O que aqui escrevi sobre a confusão provocada pelos familiares dos alunos da Escola Secundária Bordalo Pinheiro em toda a sua zona envolvente, com bloqueio do trânsito e atitudes ofensivas para com quem quer passar e nada tem a ver com o assunto, suscitou alguns comentários sobre a acção dos professores.
Não é possível, por muito que os próprios não gostem ou não o percebam, iludir a responsabilidade da escola (professores e direcção) nesta situação.
Os professores acham-se missionários e vêem a "educação" que "dão" aos alunos (ou seja: a formação que vendem, indirectamente, aos clientes que são os pais e encarregados de educação e à sociedade, que os emprega e paga) como se estivessem a evangelizar pretinhos em África e essa atitude introduz uma ruptura na sua relação com a sociedade em que se inserem.
A controvérsia sobre a avaliação do desempenho e os desmandos verbais de um Mário Nogueira são exemplares de como os professores tendem, e mal, a achar-se superiores aos outros cidadãos e, como tal, incapazes de dialogar com a sociedade.
São uma elite, acham, e não precisam de passar cartão aos outros, assoberbados que estão na sua divina missão evangelizadora.
A mesma atitude, e mais uma boa meia-dúzia de motivos e nenhum deles altruísta, têm as direcções das escolas.
Seria muito fácil - se houvesse alguma atenção da parte deles - que (por meio de papéis, cartazes, contactos pessoais, e-mail, o site da escola, etc) procurassem sensibilizar os papás e as mamãs e outros familiares motorizados a fazerem uma coisa muito simples: não entupirem o trânsito nas artérias (e nos passeios) à volta desta escola.
Consegui-lo-iam? Na totalidade, talvez não, até porque se nota que alguns dos "motorizados" o que tentam fazer, para vantagem das crias ou porque o meio é pequeno, é exibir os ricos veículos em que se montam.
Acredito que essa iniciativa ajudaria a resolver o problema.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Má educação na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro - o papel dos professores
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