terça-feira, 1 de maio de 2012

As eleições autárquicas de 2013 (3)

Da entrevista de Miguel Relvas à "Gazeta das Caldas" convém ainda prestar atenção a estas passagem:

"É urgente regenerar o atual modelo de Democracia Local para que os Portugueses voltem a ter confiança nos políticos e se envolvam neste imenso trabalho de reformar Portugal. Por isso, esta reforma da administração local consagra um eixo à Democracia Local a pensar na regeneração política e nos jovens autarcas e, no que respeita à limitação dos mandatos, o espírito da reforma aponta para uma limitação relativa ao território e não direcionada às funções."

Isto significa, no caso vertente das Caldas da Rainha, que há um bom número de presidentes de juntas de freguesia que não poderão candidatar-se a novos mandatos nas mesmas freguesias e, se forem efectivamente aplicados a letra e o espírito do que diz este membro do Governo, esses presidentes não poderão também candidatar-se a juntas de freguesia que resultem da agregação da sua anterior freguesia a outras, porque o território é o mesmo.
O mesmo, como aliás estava previsto, se aplica à presidência da câmara. Fernando Costa não pode recandidatar-se à câmara e deve esperar-se que a lei e o bom senso restrinjam o tentador subterfúgio de um presidente cessante entrar numa lista para a câmara em segundo lugar para depois chegar, pelo método da substituição, ao lugar que já ocupou vezes demais.
Isto significa, por sua vez, que vão ficar - felizmente - desocupados vários cargos e que os caciques locais não podem voltar a ocupá-los. Podem é certo tentar influenciar o voto nos seus "sucessores", e até vender o seu apoio a quem melhor pagar, mas esses "sucessores" acabarão por ficar em pé de igualdade perante os candidatos das actuais oposições, onde não se vislumbra um único candidato forte.
Está, portanto, aberta a porta à possibilidade de uma efectiva renovação de pessoas (e de métodos).

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