? É para "requalificar" uma torneira ou um cano ou um autoclismno. O carro tem uma avaria e precisa de ir à oficina? É para ser "requalificado". O computador precisa de uma reparação? É um acto de "requalificação".
Quando é que o letreiro das "Urgências" do hospital passa a ser "Requalificações urgentes"?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Euro-alterne

Serão brasileiras as funcionárias do Carmen's, da Serra do Bouro?

Um presidente de Junta internacional: Álvaro Jerónimo

O advogado Álvaro Jerónimo não é só presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro e entusiasta de pequenos parques de merendas e grandes caçadas. É, também, representante em Portugal da empresa brasileira Eurocasa (link aqui), empresa imobiliária do Rio de Janeiro, que presta também serviços de aconselhamento jurídico a brasileiros no seu país de origem e em Portugal. O site da Eurocasa é ilustrado com imagens de imóveis, moedas de euro e fotografias dos seus representantes.

À caça de quem passa

Só surpreende que não aconteça mais vezes (ou, então, não chega a saber-se): um idiota de um caçador quis matar um coelho e abateu um ciclista que ia a pssar na estrada ("Correio da Manhã"). A caça, essa caca, é um "desporto" giro, não é?...

Há petróleo no Oeste

Segundo conta o "Correio da Manhã" aqui, o milionário Joe Berardo acredita que há petróleo em Alcobaça e Torres Vedras e vai começar a extraí-lo no próximo ano. Será que os concelhos vizinhos vão ficar a salivar por causa do "ouro negro" alheio?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Modelo: e os deficientes?

O meu comentário ao serviço do supermercado Modelo aqui das Caldas ("Um serviço nada modelar") mereceu alguns comentários, que apreciei. Falta acrescentar - salientando que a solução disto também depende dos responsáveis da loja e/ou da empresa - que ninguém tem a menor preocupação em controlar a reserva efectiva dos lugares de estacionamento para deficientes físicos para quem deles na realidade precisa.
Também se pode interpretar que há um número anormal de deficientes mentais na região que, ao ver o sinal da cadeira de rodas no chão, pensa que deve estacionar aí porque, bem, esse é o sinal mais ou menos universal que indica uma pessoa com deficiência...

sábado, 18 de setembro de 2010

Um bar de alterne na Serra do Bouro

O senhor presidente da Junta de Freguesia da Serra do Bouro já tem mais um motivo para andar orgulhoso: além de ter dois parques de merendas, a freguesia dispõe agora de um bar de alterne.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Manuel Isaac: "tias" e touros

Não consigo compreender qual o papel do vereador Manuel Isaac e do CDS/PP na Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Tenho ideia de ter lido qualquer coisa sobre a preocupação do representante partidário relativamente a um problema de iluminação da cidade e, nunca, das zonas não rurais, que têm sofrido mais com o mau serviço da EDP. Lembro-me de ver um dos seus painéis de propaganda numa das rotundas meses depois das eleições. Vi-o como grande animador da tourada do CDS e não é o facto de eu detestar touradas (de todas as espécies) que não consigo, a propósito disso, ficar com uma ideia favorável das suas actividades, o que se acentua com a notícia do "Jornal das Caldas" de que o vereador parece ter ficado com ciúmes... por causa de um camarote na Praça de Touros!
Mais recentemente, o vereador Manuel Isaac revelou outra das suas preocupações autárquicas: a "Festa Branca" e a distribuição das pulseiras que dão acesso à zona VIP, numa confusão algo incompreensível. A história dá-lhe uma página inteira do "Jornal das Caldas", que preferiu ilustrá-la com a fotografia de quatro "tias" em vez, felizmente, do vereador Manuel Isaac, que, apesar de as visadas já poderem ser consideradas balzaquianas, é menos fotogénico do que qualquer uma delas.
Convirá, a propósito, recordar que a "Festa Branca" deste ano parece ter sido mais castanha do que branca, a avaliar pela descrição do "Jornal das Caldas" que aqui comentei, para ter uma melhor noção da relevância autárquica do senhor vereador.