"Sem subsídio de Natal - Sem subsídio de férias - Sem hospital - O que fazemos? - Morremos!" - é isto que está escrito no improvisado cartaz carregado pela manifestante da fotografia (retirada daqui).
É possível que a pessoa em questão, ou algum seu familiar, tenha uma condição clínica tão desgraçada que sem os "subsídos" (dessa pessoa ou desta manifestante), cumulativamente com a falta de um hospital, a sua vida está em risco absoluto. Morrer é isso. E até pode ser o caso.
Mas, se não é, o desabafo desta proclamação é um equívoco, ele próprio muito perigoso.
A retirada dos 13.º e 14.º meses pagos à administração pública (cuja reposição, total ou parcial, as organizações sindicais já deviam começar a negociar para 2014) é prejudicial para muita gente e cria situações muito difíceis a quem, por efectiva necessidade ou hábito, tem vivido até agora com onze meses de trabalho, um de férias e catorze meses de remuneração completa.
Dizer - salvo numa situação de excepção - que se morre com a perda da remuneração desses dois meses extra é quase troçar dos muitos milhares de pessoas que, por inexistência de alternativas ou por opção própria, trabalham sem férias pagas e sem esses "subsídios".
Convém ter a noção das proporções.
são os privilegiados da Função Pública!
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